Chen se aproxima da porta e põe seu polegar direito em uma barra de impressão digital na lateral. Ouve-se um som de "beep" duplo e barulhos das trancas sincronizadas desarmando no interior.
— Lar doce lar. — Disse Chen olhando para a tripulação em suas costas.
A porta metálica com modelagens de listras verticais iluminadas se abre. Observa-se um pequeno compartimento redondo isolado responsável pela desintoxicação rápida de uniformes. A porta de entrada se fecha e ouve-se uma voz eletrônica.
"Por favor, fechem os olhos, evitem movimentos bruscos e posicionem seus braços para cima."
Pequenos tubos de aspiração liberam uma substância líquida como spray com cheiro forte semelhante a álcool . A sala é coberta pela aspiração e regularmente a substância deixa o local. Os uniformes ficam molhados e muito limpos instantaneamente.
A porta seguinte do compartimento se abre. A tripulação se depara com um ambiente aparentemente abandonado. O compartimento principal, o qual era assemelhava-se a uma pequena sala de estar futurística estava destruída como se uma tempestade de ventos tivesse ocorrido. Pedaços de vidros, jarros quebrados, luzes piscando, um verdadeiro caos.
Carlos, olha ao redor andando lentamente até o corredor logo após a sala que ficava do lado direito da entrada. Ouvia-se um pequeno barulho um pouco mais a frente. Parecia muito como degustação de algo que parecia ter muita carne.
— Que porra é essa? Essa base não foi feita para a gente? — Perguntou Carlos.
— Não faz nenhum sentido. O planeta deve ter tido alguma ventania que pode ter penetrado no alojamento.— Disse Alexandre.
— Você sabe muito bem que se houvesse alguma fissura se quer nessas paredes isso tudo estaria em pedaços. Seria completamente despressurizado. — respondeu Carlos com uma tonalidade mais autoritária. — Estão ouvindo algo no fim do corredor?
— Parece algo se mexendo. — Afirmou Nikolai.
Carlos andou diante ao corredor. Sua respiração era ofegante. Andava como se o chão estivesse encharcado de sabão se equilibrando ao máximo para não dar um piso falso.
Nas laterais do corredor eram composta por vários compartimentos os quais seriam os quartos, laboratório, comunicação e cozinho para o final. Atrás da cozinha havia um depósito onde eram armazenados as louças e qualquer tipo de ferramenta que ali fosse útil. O barulho localizava-se diretamente na cozinha.
Ao chegar, Carlos encontra a cozinha completamente destruída. Uma luz vermelha logo acima alertava sobre problemas na estrutura com uma mensagem de voz a qual dizia "Vazamento de gás."
Devido ao capacete fechado, Carlos não sentiu o odor. A porta que dava acesso ao depósito estava aberta, e o barulho estava ficando alto toda vez que ele se aproximava.
Ao passar pela porta, um corpo estava atirado no chão completamente desfigurado. Logo acima, um homem despido com tonalidade de pele escura como se não houvesse sangue estava arrancando um dos membros para comer. Seus olhos, estavam com as pupilas completamente dilatadas e gritava com um som ensurdecedor. Sua boca parecia deslocar os ossos sempre que gritava. Os músculos estavam hipertrofiados a ponto de se notar até as fibras.
A criatura avança com um grande pulo até Carlos e o atira para os fundos do depósito. Ele bate as costas com grande força na parede e tem dificuldade de se levantar. Entretanto, olhando ao redor, ele procura algo que possa colocar na sua frente como defesa. Por sorte encontra-se um cano de aço solto que logo ele usa para impedir que a criatura arranque sua cabeça.
Ela por cima de Carlos tenta dar uma mordida em seu rosto, mas ele a acerta na cabeça jogando-a para as caixas de ferramenta.
A criatura, incrivelmente consegue pegar um machado, mostrando sua inteligência apesar da aparência e olhando fixamente aos olhos de Carlos.
— Puta merda!
Rapidamente corre até a porta para fecha-la com um pequeno painel de controle ao lado. Com sua marca registrada o porta automaticamente se fecha. A criatura começa a bater com machado deformando uma pequena parte da estrutura.
Carlos corre e tenta informar o que está acontecendo.
— Temos que sair daqui agora! Tem alguma coisa no depósito que tentou me matar.
— Esses barulhos... — Disse Abigail.
— É ESSA COISA QUE ESTOU FALANDO AGORA!
— Ah merda!
Chen na janela da sala de estar que dá vista à nave vê a mesma sendo destruída por outras criaturas que tentou matar o comandante.
Ao fundo da sala, uma porta se abre e dela sai um homem loiro cacheado com um jaleco ensanguentado.
— Vocês vão morrer se continuar aqui em cima. Entrem agora!
Sem exitar, a equipe corre tendo acesso a um elevador que logo se fecha.
Ouve-se um barulho de porta sendo arrombada e o grito da criatura se aproxima da porta do elevador. Entretanto, ele começa a descer não dando tempo para ela entrar.
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O contágio
AdventureEm um cenário preocupante que se encontra a Terra, é descoberto um planeta distante cuja possibilidade de habitar vida é esperançosa. Neste cenário, uma tripulação de astronautas é convocada para explorar esse novo mundo para salvar a raça humana. O...