POV Harry.
Assim que as minhas palavras foram proferidas, observei o corpo da bela rapariga presente à minha frente tornar-se mole, e tombar para o lado lentamente, segurando o corpo agora caído nos meus braços num rápido reflexo. Foda-se isto só me acontece a mim. Será que foi do que disse? Quer dizer, como poderia ser? Não disse nada demais. Provavelmente não comeu desde manhã para chegar a tempo à entrevista. Faz sentido.
Respirei pesadamente, colando aconchegadamente o seu corpo ao meu, envolvendo um dos seus braços à volta da curva do meu pescoço, para que fosse mais fácil para mim transportá-la até a uma empresa. Não ia levá-la até minha casa. Nem pensar. A única rapariga que conheceu a minha casa foi a Aubrey. A doce Aubrey. Feitos um para o outro, toda a gente o achava. Porém, assim que soube que andava metido numas merdas, abandonou-me. Prometendo-me que não o iria fazer. Nunca. Talvez seja por isso que não acredito em histórias de amor eterno e promessas verdadeiras, não passa tudo de uma ilusão para este mundo em que somos todos controlados, como robôs. Para quê perder tempo com um grande amor que vai acabar por ser uma promessa falhada? Tenho pena das pessoas que pensam o contrário.
À medida que deitava o frágil corpo de Bella no extenso sofá do meu escritório após ter subido discretamente todos os pisos, com ela pois não queria rumores. Apercebi-me. Eu tinha pena da Bella. Com o seu rosto angelical e o seu modo simples de vestir e de falar, ela acreditava em todas estas merdas do amor, dos filmes e dos livres que foram inventados. Repito, inventados. Coloquei uma madeixa do seu cabelo atrás da sua orelha, humedecendo os meus lábios. Tão inocente e frágil. Não me importava de lhe tirar toda essa inocência. Mas não sou digno do seu respeito, nem de tudo o que podia fazer para ela sentir-se bem. Mais que bem. O corpo dela deitado na minha secretária, ou mesmo neste sofá aqui mesmo, e eu em cima dela, a fazê-la gemer uma e outra vez.
Merda. Dou por mim com um alto nas minhas calças. Foda-se lá para os meus pensamentos. Respirei fundo, pressionando ambas as minhas mãos contra o alto do meu membro, tentando aliviar de alguma forma a dor. Não podia bater uma com ela aqui. Mas precisava tanto.
Sem aguentar mais após inúmeros suspiros, começei a desapertar os botões das minhas calças, sendo interrompido por uns olhos cor de avelã que me olhavam sonolentos, de quem acabou de acordar de um sonho, mas se encontrava perdida.
"Onde estou?" Voltei a apertar os botões das minhas calças antes que ela pudesse desviar o seu olhar para mim. A sua voz sonolenta e rouca era algo que nunca tivera tido o prazer de ouvir desse modo. Um modo que me colocava ainda mais excitado.
"Estás no meu escritório. Desmaiaste." Expliquei-lhe de forma simples e clara. Levantei-me rapidamente para me dirigir até à minha secretária, e sentar-me na minha confortável cadeira numa tentativa de esconder a minha excitação.
"Eu peço imensa desculpa." Ela disse num tom envergonhado, levando as suas pequenas mãos à sua cara, esfregando depois os seus olhos.
"Come alguma coisa do que te trouxeram." Disse firmemente para que ela percebesse que tinha mesmo que comer algo, não podia continuar fraca. Observei os seus olhos focarem-se no copo de café e nas torradas do café onde fomos anteriormente, e um sorriso formou-se nos seus finos lábios. Afinal foi boa ideia pedir para trazerem cá, e pagar apenas mais um pouco.
"Como sabias que o Mocha Caffè é o meu preferido?" Ela perguntou-me num tom suave. A verdade é que não sabia, era apenas o meu favorito também. E pensei que iria gostar.
"Não és a única que tem esse como preferido." Esboçei um sorriso de canto no meu rosto, sem qualquer razão aparente. O sorriso dela é contagiante.
"Bem, devia. Sou um ser único e devia ter privilégios únicos." Ela diz divertida. As nossas leves gargalhadas soam nesta grande divisão, e levo o meu Mocha Caffè aos meus lábios, saboreando a textura do mesmo. Com tudo isto nem me apercebi que a minha excitação tinha dado lugar a um clima divertido. E como eu gostava de tal sensação.
"O que estás a fazer?" Ela pergunta com um tom notavelmente curioso após alguns minutos de silêncio enquanto ela se alimentava, e eu continuava a preencher os imensos papéis que chegavam todos os dias até mim.
"A trabalhar." Respondi rapidamente. Acho que é óbvio Bella.
"O que gostavas de estar a fazer neste momento?" Boa pergunta. Provavelmente pintar, pensei eu. Naquela enorme parede do meu quarto repleta de desenhos a tinta fresca.
"Estás a distrair-me, Bella." Preferi manter segredo. De facto estava a distrair-me, mas não que me importasse muito.
"Oh, desculpa." Ela murmura. Foda-se, a sério?
"Estás sempre a pedir desculpa." Gargalhei levemente, abanando a minha cabeça negativamente enquanto olhei para ela de relance, observando-a entretida com o seu copo do café.
"Chama-se boa educação." Ela ripostou mais rápido do que esperava. Boa miúda.
"Tens sempre uma resposta na ponta da língua?" Revirei os meus olhos, voltando a desviar o meu olhar para o ecrã do computador.
"É um dom, devias saber como apreciá-lo." Mais uma vez, a resposta sai-lhe como um furacão. Assenti com a minha cabeça lentamente apenas para me concentrar agora novamente no trabalho que tinha pela frente.
Após longos minutos de pleno silêncio e tranquilidade, apenas com a chuva a bater nos vidros que rodeavam a divisão, e o som dos meus dedos a teclar, o meu olhar voltou-se para Bella que adormecera. Levantei-me calmamente da minha cadeira, esfregando os meus olhos de tanto tempo que tivera colado literalmente ao ecrã do computador, observando as horas no meu rolex. Merda. Combinei encontrar-me com a Alyssa. No meu escritório. Acordo a Bella ou desmarco tudo? Não, não posso. Quero mesmo foder com a Alyssa. Ela geme tanto, e apesar de não me fazer chegar muitas vezes ao orgasmo, dá-me um certo gozo ouvi-la gemer o meu nome tantas vezes até chegar ao seu orgasmo.
Peguei num post-it da minha secretária, escrevendo rapidamente uma nota para a Bella, para quando ela acordasse. Aproximei-me lentamente dela, e colei o tal recado na sua bochecha rosada, mordiscando o meu lábio inferior permitindo guardar as gargalhadas para mim. Agora sim, podia ir foder a Alyssa, fosse lá onde fosse.
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OK OLÁ ADORÁVEIS!! Desculpem não ter postado nestes 2 dias, não tive oportunidade mesmo, nem para vir ao pc mas aqui estou eu! E hoje muito muito muito provavelmente vai haver outro update porque vocês são tão queridas para mim e merecem e por isso mesmo é que este capítulo foi POV Harry. Quero saber o que acham de Barry ou Hella como preferirem e também agradecer pelo número de leituras e votos e comentários e ai eu fico tão mimada assim! Estou tão agradecida, estou mesmo. Já agora, o Mocha Caffè para quem não sabe é um tipo de café do Starbucks. E rolex, o relógio de pulso do Harry, é uma marca bastante cara de relógios. Uma palavra para acabar esta grande nota minha: o b r i g a d a.
Adoro-vos com todo o meu coração, alma e corpo. xx
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Artwork H.S
Fanfic"Nunca irei perceber o porquê de seres assim, Harry. Não consigo entrar na tua mente, não consigo entrar nos teus quadros. Como esperas que alguém te ame quando não permites que alguém entre na tua vida? Eu tentei, eu juro que tentei." "Eu mostrei-t...
