Capítulo 1

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Fazia exatamente um ano desde que Sam decidiu assumir o manto e se tornar o Capitão América. Um ano de trabalhos intermináveis. De missões com Bucky e Torres. De muitas ligações e horas excruciantes passadas nas salas de espera dos hospitais. De acordar em horas irregulares e de loucos com planos muito criativos.

Dominação mundial? Nunca ouvi isso antes.

Também foi um ano tentando reunir os Vingadores novamente. Até agora Rhodey estava a bordo, assim como Lang, que atendeu o telefone com muito entusiasmado "Capitão América me ligando? Estou sonhando de novo?" e concordou com veemência no momento em que Sam disse "Eu só estava me perguntando se..." Embora ele se recusasse a desligar o telefone até que ele fizesse Sam prometer que ele não estava bravo por ele não ter entrado em contato com Sam e lhe parabenizado pelo novo legado.

Houve também Clint que disse sim apenas se pudesse trazer este outro arqueiro com ele. Sam também tentou falar com Strange, mas ele não atendeu. Ele não tinha certeza se era uma retaliação por aquela vez que ele e Bucky ligaram para ele tentando resolver seu debate bruxo/feiticeiro de uma vez por todas ou era porque o cara estava legitimamente ocupado. Ele também não conseguiu falar com o garoto aranha, o que provavelmente foi melhor de qualquer maneira. Aquele garoto era problema.

Sam sabia que era importante para os Vingadores trabalharem juntos novamente. Ele e Bucky ainda estavam se acostumando com os estilos de luta um do outro, e não havia muito o que fazer. Torres aparecia algumas vezes, mas ele ainda estava tendo dificuldade em trabalhar as asas. Sam tentou oferecer sua ajuda o máximo que pôde, mas aparentemente "Apenas pule, cara. O vento vai levar você." não foi uma instrução tão clara quanto Torres gostaria.

Em defesa de Sam, ele trabalhou com aquelas asas por mais de uma década. Depois de todos esses anos, as asas não passavam de uma extensão dele. Era como se eles tivessem uma mente própria, exceto que a mente estava conectada à de Sam. No momento em que ele pensasse em "desistir", eles desistiriam. Ele sempre pulava sabendo muito bem que eles iriam abrir no segundo que ele precisasse e nem uma fração depois. Era como um reflexo de seu corpo, como quando você toca algo quente e imediatamente puxa a mão, antes mesmo de sentir a sensação de queimação. Voar era tão natural para ele quanto andar.

A adição do escudo foi um desafio no início e o desequilibrou algumas vezes embaraçosas. Mas você não passou mais de uma década voando sem aprender a ouvir o vento. Era sempre uma alegria ver um bandido rindo de um arremesso distante que Sam tinha feito, apenas para o escudo voltar e bater na cara deles.

Ele ainda pode ter um acidente ocasional aqui e ali, ter apoio aéreo de Torres sempre foi útil. Foi bom ter um parceiro de vôo depois de todos aqueles anos voando sozinho, para compartilhar a emoção de sentir-se livre, sentir como se as assas robóticas fossem parte deles. E olhar no rosto de Joaquin lhe provou que ele também senti tudo isso. Ele sabia que tinha feito a escolha certa dando-lhe as asas.

Um ano depois de tudo e Sam achou que estava pegando o jeito em ser o novo Capitão América, cheio de compromisso e missões. Ele não estava reclamando, ele estava até grato por enfim conseguir alguma folga. Sua "agenda" permitiu que ele passasse mais tempo com sua família, tentando recuperar cinco anos perdidos. Ele sabia que mais cedo ou mais tarde teria de se mudar, provavelmente para Nova York, onde toda a ação parecia acontecer. Por enquanto, no entanto, ele estava mais do que satisfeito em ficar na casinha que ele e Bucky tinham juntos nos arredores da cidade.

Como eles chegaram lá?

Ele honestamente não sabia. Parecia que um certo super soldado não fazia as coisas com moderação. Ele iria ignorar Sam completamente com cada fibra de seu ser por meses a fio, ou ele iria se enraizar na vida de Sam e nunca mais sairia. Sem meio-termo.

Cem primeiros encontros (Sambucky)Onde histórias criam vida. Descubra agora