Capítulo 2

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Algumas semanas depois, Sam está pronto. Ele passou os últimos dias se preparando para este dia. Ele garantiu que as crianças não estivessem envolvidas desta vez, disse a Torres para não ligar, a menos que fosse um desastre mundial, e escolheu uma lugar seguro onde não há abelhas ou pássaros envolvidos. Ele também disse a Bucky para limpar sua agenda, o que o deixou desconfiado. Ele tem feito perguntas desde então. Sam acha que se acostumou a estar no controle, a ser aquele que planeja tudo e a saber exatamente o que está acontecendo e quando está acontecendo.

Uma hora antes do pôr do sol, Sam veste seu terno bordô e sai de seu quarto para encontrar Bucky sentado no sofá da sala, distraidamente mechendo em seu celular. A única informação que Sam deu a ele foi usar um terno e ficar bem, coisas que Sam vê que conseguiu com excelência.

"Esta pronto?" Sam pergunta.

Bucky finalmente desliga o celular e volta sua atenção para Sam. Quando olhou em sua direção seu rosto se iluminou. "Uau" Ele sussurra.

"Como estou?" Sam pergunta enquanto se ocupa com suas abotoaduras. Ele pode sentir um pouco de nervosismo rastejando por ele. É apenas Bucky, ele lembra a si mesmo, eles já fizeram isso uma dúzia de vezes antes. Só que desta vez, não há como interpretar mal. Não há interrupções (espero), ou desculpas veladas. É real. É um encontro.

E se ele estiver errado sobre isso?

E se ele acabar arruinando a amizade que eles tem há um ano?

"Esplêndido." A voz de Bucky corta a névoa que se forma na cabeça de Sam. E quando ele encontra seus olhos, ele sabe que eles ficarão bem.

***

Eles chegam ao prédio depois de uma caminhada de 20 minutos. No momento em que eles entram, qualquer uma das dúvidas persistentes na mente de Sam, se dissipa na forma como o rosto de seu parceiro se ilumina. "O que é isso?" Bucky pergunta sua voz já um pouco sem fôlego.

"Uma aula de dança para idosos como você." Diz Sam. Ele percebe como Bucky não revira os olhos com a piada; ele está muito ocupado olhando a banda no palco. "Vá em frente. Eu vou nos inscrever."

Quando Sam volta, ele encontra Bucky na pista de dança dançando com uma mulher idosa como sua parceira. Enquanto eles balançam juntos lentamente, Bucky toma cuidado para estabelecer um ritmo lento, Sam pensa como é estranho que Bucky seja realmente mais velho que ela. Ele não parece, com certeza, mas Sam nem sente isso hoje em dia. Ao contrário de Steve, que sempre teve aquele senso antiquado sobre ele, Bucky parece bem ajustado aos tempos modernos. Sam sempre pensou que era por isso que Steve voltou para o passado, enquanto Bucky ficou no presente. Mas uma conversa que eles tiveram uma noite, alguns meses atrás, faz Sam pensar que havia um pouco mais do que isso.

***

Sam é acordado do sono com um solavanco. Flashes de fogo, gritos e poeira são tudo de que ele se lembra. Seu peito arfa com força, e ele pode praticamente ouvir seu próprio batimento cardíaco, misturado com um zumbido agudo em seus ouvidos. Um pesadelo. Ele não tem um desses há algum tempo, mas eles sempre voltam, tão exaustivos e brutais como sempre.

São 3:48 como seu despertador ao lado da cama indica. E mesmo que ele não tenha um pesadelo há algum tempo, ele sabe que a rotina não mudou, que ele não vai voltar a dormir por mais que tente. Então, ele sai da cama e vai para a cozinha. Atento para não fazer muito barulho, Sam faz um chá para si mesmo (um desses tipos de saquinho com sabores que Bucky parece determinado a experimentar cada um) e sai. Ele se senta em um dos três degraus que levam até a porta da frente e permite que a brisa fresca encha seus pulmões, esperando que isso acalme a queimação que se espalha neles.

Cem primeiros encontros (Sambucky)Onde histórias criam vida. Descubra agora