Será que é uma miragem? Estou ficando louca? Esfrego meus olhos e não é ilusão. Théo está de costas próximo a janela, encarando a rua. Não está mais vestido em um terno. Agora está com uma roupa mais casual; calça jeans e camisa preta. Olho para Cleide e Tati e as duas estão com um sorriso de orelha a orelha. Caminho até elas.
— Cuidado, não faça nada que eu não faria. — Tati pisca.
— Divirta-se, querida. Eu sei que nos últimos meses você não tem feito isso. — Cleide aperta minha mão. — Curta esse restinho do Dia dos Namorados e saiba que esse dia é mágico.
Cleide tem toda a razão. Nem sei mais o que é me divertir. Minha vida ultimamente anda tão corrida. E sobre a magia, estou começando a acreditar nisso. Para esse homem estar aqui novamente, só para me ver, tem que ser magia. Dou um abraço nas duas e vou até Théo, e então cutuco seu ombro. Ele se vira e vejo um pequeno buquê de rosas mistas em sua mão. Isso só pode ser um sonho.
— Você não é nenhum maníaco, sequestrador, vendedor de órgão ou algo do tipo, não, né?
Ele ri.
— Não sou, pode ficar tranquila. Pra você. — Me entrega as flores.
— Obrigada, é a primeira vez que ganho flores. — Levo elas até o nariz e solto três espirros, um atrás do outro.
Que vergonha. A primeira vez que ganho flores, e ainda de um homem lindo, acabo espirrando.
— Você está bem? — Théo coloca a mão em meu ombro e me olha preocupado.
— Estou sim. Nariz de pobre não é acostumado a flores. — Sorrio.
— Sofia, você não tem ideia como esse seu jeito me encanta. Eu quero levá-la a um lugar. Você quer sair comigo?
Tento conter o entusiasmo, pois não quero parecer uma doida. Apesar de querer gritar vários sim, me contenho a dizer:
— Eu adoraria sair com você, Théo. Só preciso avisar minha mãe. Ela pensa que irei direto pra casa. Só vou fazer uma ligação. É rapidinho.
Théo assente.
Pego meu celular e me afasto um pouco para ter privacidade, e após alguns toques minha mãe atende. Sei que durante o seu horário de trabalho só posso ligar se for muito importante.
— Oi, filha. Aconteceu alguma coisa?
— Não, mãe. Eu só liguei pra avisar que não vou direto pra casa. Recebi um convite pra sair e aceitei.
— Com quem irá sair? Eu conheço?
Sorrio. Sabia exatamente que faria essas perguntas.
— O nome dele é Théo e a senhora não o conhece — me limito a dizer isso. Se contar que nem eu o conheço direito, ela não vai permitir que eu vá. — Ele é educado, simpático e muito bonito. Pode ficar tranquila que vou tomar cuidado. Meu celular estará sempre perto de mim e com o GPS ligado.
— Tudo bem, filha. Eu confio em você. Cuide-se, por favor. Te amo.
— Também te amo, mãe. Não vou demorar muito. Tchau. — Encerro a ligação e guardo o celular na bolsinha. Cheiro minhas rosas e sorrio. Eu tenho um encontro. Volto até Théo. — Agora podemos ir.
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Surpresas Do Destino (Trilogia Destino Livro 01)
Roman d'amour⚠️ Completo na Amazon ⚠️ Sofia é uma humilde garçonete de dezoito anos que conseguiu seu primeiro emprego em uma cafeteria no centro da cidade de São Paulo. Mais velha de cinco filhos, trabalha duro para ajudar sua mãe no sustento da casa. O que ela...