Holidate - DAYROL

Natal/ Ano- Novo - 11

Olá :) Como estamos? Bem vindes ao último capítulo. Espero que gostem, boa leitura.

Dayane Pov

Na manhã seguinte da ação de graças, eu acordei cedo e fui até a casa de Caroline. Felizmente eu me lembrava do endereço, mas não me lembrava do número do apartamento. Felizmente ao lado dos números estavam os sobrenomes dos moradores.

Segundos antes de eu apertar o número do apartamento de Carol, eu ouvi sua voz.

- Até mais tarde, cara. - Ela se despediu passando reto por mim.

O fato de eu estar de costas também não ajudou para que ela me reconhecesse. Suspirei indo embora. Decidida de que havia sido uma péssima ideia. Voltei para casa apenas por alguns instantes já que logo Fernanda me buscou para que fôssemos no shopping comprar presentes de natal.

- Então você está perseguindo ela, mas não fala com ela? - Minha irmã perguntou.

- Eu não diria que aparecer na porta dela e me esconder é bem uma perseguição, mas é.

- Eu recomendo terapia. - João comentou. - Eu e Lucas começamos a fazer e estamos finalmente nos conhecendo e tirando as máscaras.

- Não obrigada. Eu gosto das minhas máscaras. - Respondi.

Foi no momento em que começamos a subir as escadas rolantes que eu a vi. Caroline descia, a ruiva estava levemente distraída. Mas ela me viu assim que ficamos lado a lado por breves segundos.

- É o destino! Vai atrás dela. - João declarou.

- Não é destino. Ela praticamente mora aqui. - Rebati. - Enfim, vamos comprar presentes!

- Tia Day, a vida está te dando uma chance aqui. - Olivia disse séria e minha irmã e João me encararam como se concordassem. - Não estraga isso.

Encarei os três em dúvida por segundos antes de decidir que elas estavam certa. Estava na hora.

- Carol! - Gritei descendo as escadas rolantes. - Com licença senhor! Carol!

Passei por um casal de mãos dadas a força soltando as mãos dos mesmos. Caralho como podia uma escada ter tanta gente?

- Caroline! - Gritei mais uma vez.

A verdade era que o shopping inteiro estava cheio, tentava desviar das pessoas da forma que eu podia. Ao mesmo tempo que tentava manter Caroline em meu campo de visão. Não consigo contar quantas vezes disse "Licença" e quantas vezes chamei o nome da ruiva, Estava a meio passo de desistir quando subi na cadeira vazia do papai noel bem ao lado do coral que cantava músicas típicas do natal.

- Carol! - Chamei mais uma vez, vendo a ruiva mais ao fundo.

Estava pronta para chamá-la mais uma vez, mas fui surpreendida pelo Coral atrás de mim cantando o nome de Caroline bem alto. Me virei rapidamente os encarando, mas logo voltando meu campo de visão a ruiva que agora me encarava de longe. Acenei sem graça.

- Eu só...- Parei de falar ao me estenderem um microfone. - Obrigada. - Agradeci suspirando em seguida. - Eu só quero dizer que eu fodi com tudo.

Meus ouvidos doeram um pouco com o retorno, mas logo passou.

- Desculpa, crianças. Não digam isso em casa. Uhm... Tá. - Continuei. - O que eu quero dizer é que... tá muito quente aqui né? - Tirei meu casaco suando de nervoso. - Meu Deus, o que eu estou tentando dizer é que eu me diverti mais com você ano passado do que com todos as pessoas que já namorei juntas. Você tinha razão. Eu tenho sentimentos por você. E eu fo... - Parei lembrando das crianças. - Ferrei com tudo. Porque eu estava com medo, deixar você ir foi umas das maiores besteiras que eu já fiz. Eu sinto tanto sua falta... Sinto tanto sua falta que eu simplesmente parei de fumar! E os doces agora são só um pouco reconfortantes. Você arruinou todos os meus vícios.