Capítulo #11

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Pov. Maraisa

Dirigindo de volta para casa, comecei a pensar sobre a conversa com Marília. Sei que estou em uma situação realmente difícil, mas eu não consigo parar de pensar nela. É irritante o quanto penso nela e quanto tenho medo de que ela nunca mais fale comigo.

Enquanto ouvia a amante de Danilo em silêncio. Ela dizia que fui completamente enganada por ele esse tempo inteiro em que ele esteve fora, que ele fazia promessas para ela, de me largar e casar com ela. Mas quando ele ficou sabendo que ela estava grávida, ele decidiu voltar e fingir que nada aconteceu.

Escutei tudo sem responder uma palavra se quer com ela, achei melhor interrogar Danilo a noite. O mais triste daquilo tudo era que eu não me importava tanto, pois não o amava mais. Era triste saber que ele voltou achando tudo maravilhosamente normal, se eu ainda o amasse seria completamente enganada por ele.

***

_Danilo, está em casa? — perguntei assim que entrei pela porta.

Não ouvi nenhuma resposta então comecei a olhar pela casa procurando ele. Realmente precisa resolver as coisas com ele hoje, não podia viver mais um dia nessa mentira que era o nosso casamento. Chegando perto da porta de nosso quarto ouvi ele conversar com alguém por telefone. Fiquei parada perto da porta tentando escutar algo.

_Naiara... escuta... Não conte para Maraisa... Eu pago o quanto você quiser..... Eu pago..... Esse dinheiro ajudará nosso bebê..... E... Naiara? Alô?! — a ligação parecia encerrada.

Decidi entrar no quarto como se nada tivesse acontecido.

_Oi amor! — Danilo disse — Como foi o trabalho?

_Cansativo! — Retruquei seguindo para o closet.

Comei tirar as roupas e colocar meu robe. Precisava tomar um banho, e depois conversar com Danilo. Saindo do closet sinto Danilo me puxando para seu corpo pela cintura.

_O que está fazendo? — disse tentando me soltar.

_Ficou porque quis! Agora me solta que eu preciso tomar um banho estou muito cansada! — Retruquei me soltando e seguindo para o banheiro.

_Maraisa! Sou um homem, tenho necessidades — ele aumentava o tom dá voz me seguindo até o banheiro.

_Pois trate de resolver elas sozinho! Eu não sou obrigada a transar com você, só porque quer. — disse sem dar muita importância ao showzinho dele.

Danilo viu que não conseguiria nada então saiu do banheiro fechando a porta assim que saiu. Respirei fundo e entrei no chuveiro.

Comecei a pensar em como foi fácil para o Danilo fingir que nada aconteceu, após meses de traição. E eu me sentindo super mal, por te tido uma noite maravilhosa com Marília. Como pude ser tão burra de tratá-la daquela maneira, como se ela fosse uma pequena diversão e nada mais. "Droga, Maraisa".

***

Jantar na mesa, Danilo em uma ponta e eu em outra. Eu o encarava tomando meu vinho tinto. Ele comendo sem parar assim que percebeu meu olhar parou de comer e me encarou também.

_Danilo, precisamos conversar sobre esses meses que você passou a trabalho. — comecei colocando a taça de vinho na mesa.

_De novo essa história? Você não cansa de discutir sobre o mesmo assunto? — ele dizia já alterando o tom de voz.

_Descutir sobre esse assunto? Desde quando você está presente para pelo menos discutirmos sobre algo?

_Maraisa! Esse é o meu trabalho! Precisei ficar lá.

_Danilo, o mais triste disso tudo, é que você realmente ficou lá, todo esse tempo. Não me mandou mensagem não perguntava se estava bem. Não se importava, eu não me casei para não ser amada! — disse despejando sentimentos.

_Maraisa eu p-precisei f-ficar...

_Menos Danilo, chega de mentiras! Você conheceu alguém lá não foi? — disse colocando as cartas na mesa. — E quando você viu que ela estava grávida deu o pé na bunda dela, e voltou para esposa amada!

Danilo não falava mais nada, seu rosto já entregava tudo. Ele desviou o olhar tentando não olhar nos olhos, pois sabia que eu os leria.

_Danilo, olha para mim. — disse fazendo com que ele voltasse o olhar para mim, que retribui com frieza. — Você deveria ter a decência de ter me contado. Ser homem e dizer para eu ser feliz com outra pessoa. Mas não, seu egoísmo iria me enganar o tempo que fosse preciso não é?! E para quê? Para não ficar sozinho?

Danilo apenas abaixou o olhar e não disse mais nada. Não era nem preciso, esse mentiroso! Como pode me enganar todo esse tempo? Mas isso já importava mais, eu não me importava mais!

A professora - adaptação (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora