Torturado na Prisão

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Passadas algumas horas dentro da traseira apertada e abafada do carro blindado, Izuku novamente viu a luz do Sol quando os guardas que o levaram até o local abriram as portas do compartimento e o tiraram, ainda na maca, começando a trazer ele para dentro com todo o cuidado possível.

Izuku: /Por que tomam conta de mim?/ - Ele sinalizou para um deles, que teve a fala traduzida por um dos médicos para seu entendimento e respondeu.

Guarda: Acho que não se lembra não é garoto? – Ele perguntou, em seguida dando uma risadinha. – Você me salvou quando aquelas aberrações atacaram Hosu, eu estava do seu lado no trem quando uma daquelas porcarias entrou quebrando tudo, a primeira coisa que você fez foi pegar eu e minha esposa e levar pra longe daquela coisa. – Explicou, com os olhos de Izuku se arregalando.

Guarda2: Nenhum de nós acredita que tenha sido você, não sabemos se é o mesmo caso com todos os guardas da prisão mas se depender de nós saiba que você vai ser tratado muito bem. – Ele falou, fazendo Izuku se sentir aliviado enquanto uma ponta de esperança nascia em seu peito.

Esperança essa que morreu assim que ele entrou no lugar e foi informado de que ficaria na solitária isolado de tudo e todos por ordem de Nezu enquanto o Guarda-Chefe se sentia deprimido por não poder ajudar o garoto, que sabia não merecer aquele tratamento apenas por ver sua aura branca e pura.

Guarda-Chefe: Desculpe garoto... Eu realmente gostaria de poder ajudar você... – Ele falou, lacrimejando levemente enquanto via o estado do garoto, que apenas deu um sorriso e lhe sinalizou.

Izuku: /Não se culpe, você está apenas seguindo ordens./ - Ele falou, logo sendo levado até o Subsolo da prisão, sendo colocado em uma das celas de segurança máxima e acorrentado de pé no fundo dela, com seus membros esticados e presos a uma parede de aço.

A cela não tinha nada em seu interior, não tinha câmeras, alto-falantes, paredes de vidro para que os guardas pudessem observar ele, literalmente nada, apenas um cômodo escuro e vazio mas não é como se eles realmente precisassem ficar vigiando um adolescente paraplégico que estava preso com algemas Anti-Individualidade e acorrentado até os dentes.

Os guardas, ainda com pena do rapaz, saíram da cela e a fecharam, cabisbaixos.
Minutos passaram, até que se tornaram horas e horas passaram até se tornarem dias.

Izuku já havia perdido a noção do tempo e não tinha comido e nem bebido nada, mas percebia que aparentemente ele não precisava disso, ele supôs que era uma Quirk integrada nas paredes da sala ou nas correntes que estava provendo a ele tudo que precisasse para que não morresse.

Conforme o tempo passou, Izuku começou a se sentir confortável no lugar.
Não havia brigas.

Não havia barulhos altos, poluição no ar, vilões.

Nada.

Era apenas o mais puro e pacífico silêncio.

Até que uma semana se passou.

Midoriya estava acordado, cantarolando uma música que ele também gostava muito, Leave It All Behind.

Quando, repentinamente, uma névoa negra se formou na frente do garoto e por ela passou uma mão ressecada que Izuku reconheceu na hora.

Izuku: “Shigaraki...” – Pensou, encarando o Mãozinhas enquanto ele andava para fora do portal.

Shigaraki: Olá pirralho maldito! – Ele falou, com uma animação imensa. – Você não tem a menor noção do quanto este seu estado deplorável me alegra!

Enquanto falava, Dabi, Toga e um outro membro da LOV, até então desconhecido, cobrindo o rosto com um capuz, atravessaram o portal e pararam ao lado de Shigaraki.

Izuku: “Quem é esse aí?” – Ele se perguntou, virando sua visão para o desconhecido, coisa que Shigaraki percebeu.
Shigaraki: Bom, eu não deveria, mas já que você está tão deplorável que não consegue nem mesmo mover um dedo do pé eu serei educado, este aqui é um dos membros que nós mantemos escondido atrás dos bastidores, e ele tem uma Quirk que você conhece muito bem. – Ele falou, com as mãos do desconhecido começando a brilhar em amarelo enquanto os olhos do garoto verde se arregalavam.

Izuku: “Não pode ser...”

Shigaraki: Pelo seu rosto chocado acho que já percebeu, mas sim, é a Quirk de sua filha. – Ele falou, estalando os dedos.

Ao sinal ser dado, o encapuzado retirou o capuz, chocando Izuku.

Izuku: “E-Eri?” – Ele pensou, não acreditando no que via.

Shigaraki deu uma risada maníaca e olhou para o rosto doloroso de Izuku como se estivesse se divertindo ao vê-lo sofrer.

Shigaraki: Bem, se fosse a original seria melhor, mas com o sangue dela que nós conseguimos roubar enquanto Overhaul estava ocupado sendo surrado por você e pela pirralha nós conseguimos criar um clone dela e acredite, ele é tão bom quanto. – Ele falou, chegando por trás da versão adolescente de Eri e apertando seus peitos. – Pena que é apenas um Noumu, acho que seria divertido ver a reação dela em conjunto com a sua enquanto eu forçava ela a me ajudar a te torturar, mas bem, nem tudo é perfeito! – Ele estalou os dedos, dando outro comando para o clone, que se aproximou de Izuku e reverteu seu corpo a estado perfeito.

Izuku: O que você quer? – Ele perguntou, com sua voz mais rouca que o comum por não estar mais acostumado a usá-la e sentindo-se feliz de novamente poder sentir suas pernas e falar, mas sabia que a sua alegria seria destruída rapidamente.

Shigaraki: Você sabe o que eu quero, informações! Quirks dos heróis e alunos, forças, fraquezas, no que eles são bons, do que tem medo, e do mais importante, o paradeiro do OFA! – Ele falou, com Izuku começando a rir da cara dele assim que ele terminou.

Izuku: Você hahahahaha realmente acha que eu vou ajudar você? Ahahahahahahaha! – Ele falou, com escárnio na voz.

Ao ouvir isso, o sorriso insano de Shigaraki apenas aumentou.

Shigaraki: Não, nunca pensei que me ajudaria, mas essa resposta era exatamente o que eu queria ouvir! Então até que eu consiga o que eu quero, vou me divertir torturando você!

Ao terminar de sua frase, Shigaraki se aproximou e começou a decair os dedos das mãos de Izuku, um por um.

O garoto, agora com sua voz recuperada, apenas gritava de dor enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas.

Ao terminar com os dedos das mãos, Shigaraki chamou Toga e Dabi com o dedo.

Toga: Sim Shiggy?! – Ela falou, em seu modo Yandere louca, com corações no lugar dos olhos e olhando para Izuku, que ainda não havia tido a chance de tomar banho. – “Quanto sangueeee~”.

Shigaraki: Já mandei não me chamar assim, mas vamos fazer o seguinte, eu vou decair as pernas dele lentamente enquanto você Toga esfaqueia os braços dele várias vezes e você Dabi cauteriza as feridas com suas chamas.

Ao ouvir que teria a chance de esfaquear o rapaz que tanto ‘Amava’ Toga enlouqueceu e começou a correr em círculos gritando e jogando os braços para cima, até que Dabi a pegou pela cabeça e levantou.

Dabi: Pode deixar Punheta Comunitária! – Ele falou, zombando de Shigaraki.

Shigaraki: Não me chame assim Dabi.

Dabi: Você é coberto de mãos e se você for bater uma você decai sua rola, então meu amigo, eu vou te chamar disso até o fim dos tempos! – Ele falou, logo em seguida olhando para onde Toga estava, vendo que a loira já tinha cravejado os braços de Izuku com dúzias de perfurações. – Meu deus do céu, desde quando você é tão rápida Vampira Anã?

Toga: Que eu saiba desde sempre Torrão Ambulante! – Ela retalhou, com Izuku rindo antes de começar a gritar enquanto suas pernas apodreciam e viravam pó e Dabi cauterizava seus braços.

Após algumas horas, com as pernas de Izuku já inexistentes e estando coberto de cicatrizes de queimadura, Shigaraki deu uma risada maníaca e estalou os dedos, com o clone de Eri curando Izuku novamente.

Shigaraki: Impressionante! Tamanha lealdade! Queria ter alguém como você trabalhando pra mim, não me falou literalmente nada! – Ele falou, maravilhado com a lealdade e determinação do garoto verde. – Vamos ver quanto tempo você aguenta! – Ele exclamou.

Izuku, dando um risada debochada porém dolorida, olhou para Shigaraki e cuspiu sangue em seu pé.

Izuku: Faça seu pior, Mãozinhas! – Ele zombou, fazendo Shigaraki abrir um sorriso selvagem, porém irritado, antes de dar uma risada maníaca e começar a passar por um portal que abriu atrás de si.

Shigaraki: Disso você pode ter certeza! – Ele afirmou, sumindo pelo portal, que se fechou logo em seguida.

Dia após dia, sem falta e sempre no mesmo horário, Shigaraki, Dabi, Toga e a Eri Clonada entravam na sala de Izuku, coisa que sempre fazia o dia de Toga e Shigaraki.

Eles pareciam ter ficado viciados em torturar o rapaz, utilizando diferentes métodos para tentar fazê-lo falar.

Afogamento.

Choque elétrico.

Derretendo o corpo dele lentamente.

Abrindo centenas de pequenos furos pelo seu corpo e depois jogando um balde de álcool em cima dele.

O perfurando com pregos usando um martelo e depois removê-los.

Quebrando seus ossos em vários pedaços.

Com rajadas sonoras potentes sendo disparadas dentro de seu ouvido.

Abrindo seu estômago e o forçando a assistir enquanto suas tripas saiam e caiam no chão.

Deixando ele sangrar até quase morrer.

Arrancando suas unhas com um alicate e depois o forçando a comê-las.

Atirando nele centenas de vezes com uma pistola de grampos.

Água fervente.

Queimaduras de Gelo.

Jogar ele em um tanque de piranhas e logo em seguida em um tanque com Poraquês.

Esticar seus membros até que eles fossem rasgados e separados do corpo.

Cortando seu corpo em rodelas usando uma faca cega.

O mutilando com uma serra elétrica enferrujada.

Jogando sal em seus olhos e depois os arrancando.

Forçando ele a beber ácido.

Arrancando seus dentes com um alicate e depois perfurando seu corpo com eles.

A cada dia que passava eles tentavam um método diferente, chegou ao ponto de abusarem sexualmente do Clone de Eri enquanto o forçavam a assistir.

E Izuku a nenhum momento falou algo.

Nem.

Uma.

Única.

Palavra.

A determinação e lealdade que antes havia impressionado Shigaraki agora estava começando a irritar o azulado enquanto Izuku parecia adquirir cada vez mais resistência a dor.

Até que, após um ano de torturas sem fim, Shigaraki finalmente se entediou enquanto sua raiva atingia o ápice.

Shigaraki: Kurogiri, venha aqui! – Ele ordenou, com o seu ‘Noumu Babá’ aparecendo rapidamente.

Kurogiri: Chamou jovem mestre? – Ele perguntou educadamente, até mesmo se curvando um pouco.

Shigaraki puxou do bolso de seu sobretudo uma seringa, a injetando em Kurogiri e se afastando enquanto sua névoa roxa adquiria uma coloração vermelha.

Shigaraki: A droga Trigger, desenvolvida e vendida por Overhaul usando o sangue da pirralha, dizem que é capaz de aumentar muito o poder da Quirk de quem usa... – Ele deu uma pausa, abrindo o sorriso mais insano que Izuku já tinha visto na vida. – VAMOS TESTAR OS LIMITES DESSA DROGA! KUROGIRI, MANDA ELE PRO MAIS LONGE POSSÍVEL DAQUI! – Ele ordenou, com Kurogiri abrindo um portal vermelho no meio da sala e ficando exausto ao fazer isso.

Shigaraki: Não me parece muito impressio... – A frase de Shigaraki morreu no meio enquanto seus olhos arregalavam de satisfação quando ele viu o portal vermelho começando a sugar tudo próximo, o portal vermelho escureceu e sua força de sucção começou a aumentar rapidamente enquanto ele crescia e se convertia em um pequeno buraco negro. – Ohhhhh sim, era esse tipo de coisa que eu esperava. – Ele falou, animado, com sua animação se transformando em desespero quando ele percebeu que o buraco negro não parava de crescer e estava começando a engolir a cela inteira. – KUROGIRI TIRA A GENTE DAQUI!

Assim como ordenado, Kurogiri usou as poucas forças que ainda lhe restavam e tirou os vilões do local, deixando o clone de Eri para trás.

Izuku só pôde assistir enquanto uma cópia idêntica porém mais velha de sua filha era lentamente apagada da existência pelo buraco negro que apenas parou de crescer ao engolir o rapaz junto com toda a sua cela, deixando um enorme rombo na estrutura da Tártarus antes de simplesmente encolher até sumir.
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É isso galera! Pra quem já leu o capítulo na Spirit, percebeu que esse aqui tem alguns pedaços a mais.

É por que na Spirit o capítulo original me fez ser banido por algum raio de motivo e eu tive que reescrever e repostar ele, mas como aqui eu tenho mais liberdade, eu vou me aproveitar dessa liberdade, então fiquem sabendo que alguns pedaços dos capítulos originais que foram cortados lá serão mantidos aqui!

Blue Flash (BF)Onde histórias criam vida. Descubra agora