Blue Flash (BF)

Cometa Azul

Narrador P.O.V.

No dia seguinte a criação do Buraco Negro, a LOV, com a ajuda de um vilão que possuía uma Quirk tecnológica, hackeou e invadiu todas as televisões, computadores e celulares da U.A.

Shigaraki: Olá heróis! – Ele saudou, um sorriso sonso e sarcástico em seu rosto.

???1/???2: Cale a boca mãozinhas! – Uma voz dupla soou, chocando quem os assistia.

Sendo empurrado para fora da cadeira onde estava, Shigaraki sumiu da tela, dando lugar a um rapaz de cabelos verdes que possuía em seu rosto um sorriso louco e manchas de sangue que obviamente não era seu.

“Izuku...”

Esse foi o pensamento coletivo de quem assistia o que acontecia, grande parte irritada, e a minoria incrédula e chocada.

Aizawa: Não é possível! – Ele exclamou, ainda não acreditando que o jovem brócolis era um traidor, assim como quem havia o ajudado quando ele foi atacado.

E o quanto eles estavam certos foi provado em seguida.

Outra cadeira foi arrastada para o campo de visão da câmera, e em seguida, Toga se sentou nela.

Confusos, os olhos de todos se arregalaram em choque, culpa e remorso enquanto eles assistiam Toga se desfazer em lama, revelando ser um clone da original feito por Twice, e a pele do garoto de cabelos verdes derretia, mostrando ser a verdadeira Toga.

Enquanto quase todos os presentes na U.A. começavam a chorar de culpa, a LOV do outro lado ria como se tivessem ouvido a melhor piada do século.

Mas as coisas para a U.A. ainda iriam piorar.

Shigaraki: E vocês sabem o que é o melhor de tudo isso? – Ele falou, limpando uma lágrima de seu olho esquerdo e abrindo um sorriso de bobo alegre. – Até mesmo na morte ele continuou sendo fiel e leal a pessoas podres como vocês! – Ele exclamou, desta vez irritado, por que queria alguém como o garoto ao seu lado e sabia que não tinha.

Parando de chorar, os heróis se confundiram, afinal o garoto foi preso, e não morto.

Já sabendo do que ocorreria, Shigaraki estalou os dedos e durante os próximos 30 minutos as telas da U.A. mostraram diversos vídeos curtos do garoto sendo torturado de diversas formas diferentes enquanto Shigaraki exigia que ele lhe desse informações sobre os heróis.

E antes do vídeo acabar e ser trocado pelo próximo, Izuku sempre gritava a mesma resposta.

Izuku (V): NUNCA! – Ele gritou, sendo retirado de um tanque cheio de poraquês com seu corpo coberto da cabeça aos pés com queimaduras elétricas.

Conforme os vídeos passavam, um por um, os alunos da classe 1-A começaram a vomitar conforme viam o que o garoto passou, eles estavam enojados, não só pelo sofrimento dele como também por si mesmos, sabendo que fizeram a mesma coisa com ele antes de ele ser preso mas que o fizeram ainda pior, pois eram pessoas que ele considerava seus amigos, pessoas por quem ele jogaria sua vida no lixo e inclusive havia o feito diversas vezes.

Shigaraki: Isso aqui foi o que ele passou por vocês. – Ele falou, apontando para a câmera que fazia a transmissão. – Foi por isso aqui. – Ele repetiu, mostrando um vídeo do rapaz sendo cortado em pequenas rodelas enquanto gritava de dor. – Que ele passou enquanto se negava firmemente a me ajudar. – Ele falou, abrindo um sorriso doentio. – Para salvar as mesmas pessoas que o aleijaram, deixaram na porta da morte e o prenderam. – Os culpados olharam para baixo, envergonhados de si mesmos, as exceções eram poucas. – Foi isso que ele aguentou para não trair e acabar machucando a sua mãe que ele tanto amava, a mesma mãe que disse a ele que se pudesse teria o abortado. – A mulher, presente na sala dos professores por ter sido chamada por Nezu, começou a chorar. – Foi por esse tipo de sofrimento que ele passou para proteger vocês da U.A. por que ele sabia que caso a escola caísse o Japão perderia grande parte de seu poderio heróico, ele fez isso para impedir que o diretor da U.A. voltasse a ser um rato de laboratório, o mesmo diretor que ordenou que ele fosse trancafiado em uma solitária no Tártarus sem receber comida e água até que o garoto soltasse seu último suspiro e morresse de velhice em uma sala escura, fria e vazia. – Ele falou, mas Nezu pouco se importou.

Shigaraki: E tudo isso aconteceu por nada! – Ele exclamou, jogando os braços para cima como um apresentador de circo. – Nós nunca tivemos um traidor, espião ou seja lá o que vocês chamam! Nunca infiltramos ninguém! – Ele revelou, fazendo os rostos dos heróis serem pintados com expressões horrendas de arrependimento e culpa. – E agora ele está morto! – Ele outra vez exclamou, desta vez mostrando a criação do Buraco Negro e o que restou da cela do garoto quando ele foi conferir no dia seguinte.

Então, imaginando as expressões dos heróis, Shigaraki deu uma risada diabólica e gritou.

Shigaraki: E ENTÃO?! QUEM É QUE SÃO OS VILÕES DA HISTÓRIA HEIN?!

E assim, a transmissão que quebrou o espírito dos heróis e dos alunos da U.A. em pedaços, terminou.





Faziam pouco mais de dois meses desde a transmissão da Liga dos Vilões e grande parte dos alunos ainda não haviam se recuperado do choque.

Nejire, aluna da 3-A e parte do Big Three, que assim como os outros 2 estava em um dia de patrulha quando Izuku foi atacado, não conseguiu acreditar na notícia.

Ela se trancou em seu quarto e só saía para comer e ir para aula, tomando banho em seu banheiro dentro de seu quarto ao invés de com as outras meninas de sua sala no banheiro conjunto como normalmente fazia, não sorria mais e quando saia para fazer patrulhas espancava os vilões que encontrava com o máximo de violência possível.

Mirio quebrou, e quebrou ainda mais quando foi visitar Eri pela primeira vez após o ocorrido.

Mirio: Eri-Chan. – Ele chamou, entrando no quarto da albina que ele considerava uma irmã mais nova.

Eri: Mirio-Nii-Chan... – Ela falou, olhando para a janela de seu quarto, antes de se virar, mostrando seus olhos transbordando em lágrimas enquanto em seu rosto uma expressão quebrada, arrasada e desesperada se fazia presente. – Meu Papa vai voltar para mim... Não vai? Ele está vivo... Não está?

Ao ver a garota em negação, Mirio sentiu seu coração se partir e se aproximou, abraçando a pequena, que começou a chorar em seu peito enquanto gritava o nome do morto.

Já a mudança de Tamaki foi a mais perceptível.

O garoto que antes não expressava nada agora possuía uma expressão.

Ódio.

Nada além disso.

A única expressão que Tamaki conhecia era ódio.

O garoto simplesmente virou o terror da U.A.

Sempre que alguém que participou do espancamento de seu amigo verdinho tentava falar com ele, Tamaki surrava quem quer que fosse.

Ele socava, chutava, deslocava membros, algumas vezes chegava até o ponto em que quebrava ossos.

Izuku havia o ajudado muito em tentar superar sua timidez e era um dos poucos amigos do moreno, era um dos únicos que o entendia e o fazia se sentir confortável.

Era um garoto bom com uma alma pura e um coração de ouro.

E perde-lo sem motivo foi o suficiente para fazer a paciência e tolerância de Tamaki se esgotarem.

Grande parte da escola ainda se sentia triste por Izuku, mas mesmo com as declarações e vídeos que Shigaraki havia mostrado os que acreditavam em sua inocência ainda eram poucos.

De início, muitos deles ficaram tristes.

Mas rapidamente grande parte superou e começaram a zombar do rapaz, que eles pensavam ainda estar vivo e trabalhando com os vilões nas sombras e juravam que se o vissem o matariam de verdade.

A primeira vez que Tamaki ouviu isso foi quando seu último fio de paciência se partiu e sua personalidade mudou.

Naquele dia Tamaki mostrou que não era uma das 3 grandes potências residentes na U.A. sem motivo.

O moreno mandou para o escritório da Recovery Girl mais de 15 alunos, homens e mulheres, Tamaki não fez distinção e tentou mandar todos para o inferno de maneira igual, sendo parado por Mirio, que o segurou, mas gritou e deixou claro que estava o parando a contragosto e que o fazia apenas por que Izuku queria que eles salvassem vidas e não as tirassem, pois caso contrário se juntaria ao moreno.

Entre os alunos mandados para a Recovery Girl estavam Lida Tenya, Todoroki Shouto, Rikido Sato e Mashirao Ojirou.

Surpreendentemente, Neito Monoma, aluno da 1-B, disse que gostava do garoto verde e que apenas não era seu amigo pois não sabia como se aproximar dele, além de dizer que sem ele ali a U.A. perdia sua cor, já que a pessoa que alegrava e ajudava todo mundo, até mesmo ele, não estava mais com eles.

Desde aquele dia, Aizawa começou a levar suas aulas muito a sério, ensinava a eles tudo que podia e os treinava o mais duro possível, ao mesmo tempo em que fazia o máximo o possível para tornar eles mais fortes e dava aulas de investigação 3 vezes por semana, em tais aulas deixando claro o quanto sua sala o decepcionava e que não mereciam estar ali, mas que permitia sua permanência como último pedido de seu aluno favorito, e o moreno tinha apenas um pensamento em mente.

“Não vou perder mais ninguém!”

Atualmente, as classes 1-A e 1-B estavam fazendo uma segunda visita a USJ para tentar, desta vez, realizar o treinamento proposto de maneira decente.

Tudo ocorreu bem, os alunos treinaram em todas as áreas enquanto se revezavam em grupos e aprenderam bastante em como usar suas Individualidades em diferentes situações e de diferentes modos.

Quando estavam prestes a sair da instalação, o que eles mais temiam aconteceu.

Uma grande parede de aço se ergueu na frente da porta e o que havia acontecido da primeira vez começou a se repetir.

A névoa de Kurogiri apareceu e começou a cuspir vilões aos montes, seus números eram pelo menos o dobro de quando invadiram pela primeira vez e eles facilmente passavam dos 200.

Os alunos lutaram bravamente e conseguiram derrotar todos os vilões com certas dificuldades, mas então o que eles pensaram ser o fim era o começo.

O portal novamente apareceu, desta vez liberando 2 Noumus, idênticos ao que atacaram a USJ na primeira tentativa.

Os alunos, com a ajuda de Aizawa, se dividiram em grupos, distraindo um dos monstros enquanto o outro grupo matava o outro.

Já cansados e sem ter o que fazer os alunos se sentiram aliviados quando viram All Might quebrando a parede de aço como se ela fosse feita de papel e começando a lutar contra a criatura, mas desta vez o resultado foi diferente e agora All Might estava no chão, ferido e cansado.

Quando todos pensaram que iriam morrer, eles ouviram um alto barulho de vidro se quebrando e arregalaram os olhos ao ver o céu dentro da USJ partido ao meio com uma grande fenda branca no meio.
Da fenda, um intenso brilho azul apareceu, indo em alta velocidade em direção ao Nomu, caindo em cima dele e criando uma explosão de energia que pulverizou a criatura e vários dos prédios próximos enquanto mandava potentes rajadas de ar para todos os lados, arrancando árvores do chão e fazendo alguns alunos terem que se firmar no chão para não voarem para longe.

Quando a onda de choque e a ventania passaram, Shigaraki havia desaparecido.

Curiosos e temerosos, os heróis se armaram para a batalha e se moveram lentamente para perto do local da queda, encontrando, dentro de uma funda cratera, intacto, um garoto de cabelos azuis espetados, segurando em seus braços um garoto menor que ele, possuindo cabelos loiros, orelhas e duas caudas de raposa, e uma garota de cabelo rosa, que assim como o garoto azul, possuía orelhas e cauda de ouriço.

Aizawa: Quem são eles? – Perguntou, chegando perto do trio com a ajuda de Kirishima e começando a examinar seus corpos para ver se encontrava alguma identificação. – Nada... – Ele suspirou, derrotado.

Kirishima: Sensei, você tem alguma ideia de por que os dois menores estão tão feridos? – Ele perguntou, olhando para o moreno, enquanto tinha em seu peito uma estranha sensação de que conhecia o menino azul.

Aizawa colocou em seu rosto uma feição séria, agora estando nervoso e cauteloso, mas queria saber o que eles faziam ali e por que estavam naquele estado.

Aizawa: Eu não sei, mas posso garantir a você que eu vou descobrir! – Ele afirmou, com um perigoso brilho vermelho em seus olhos. – Vamos voltar para a U.A! Bakugou, pegue os três e vamos embora!

Bakugou apenas acenou e com certo esforço e a ajuda de Kirishima conseguiu pegar os três, começando a encarar o garoto azul que não largava os outros dois por nada.

Katsuki: “Quem e o que será você? E por que eu sinto que o conheço?” – Ele perguntou logo ignorando suas perguntas e levando os 3 desconhecidos para o ônibus que os levou para a USJ, que começou a fazer seu caminho para a U.A. instantaneamente.
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É ISSO MESMO! DOIS CAPÍTULOS EM UM DIA SÓ!

O AUTOR FICOU MALUCO!