Hinata não pensou duas vezes antes de se envolver com seu professor: Tobirama, um homem mais velho e muito cobiçado em sua faculdade. O problema desse relacionamento é que o homem quer manter segredo de todos, algo que Hinata não quer mais aceitar...
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Vários motivos nos levam a fazer certas coisas, sejam eles bons ou ruins. Em momentos, não pensamos, apenas fazemos o que nos der na telha e isso pode ter várias consequências.
Eu poderia dizer que pensei muito quando aceitei entrar em um relacionamento casual com meu professor da faculdade, mas eu estaria mentindo.
Não poderia negar aquele pedido, não depois que fizemos aquela dança na frente de todos; não depois de ajudá-lo a guardar os equipamentos da aula; não depois que ele sussurrou em meu ouvido, fazendo os pêlos do meu corpo se arrepiarem. Não consegui dizer "não" depois de tanto tempo desejando aquele corpo, aquela boca na minha, descendo por meu pescoço, em meus seios, no meio de minhas pernas.
Faz dois meses que encontro Tobirama às escondidas. Seja no final das aulas, nos intervalos e algumas vezes no carro dele. Mesmo que eu saiba que não devemos ter um relacionamento sem ser o de professor e aluna, eu queria que ele me levasse para sua casa ou até mesmo que me acompanhasse para a minha.
Não estou reclamando, adoro ser fodida naquele banco de couro e atrás das cortinas do teatro, porém, queria saber como é com ele na cama. Ainda mais por ele dizer que não tem nada a esconder.
A última aula de sexta-feira finalmente acabou e depois de arrumar as coisas na bolsa, escutei algumas palavras sussurradas das meninas próximas a mim: "Será que ele é casado?" Perguntou a loira. "Não sei, mas se for, a mulher é muito sortuda. Ele é um gato!" Respondeu a ruiva.
Meus olhos seguiram os delas e mesmo sabendo de quem se tratava, segurei a respiração quando nossos olhares se cruzaram. Tobirama permaneceu com aquela máscara sem emoção, apenas acenou discretamente antes de fechar a bolsa e jogá-la por cima do ombro.
As garotas seguiram para a saída, ainda cochichando e rindo e suspirando baixinho.
Soltei os cabelos do prendedor e revirei os olhos colocando a alça no braço e descendo as escadas do palco. Como nossa turma é sempre a última a sair, optamos por usar a porta de emergência, para não precisar cruzar todo o campus escuro e sinistro, já que o estacionamento fica ao lado do nosso bloco.
Não tenho carro, nem moto, porém segui silenciosa pelo estacionamento agora vazio, a não ser pelo único carro na última vaga da última fileira. Não precisei bater, apenas abri a porta e deslizei pelo banco de couro cinza e fechei a porta do mesmo jeito que abri, em silêncio. O cheiro familiar me acolheu - o cheiro dele - perfume misturado com suor. O cheiro que gruda em minha roupa, pele, alma, toda vez que deixo-o para trás.
O platinado permaneceu imóvel enquanto me observava de canto, gravando cada expressão em meu rosto. Escutei um estalar de língua e a voz rouca e sexy preencheu o pequeno espaço.
- Você estava distante na aula.
Engoli em seco, como dizer que quero me afastar mesmo que ele me leve para o céu todas as noites? Como dizer que nossa relação casual esteja me afetando romanticamente?