cartas do passado

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Depois da Festa, S/n se via sem disposição no dia seguinte. Não procurando as amigas, nem mesmo as primas e muito menos, Ash.

Passou o dia inteiro deitada, quando já estava no início da noite, sentiu um enorme tédio. Vendo que não aguentava mais ficar sem fazer nada, resolveu olhar umas coisas que tinha algumas coisas de seus pais.

S/n só não esperava encontrar uma caixa com cartas.

A caixa tinha o nome de seus avós materno, abrindo e logo pegando uma das cartas que tinha ali. era um poema de seu avô para a sua avó.

"De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.

Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.

Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,

Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou."

- caraca, vovô - disse S/n para si mesma - Logo em seguida pegou mais outra carta e viu que essa tinha uma quebra de tempo, de anos. Havia se passado anos até eles voltaram a mandar cartas um para o outro, qual seria o motivo da volta? Essa não tinha poema, e sim, um pedaço da história dos mesmos e o início do caos.

"Eles estão procurando a ti, de fato, estão certos. De onde já se viu, Charles, matar um dos homens mais poderoso do estado, matar o cunhado deles!  isso só porque o molecote olhou torto para a Chloe"

COMO ASSIM?  S/n abriu outra carta rapidamente, não podia acreditar no que tinha lido.

A carta tinha a resposta do avô:

"Aquele idiota do Eric mereceu. deixou a minha Chloe em uma situação constrangedora, você não viu que ela já estava acompanhada com o garoto William Brawn? Pois bem, matei aquele miserável, e deixe que os outros venham até mim, nunca vão me encontrar mesmo. aliás já está na hora de você vim ao meu encontro, Chloe pode se virar aí com o Brawn tenho certeza de que ela não iria se separar dele e Suze você trás."

MAS QUE PORRA ESTAVA ACONTECENDO? S/n estava curiosa para saber o rumo daquela história, seu avô Charles Howard havia matado um cara que deixou a sua mãe constrangida? O que aquele cara teria feito?

"Eu, Rose Howard ir para o Brasil ficar com um fugitivo? Eu te amo, querido. Mas você errou, venha se entregar antes que façam algo conosco. A meninas não vão a escola com medo e o William, esse não dá as caras por aqui desde que você se foi"

S/n agradeceu aos céus por as cartas estarem organizadas corretamente, não teria paciência para procurar a certa que seguisse a ordem.

"Se não quer vim, pois fique aí. Daqui não saio, daqui ninguém me tira. E você, você está perdendo a beleza do Rio e do Cristo Redentor. A comida daqui também é muito boa, só não é melhor que a sua, minha rainha."

"Eles sabem que você está no Brasil. William deu as caras por cá. Disse que ouviu rumores de que você estaria aí e veio aqui para saber se é verdade. Eles estão indo atrás de você, Charles! Estão decidido a te encontrar e vingar a morte da fonte de renda deles."

S/n achou estranho ver que a próxima carta não era a resposta do avô, e sim, mais uma carta da avó. E como seu avô teria sido descoberto? ESSA PORRA ESTAVA MUITO LOUCA

"Querido, dei-me notícias. Há quase um ano não conversamos, estamos preocupadas"

"Minha doce e amada Rose. Há meses que venho fugindo dos Johnson's, eles me acharam, não sei bem como, mas acharam. Me encontro nesse momento arrumando as malas, estou indo para uma cidade no Rio Grande do Sul, Passo Fundo. caso queira me visitar, entrarei em contato depois. Eu estou bem, fique tranquila. Isso já é o bastante."

Mais uma carta do avô, essa era um poema, um poema doloroso.

"Esperando pela morte
como um gato
que vai pular
na cama
sinto muita pena de
minha mulher
ela vai ver este
corpo
rijo e
branco
vai sacudi-lo talvez
sacudi-lo de novo:
hank!
e hank não vai responder
não é minha morte que me
preocupa, é minha mulher
deixada sozinha com este monte
de coisa
nenhuma.
no entanto
eu quero que ela
saiba
que dormir todas as noites
a seu lado
e mesmo as
discussões mais banais
eram coisas
realmente esplêndidas
e as palavras
difíceis
que sempre tive medo de
dizer
podem agora ser ditas:
eu te
amo."

Daí então não havia mais cartas.

S/n olhou uma outra caixa e se assustou quando viu uma adaga com as iniciais C.H, será essa a arma usada pelo avô para matar o tal Eric?

Olhando novamente para caixa, viu um pequeno baú, mas onde estaria a chave? S/n procurou pelo restante das caixas, mas não encontrou nada além de fotos e roupas da sua mãe, que inclusive, eram lindas.

S/n estava sem entender. SEU AVÔ ERA UM ASSASSINO. o mesmo teria sido morto pelos Johnson's? Como sua avó conseguiu as cartas dela de volta? E sua mãe... Quem era William Brown?

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Descobertas e revelações a caminho, uiui

Vou tentar soltar outro hoje, tô boazinha 🙂

He. Ashtray e SnOnde histórias criam vida. Descubra agora