[...] ela respirou fundo, e então sussurrou "eu não aguento mais".
For All The Broken Promises, um romance escrito por mim. Este livro conta a história de Faith, uma adolescente como todas as outras, mas, com um passado e presente obscuro. O que Fai...
Angústia, o sentimento que mais me tem acompanhado desde a discussão.
O sentimento de culpa, a sensação de que eu estou errado e de que o mudo está contra mim, sim, o mundo, pois, Faith é o meu mundo.
Só me relacionei com Morgan porque não queria aceitar que amava Faith. Aqueles olhos, aquele sorriso, ela é esplêndida, um alguém que parece mais um anjo do que um mero ser humano.
Eu poderia admirar cada parte sua, desde as pequenas manchas vermelhas da sua pele, aos ossos espetados da sua clavícula, da sua mania de piscar os olhos repetidamente cada vez que ouve algo com que não concorda, à sua primorosa voz.
Mas, eu perdi.
Perdi tudo o que alguma vez tinha e não soube não deixar ir.
Eu perdi-a, e não se se vou conseguir tê-la mais uma vez.
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Faith, encontra-se no canto da sua cama a pensar na única pessoa que tem ocupado a sua mente, Harry.
Quando finalmente desiste de pensar nele, Faith levanta-se, e sente-se meio tonta pela rapidez que com a qual se levantou. Isto tem acontecido vezes de mais, mas, Faith também não tem comido direito.
A mãe e o padrasto de Faith, um dia, levaram-na a um psiquiatra, onde lá o médico a diagnosticou com anorexia, a doença mental com mais mortes registradas.
Desde então, Faith tem vindo a tentar se recuperar da sua doença, mas, ela está pior.
Desde a discussão, Faith perdeu cinco quilos, pois, o seu peso era a única coisa que Faith conseguia controlar na sua vida.
A menor começou a se exercitar mais de 4 horas por dia, e começou a comer em uma pequena quantidade. A imagem esquelética presa em sua cabeça com que ela tanto sonhara e a doce voz dela, Ana, pairavam na sua mente, sem a finalidade de querer distanciar-se.
Ana, ou anorexia era a melhor amiga de Faith.
Como a menor nunca teve amigos, deixou-se hipnotizar pela encantadora voz de Ana, e dizia repetidamente:
Eu amo Ana
Eu amo Ana
Eu amo Ana
Ana, ou anorexia, fazia com que ela tivesse medo de comer, então, Faith começou a fazer dieta.
Ela achava que estava mais feliz que nunca, quando, na verdade, Faith estava a morrer lentamente.
Harry conseguiu finalmente distrair Faith de seus pensamentos, mas, agora sem ele, os pensamentos voltaram. Faith queria desculpar Harry, o seu amor por ele era uma coisa gigantesca, cada detalhe seu a deixavam caidinha de amores por ele. Mas, o seu orgulho não a deixavam desculpá-lo.
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Quinta-feira, faz hoje uma semana desde o desentendimento.
Quando Faith entra na escola, a primeira coisa que vê é Harry com os lábios colados aos da Morgan. Ao ver aquilo, Faith sente-se enjoada, como é que Harry poderia namorar alguém como ela? Morgan era a pessoa mais ridícula com que Faith alguma vez tinha trocado palavras. A loira fazia bullying com Faith, ela já chegou a humilhar Faith à frente de toda a escola, dizendo que Faith devia morrer, que assim seria bom para todos, visto que só passa de um fardo para os pais e para as pessoas daquela escola.
Tentando não olhar para eles, Faith continua a caminhar até ao pavilhão de aulas.
Ao subir as escadas, Faith sente uma mão em seu braço esquerdo.
Kevin.
— Então Faith, já acreditas que aqueles dois pombinhos namoram? — diz Kevin, apontando para Harry e Morgan, que se encontravam de mãos dadas.
— Deixa-me em paz Kevin. — diz Faith.
— Nota-se mesmo que gostas dele. — diz Kevin.
— Não eu não gosto, somos só amigos. — diz Faith.
— Amigos? Não vos tenho visto juntos boneca. — continua Kevin.
— Tivemos uma pequena discussão, mas tu não precisas de saber de nada.— diz Faith.
— Ok, tudo bem, vou deixar-te em paz antes que me atires das escadas. — ri Kevin.
— Pois é melhor. — diz Faith.
Kevin era o melhor exemplo de que pessoas conseguem mudar, ele tornou-se numa pessoa melhor desde que sua mãe morreu, talvez percebeu que a vida é demasiado curta para fazer mal às pessoas.
Ele também era um dos bullys de Faith, como Morgan, mas, ele simplesmente parou de o ser, passando a ser amigo de tudo e de todos.
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Quando o sinal finalmente toca, os alunos saem rapidamente das salas de aula. Levando encontrões, Faith caminha lentamente até ao pátio, e senta-se num banco.
Como não tinha tomado o pequeno almoço leva aos mãos ao bolso, e retira de lá um pacote com bolachas de água e sal que tinha colocado lá de manhã, antes de sair de casa.
Faith nota uma sombra à sua frente, levantando a cabeça, observa uns lindos olhos azuis.
— Posso ajudar? — Faith pergunta.
— Por acaso sim, sabes me dizer onde fica a sala 32?
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Oláááááááááááááá
Trago-vos finalmente (lol) o sexto capítulo desta história muito feliz (por acaso).
Espero que gostem e tenham uma ótima segunda!
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