O sangue quente em uma neve friaEra um dia de inverno como qualquer outro, flocos de neve que caía lentamente sobre o chão, cobrindo o que um dia era uma grama verde viva.
Do lado de fora das simples casas que havia em uma pequena aldeia, se via e escutava crianças brincando e rindo. A neve não impedia que as crianças se divertissem, mas muito pelo ao contrário só aumentava a diversão.– 23... 24... 25...– Estava com meu braço encostado em uma árvore, com a minha cabeça encostada nela para impedir minha visão.
– 27... 28... 29... - Dou uma pausa, então eu grito. – 30!
– Sem preparem vou pegar vocês! – Faço uma bola de neve e saio correndo para achar meus amigos.
De longe eu escutava risadas de alguns dos meus amigos. Vou até um deles que estava escondido atrás de uma carroça, cheguei por trás dele e joguei a bola de neve.
– Te peguei! – Exclamei. Meu amigo passou a mão na região em que a bola de neve foi acertada.
– Você só me achou porque dessa vez teve menos tempo que da outra vez, não me deu chances de me esconder melhor. – cruza os braços reclamando. Dou risada da desculpa dada pelo meu amigo.
– Arthur qualquer lugar que fosse se esconder seria melhor que aqui. Veja, dá para ver seus pés de longe. – Aponto para o espaço entre a carroça e o chão.
– Seria mais esperto se esconder na carroça, não acha? – pergunto rindo da sua cara envergonhada pelo seu esconderijo mal escolhido.
– Você contou muito rápido, você me veria tentando entrar na carroça. Eu só tentei dar a sorte que meus pés fossem escondidos pelas rodas. – Tenta dar um motivo pelo seu péssimo jeito de se esconder.
– Claro, claro– Falei com deboche. – Agora vai para lá, senhor eu não tive tempo para me esconder, você está me atrasando para achar os outros.
Digo fazendo outra bola de neve. Não dou tempo para escutar sua resposta, então saio correndo com a bola na mão para jogar nos meus outros amigos.
Jogo bolas de neve nos meus amigos que encontro e todos eles saem correndo rindo até onde estava o Arthur que era onde ficavam as pessoas que eram encontradas.
– Agora só falta a Anne. – digo indo na direção de algumas árvores.
– Onde será que ela está? – Escuto meus amigos tentando segurar o riso porque já sabiam onde ela estava. Olho para cima e vejo a Anne encolhida em um dos galhos da árvore.
– Duvido você me acertar daí! – Grita lá de cima me desafiando.
– Então é melhor se segurar porque vou te acertar. – Vou um pouco para trás, com um movimento rápido faço meu braço ir para trás para dar um impulso para bola de neve e jogo logo em seguida, assim acertando em seu rosto.
Ela faz uma careta pelo impacto da bola de neve atingida em seu rosto, eu dou risada.
– Ganhei! – Comemoro.
– Agora desce daí! – Falo alto para que ela pudesse me escutar lá de cima. Enquanto ela descia, nossos amigos vinham correndo rindo em nossa direção.
– Agnes sempre ganha. – Diz a Amice. Ela era uma das mais novas do nosso pequeno grupo, ela tem 8 anos.
– Ela rouba, tenho certeza. – Me acusa. O Arthur cruza os braços, vira a cabeça para o lado fazendo um barulho de desaprovação, antes que eu possa retrucar, alguém me interrompe.
– Arthur para de ser um mal perdedor, toda vez que você se esconde é um lugar muito óbvio. – Fred diz rindo da cara de Arthur, dou risada também. O menino de braços cruzados não responde, continua com cara emburrada.
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The Red Snow
WerewolfEssa história é narrada por Agnes, uma garota que vivia em uma aldeia chamada Luvritis. Uma aldeia pacífica e escondida do Reino Solis, longe de pessoas que podem fazer mal, longe de pessoas com maus olhares, mas mesmo sendo escondida não poderia es...