CAPÍTULO 2

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    A última aula termina, me levanto guardo meu material, me despeço rapidamente de Branda e Tom e saio da sala. Quando estou chegando no portão da escola, sinto uma mão segurando o meu braço, me viro automaticamente e vejo o rosto de Yuri. Ele está suado, vermelho e ofegante, com certeza veio correndo.
– Oi. – Falo com pressa.
– Você. Não. Me. Disse. Onde. Mora. – Ele fala ofegante.
– Nossa é mesmo, desculpa, eu estava muito aéreo hoje. Mas eu moro bem ali na esquina da outra quadra.
– Então somos vizinhos! Eu moro na lateral da quadra. Podemos ir embora juntos. – Ele diz animado.
– Tá bom. – Repondo e já saio andando.
Vamos caminhando em silêncio. Pego meus fones e coloco nos ouvidos, como de costumo. Odeio caminhar sem ouvir música. Agora estou no meu próprio mundo. A presença dele ao meu lado se torna insignificante. Sinto um cutucão no meu braço, rapidamente tiro um dos fones e olho para Yuri com uma cara de poucos amigos.
– O que está ouvindo? – Ele pergunta.
– Lana Del Rey.
– Posso ouvir com você? Eu curto as músicas dela.
Entrego um dos meus Airpods pra ele e continuamos andando ao som de  “Happiness Is a Butterfly”. Não consigo evitar de olhar Yuri, seu rosto tão lindo com a luz do sol batendo nele. Não consigo parar de desejar ele nem por um minuto mesmo as vezes recusando esse sentimento. Estou tão disperso e entregue a esse momento que quase passo da minha casa.
– É aqui. – Digo olhando pra ele. – Não esqueça do trabalho as três horas.
– Tudo bem, não vou esquecer. Aqui seu fone, gosto muito dessa música.
Ele se despede de mim me dando um abraço meio longo, posso sentir o cheiro do seu perfume misturado com suor em seu pescoço. Isso só faz com que eu fique mais confuso em relação a ele. Entro em casa e o almoço já está pronto. Sento, almoço e jogo conversa fora com os meus pais. Assim que termino de comer, vou correndo tomar banho.
Coloco uma música para tocar e entro em baixo do chuveiro. Começo a pensar em Yuri, minha imaginação percorre por seu corpo, imagino ele nu ali comigo, toda essa situação me deixa tão excitado, sinto meu pau pulsando, passo minha mão lentamente sobre meu corpo, toco minha barriga sem parar de pensar um segundo em Yuri, minha mão vai de encontro ao meu pau, está duro feito uma roja, começo a me tocar, sem parar, lembrando do meu abraço com Yuri, o encontro nos nossos corpos, seu cheiro e gozo gemendo bem baixinho o seu nome, melo minhas coxas e um pouco do meu pé, quando a última gota de gozo cai sobre o box do banheiro é como se eu despertasse de um sonho perfeito, no qual eu não queria sair, queria continuar ali imaginando Yuri e cada centímetr do seu corpo. Saio do banheiro, entro no meu quarto e visto apenas um short, nunca gostei muito de cueca, só uso mesmo para sair, ouço a campainha tocar, merda será que já é ele?, penso em voz alta. Pego meu celular e ainda é 14:42. Corro e vou abrir a porta, apenas de short.
– Oi Felipe. – Ele fala assim que me vê. – Desculpa ter chegado tão cedo, é que eu não estava fazendo nada e achei que seria bom chegar mais cedo pra gente ter mais tempo pro trabalho.
– Não, tá tudo bem, entra, pode ficar à vontade.
Levo Yuri até a sala e vou correndo para o meu quarto. Ele está usando uma camiseta regata azul e uma bermuda jeans, mais lindo do que nunca, seu cheiro incrivelmente delicioso. Coloco uma camiseta branca simples um pouco amassada e continuo com o mesmo short tactel cinza, passo o meu perfume de sempre. Assim que saio do meu quarto lá está ele, sentado no sofá da sala, como pode ser tão lindo sem nem fazer esforço?
– Pronto, agora estou mais apresentável. – Falo dando um riso bobo. – Vamos para o meu quarto, lá é melhor.
Yuri se levanta e vem logo atrás de mim. Entramos no meu quarto, ele se senta na cama e eu me sento na cadeira virado de frente pra ele.
– Seu quarto é muito legal. – Yuri comenta.
– Obrigado. Vamos começar a fazer o trabalho?
– Bora. – Ele olha pra mim – Felipe, você me acha bonito?
– Sim. – Respondo sem rodeios. – Por que?
– Nada não. Me pegaria?
– Pra ser sincero sim, eu te pegaria. Porque essas perguntas agora? – Dou uma risada sem graça.
– Nada, é que despertou curiosidade, só isso. É virgem?
– Sou sim e também sou bv. Eu não sei onde Yuri queria chegar com aquelas perguntas e aquele assunto, mas não hesitei e retruquei a pergunta – E você?
– Eu também, os dois. – Ele fala e olha pra baixo. – Como você sabe que gosta de meninos se nunca beijou um?
– Ah, sabendo. – Respondo. – Meu pau sempre deu sinal de vida quando eu via um menino pelado, foi aí que eu tive a certeza do que gostava.
– Posso te beijar? – Ele fala olhando bem nos meus olhos.
– Pode. – Digo com a voz meio tremula e sinto meu rosto corar.
Yuri pega na minha mão e me puxa até ele, eu sento ao seu lado e ficamos de mãos dadas olhando um no olho do outro. Estou tão nervoso, meu coração parece que vai sair pela boca. Ele se aproxima de mim e me beija. Um beijo doce, delicado e molhado. É impossível eu comparar com outros porque esse é meu primeiro. Ele me puxa para mais perto do seu corpo, eu logo sento em seu colo completamente entregue ao momento. Meu pau começa a dar os primeiros sinais de vida e sinto o dele quase explodindo dentro da bermuda.
– Yuri. – Digo olhando em seus olhos interrompendo esse nosso momento. – Você tem certeza disso?
– Tenho. Absoluta certeza. – Ele faz um carinho delicado em meu rosto.

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⏰ Última atualização: Apr 13, 2022 ⏰

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