Segundo

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Acordou com seu irmão arrombando a porta. Levantou de supetão e encontrou a peste rindo da sua cara enquanto chutava o que antes era uma linda porta da madeira escura. Sasuke bufou, irritado. Milhares de tomates haviam sido negados para comprar aquela maldita porta!

— Isso foi caro! — berrou Sasuke. Não que ele se importasse muito com o custo, claro, mas ela valia menos do que seus amados tomates. — Está ficando doido? Seu pirado!

— A culpa não é minha se você tem sono de urso. — riu. — Se levanta. Daqui a trinta minutos você tem que se encontrar com a sua nova equipe.

— Saco! — reclamou. — Agora saí do meu quarto, seu vândalo!

— Fresco do caralho… — resmungou.

— Itachi! — gritou sua mãe da cozinha. — Não diga essas palavras feias para o seu irmão!

Sasuke riu. Mikoto tinha uma audição que dava até medo.

— Se ferrou, seu otário!

— Sasuke! Xingar é feio! Peça desculpas para o seu irmão! Itachi, você também!

— Eu não me desculpo e você também não. — sussurrou Itachi. — Feito?

— De acordo. — empurrou-o. — Agora vaza!

Itachi saiu do quarto para evitar mais problemas. Mikoto não precisava saber que eles não haviam se desculpado, até porque ela já sabia. Seus filhos eram tão orgulhosos quanto o pai.

Falando nele, quando foi a última vez que Mikoto viu Fugaku? O trabalho como Hokage estava o separando de sua família.

Sasuke se levantou e foi ao banheiro, tomando um banho rápido. Vestiu uma calça preta, regata branca e um casaco azul escuro. Colocou o cordão Uchiha, pendurou uma bolsinha com armas ninja na cintura e saiu do quarto, caminhando até a cozinha.

— Ohayou, Sasuke. — disse Mikoto, o dando um saquinho. — Pegue, coma no caminho ou irá se atrasar.

— Tudo bem, até mais tarde, okaa-san. — Olhou para Itachi, que comia ovos fritos. — Baka no nii-san.

— Igualmente, baka no otouto.

Mikoto revirou os olhos. Seus filhos nunca mudariam.

Sasuke saiu do Distrito Uchiha. No caminho, foi comendo o sanduíche natural feito por Mikoto. Ainda era cedo, umas cinco e quarenta da manhã. Mataria o tal Kakashi se ele se atrasasse.

Definitivamente odiava acordar cedo.

Passou na casa de Izumi e jogou o saco na lixeira dela. Pegou as flores do jardim e tentou sair sem fazer barulho, mas foi pego no flagra.

— Sasukito! — cantarolou. — O que está fazendo?

— Cortando as unhas. — sorriu, irônico. — Estou te roubando, sua burra.

Izumi fechou a cara. Ela tinha cabelos e olhos negros — como todo Uchiha. Era até bonita, se não fosse mais falsa do que anel de plástico de cinquenta ienes.

— Sua peste. Eu te encheria de socos…

— Se meu querido nii-san não fosse seu namorado. — zombou. — Me bate se puder, vadia.

— Eh?

Sasuke saiu correndo, levando as flores consigo. Izumi bateu o pé no chão, irritada, e voltou para dentro de casa. Itachi era uma maravilha, o garoto mais incrível que já viu, mas o irmão dele era uma peste. Teria que tirá-lo do seu caminho.

Enquanto isso, Sasuke andava calmamente pelas ruas quase vazias de Konoha. Apenas os alunos da Academia estavam de pé para o encontro com seus novos mestres. Ele aproveitou isso como desculpa para fazer sua rotineira entrega de flores. Como sempre, todas estavam aos seus pés.

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