Terceiro

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Eu fico relendo e corrigindo algumas coisas antes de repostar os capítulos e nesse meio tempo eu fico pensando, por que caralhos eu escrevi isso quando tinha 15 anos? Meu deus, ainda bem que glow up existe.

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Já se passavam das cinco horas da madrugada quando Sasuke dava a última mordida em seu sanduíche natural feito de tomates e atum — ótimo café da manhã, ecologicamente correto. Itachi, ao seu lado, tagarelava algo sobre Izumi não entender sua virtude adolescente e Mikoto olhava para a foto de família.

— Itachi. — suspirou. — Ninguém se importa com a sua namorada irritante.

— Pare de falar assim da Izu-chan! — reclamou. — Apesar de que ela tem me dado nos nervos ultimamente. O que eu fiz de errado? Eu tento dar carinho, comida, flores... o que está faltando?

— Talvez um pouco de vergonha nessa sua cara. — revirou os olhos. — Eu já te disse que vi Izumi saindo com outro na semana passada?

— Já disse e eu não acredito. — Cruzou os braços. — Izumi nunca me trairia.

Sasuke revirou os olhos. Ninguém imaginaria que seu irmão mais velho, o prodígio Uchiha, era corno manso. Às vezes, dava vontade de esfregar na cara daquele paspalho que ele tinha mais de dez chifres naquela cabeça-oca, mas o que podia fazer? Sasuke tinha pena dele.

Olhou então para sua mãe. Ela estava tão distante nos últimos dias que chegava a doer. Sasuke e Itachi sabiam que ela estava sentindo falta de Fugaku. O trabalho como Hokage estava tirando do patriarca os poucos momentos que tinha ao lado da família e aquilo estava corroendo sua relação familiar lentamente.

Ele nem se lembrava da última vez que falou com o pai sobre algo que não fosse o Exame Chunnin que, por coincidência, seria hoje. Fugaku havia o chamado em seu escritório ontem, dizendo que não admitiria falhas. Sasuke era seu filho, um Uchiha, e como tal deveria honrar o símbolo do clã que carregava em suas costas.

Sasuke apenas aceitou tudo calado. Costumava ser um fresco barraqueiro com os outros, mas perto de Fugaku ele não passava de um simples peão em uma partida interminável de xadrez.

— Terminei. — disse, se levantando. Aquele silêncio estava o matando. — Até mais tarde, okaa-san, nii-san.

— Vai dar tudo certo. — disse Mikoto pela primeira vez naquela manhã. — Confio em você, meu filho.

— Arrasa, gaki! — disse Itachi, de boca cheia.

— Olhe os modos na mesa!

Sasuke saiu de casa. Estremeceu. Estava frio e solitário lá fora. Deveriam ser nem cinco e vinte da madrugada e ele já estava acordado. E tinha acordado por conta própria dessa vez!

Talvez toda aquela tensão estivesse acabando com sua sanidade.

Passou na casa de Izumi — afinal, aquilo era um mantra sagrado — e roubou suas flores. Inclusive, cuspiu em sua porta. Aquela traíra nem estava em casa, de certeza que estava traindo seu irmão burro. Era quarta-feira, o único dia da semana em que Izumi não ia a casa de Itachi e que muito menos dormia na própria casa.

Nem um pouco suspeito, claro.

Naquele horário, apenas seus colegas de Academia estavam acordados. Hoje seria a primeira fase do Exame Chunnin, o teste escrito. Sasuke claramente tiraria aquela prova de letra — precisava fazer isso.

Distribuiu as flores para suas fãs como fazia todos os dias. Elas bem que poderiam se distrair com seu e amor e carinho, não? Era estratégia!

Chegou na Academia. O clima era tenso. Alunos andavam de um lado para outro com suas anotações e professores desfilavam as enormes pilhas de prova.

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⏰ Última atualização: Apr 14, 2022 ⏰

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