uma Potter educada em Beauxbatons se vê obrigada a mudar de escola depois de ser atacada por um lobisomem, só não esperava que iria preferir ter ficado lá após descobrir os caminhos traçados por seu coração.
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na cabeça de Estela, se ela sumisse, seus amigos poderiam voltar pra casa, pras suas famílias, seus pais.
mas não podia ir embora, então ela se afastou, passou pouco mais de duas semanas evitando todos.
fingia dormir durante todo o tempo livre, e não conversava durante as aulas.
era muito difícil, não falar com Draco, Pansy, Mattheo ou Blaise, ainda mais quando eles estavam preocupados e tentavam a fazer falar.
Fred se aproximava sempre que podia, a oferecia um doce, um abraço, um beijo. Estela não havia aceitado nenhum, mas o deixava falar pra matar a saudade da voz dele.
algo que a acalmou foi a maldita droga que Mattheo ainda tinha. e ele a entregava sem questionar quando ela pedia.
era a única coisa que a fazia dormir bem, desde que não estava mais dormindo com Draco.
ela e Harry acabaram se afastando um pouco também, nenhum dos dois estava com cabeça pra tentar. pra entender a dor do outro.
então Harry se apoiou nos amigos e Estela se afastou de todos.
seria mais fácil, ela achou.
com o passar dos dias a droga virou parte da rotina. todo dia de manhã, ao menos pra ser simpática com o padrinho e ele não achar que havia algo errado.
ela e Harry receberam uma carta de Sirius, dizendo que estava tudo bem e ainda não havia tido notícias de seus pais.
e enquanto estava sentada na mesa da Sonserina no salão principal, jogando a comida de um lado pro outro no prato, ela sentiu um tapinha nas costas, uma Corvina.
'ei Potter!' - a garota sorriu, tinha os cabelos compridos e castanhos, olhos bem escuros e a pele bronzeada.
'sim?'
'então, já que você e o Fred terminaram, você podia arranjar ele pra mim, né?'
Pansy soltou o garfo e olhou a amiga.
Estela riu baixo e pegou a própria bolsa.
'qual é Potter, ele não vai mais te comer, oque que custa em?'
Draco apoiou o rosto em uma mão e Estela virou para a garota.
'como é?' - ela sentiu a alfinetada no coração, várias garotas riam agora, amigas da Corvina.
'você ainda tem esperança é? mesmo depois de trair ele?'
'quem foi que te disse isso?'
'Angelina.'
'Angelina.' - ela repetiu e levantou, soltando a bolsa, Pansy tentou a segurar quando ela começou a ir em direção à mesa da Grifinória, mas Estela foi mais rápida.
não demorou dois minutos pra atravessar o salão e pegou a varinha quando chegou perto o suficiente.
'você adora falar merda, não é Johnson?' - Estela perguntou e Angelina a olhou, um sorriso surgindo no rosto.
