26. I know i'm going to die.

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Estela demorou uma eternidade no banho, era uma de suas coisas favoritas, no fim

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Estela demorou uma eternidade no banho, era uma de suas coisas favoritas, no fim.

ela vestiu o uniforme e se arrumou ali mesmo, usando o espelho do banheiro.

Draco a levou pro grande salão, e os dois se sentaram juntos, Fred perto deles.

ela ficou sentada entre os dois, ganhou comida na boca e vários carinhos.

não era ruim. ela podia se acostumar.

Mattheo não apareceu pro café.

mas Estela não teve oportunidade de pensar nele por que estava ocupada entre dividir atenção entre Fred e Draco, Pansy e Blaise, que estavam tristes com as cartas dos pais, e comer a própria comida.

Mattheo, sozinho na comunal, ficou observando o fogo.

desde que Draco saiu, ele mal se moveu.

não conseguia deixar de lado o fato de que a carta não queimou. estava lá, no fogo, inteira, como se o chamasse.

ele se ajoelhou em frente ao fogo, enfiou a mão e agarrou a carta, sentiu arder e puxou a mão.

estava vermelha, não devia ser nada demais.

ele sentou no tapete e abriu o envelope.

tinha mais de uma carta lá dentro.

ele puxou uma, a mão estava tremendo.

Lúcio.

abriu e começou a ler.

"Draco, meu filho.. você não deve voltar pra casa por nada, entendeu? estou orgulhoso por sua coragem. por favor fique em segurança. Diga ao Mattheo que também se cuide e que fique longe daqui."

ele deixou a carta no tapete. Lúcio havia o ensinado a montar uma vassoura.

não se deu conta que estava chorando quando abriu a segunda carta.

Narcissa.

"Oi meus meninos.. eu estou tão preocupada com vocês dois.. Snape e Lupin me garantiram que estão bem.. estamos bem. não se preocupem. vou dar um jeito de enviar dinheiro..
Draco, mamãe está feliz por você e Estela, ela é uma boas menina.. cuide dela.
Mattheo, espero que esteja bem querido.. devo muito a você por ter alertado Draco, estou com saudades, cuide dos seus cachinhos, sabe que os adoro.
Por favor se cuidem. não venham pra casa, amo vocês.
                                                              

    - com amor, mamãe.

ps: agradeçam à Estela por acolher vocês."

Mattheo fungou.

ele puxou a última carta, era endereçada a si, e ele reconheceu a letra da mãe.

"sabe que não sou boa com palavras, da mesma maneira que nunca fui muito boa mãe. Eu nunca quis um filho, Mattheo. nem eu nem seu pai.. quando você nasceu, me lembro que você gritava muito. e só parava no meu colo. durante a sua primeira noite de vida, eu me sentei nas escadas, por que você acordou seu pai.
te segurei e você abriu os olhos, bebês com horas de vida não abrem os olhos. mas você abriu, e me olhou com aqueles olhões que mais pareciam amoras. foi a primeira vez que meu coração acelerou. e eu soube que o amava. eu nunca te disse, e o ignorei todas as vezes que disse pra mim, mas eu o amo, Mattheo.
você é meu filho. meu sangue. e eu sinto muito por ser uma péssima mãe pra você.
se eu pudesse mudaria tudo. não volte jamais, eu não sei se consigo enterrar seu corpo."

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