Tinha que trocar?

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       De todos as sensações que seus ômegas passavam a de incerteza era a pior delas, além do sentimento vir dos dois ômegas, ela vinha varrendo tudo com força bruta.

       Ele tinha escolhido ficar em casa por causa da filha e deixar o Byun sozinho naquele momento não era uma legal, então fez o mais prático, Jongin era mais experiente e saberia como resolver as coisas rápido se algo desse errado.

– Ele teria ficado em casa se fosse ao contrário? – Baekhyun questionou.

– Não quero responder – disse vendo o carro se afastar. – Não gosto desse tipo de pergunta. Vamos entrar – disse.

– É sério, Chanyeol – Baekhyun disse baixo atrás de si.

– Eu também estou falando sério, Baekhyun – disse com raiva. – Me diga você oque acha que ele faria?

– Diria para irmos trabalhar – falou triste.

– Exatamente – concordou amargo. – Jongin já vai nos ligar, vamos dormir, acordar, deixar a Seol na creche e seguir pro trabalho – ditou firme.

– Por que tá descontando sua raiva em mim?

       Chanyeol parou de andar e fechou os olhos contando até dez e se virou pro ômega vendo-o já lacrimejar. Andou até o mais novo pondo ambas as mãos nos braços do menor e encostando suas testas.

– Me desculpe...

       O casal subiu pro quarto principal, acolheu Baekhyun em seus braços e adormeceu fazendo carícia no mesmo.

       Acordou com o celular tocando, era Jongin, o mais novo contou como foi o parto do marido e mandou uma foto da Eunjin e HaSeul dormindo já no berçário. As duas eram fofinhas e Eunjin lembrava vagamente o Do por conta das bochechas.

       Como faltava poucos minutos pro celular tocar indicando que deveria ir pra faculdade, o alfa desativou o alarme e levantou da cama indo pro banheiro.

       O dia se encerrou fazendo com que quase soltasse um berro de aleluia e, quando chegou na cafeteria dos maridos, viu Seol sentada na bancada com Baekhyun de frente para si e com o celular em uma das mãos. O lugar estava mal iluminado e somente eles estavam ali, devido o horário, óbvio que o lugar estaria fechado.

– Ele está sensível, você sabe, não deve levar pro pessoal – falou na tentativa de acalmar o menor. – Vamos pra casa.

       Baekhyun concordou com a cabeça, Chanyeol olhou pra filha e sorriu.

– Como foi seu dia meu amor? – Seol deu tchau com a mão. – Foi ruim assim? – A menina continuou e sorriu.


       Chanyeol chegou em casa com sacolas de comida pronta e a mochila pendurada nos ombros, abriu a porta sem dificuldade, retirou os sapatos deixando-os na entrada e rumou pra cozinha deixando lá os mantimentos. Seguiu pro andar superior e entrou no quarto principal vendo Kyungsoo dormindo na cama. Seguiu pro banheiro onde tomou banho e saiu só de toalha indo até o outro lado do corredor entrando no closet, saiu minutos depois, vestido, porém com os fios bagunçados e voltou pro quarto indo acordar o ômega.

       Ele sentou na beirada, com o corpo virado pro menor e tocou em seu braço. Kyungsoo instantaneamente abriu as orbes que foram direto pro monitor da babá eletrônica vendo a filha ainda dormir e somente depois o menor olhou para si.

– Oi? – disse incerto. – Eu pensei muito se deveria ou não te acordar... – viu Kyungsoo piscar repetidas vezes sem expressão, engoliu em seco. – Eu trouxe comida, tá com fome? – Kyungsoo concordou e se sentou. – Eu trago aqui pra cima?

– Eu vou descer – Kyungsoo disse baixo.

       Chanyeol ficou de pé e ajudou o ômega a se levantar.

       Eles comeram em silêncio, Kyungsoo não parecia muito afim de conversar e ele não queria deixar o Do com raiva com uma conversa aleatória, ele terminou de comer e esperou que o Do fizesse o mesmo, tendo o silêncio interrompido por um choro fraco vindo do aparelho eletrônico.

– Eu a pego – Chanyeol disse ficando de pé e saindo do cômodo.

       Chegou rápido no quarto da filha e a tirou do berço, a ômega se calou franzino o nariz e se e se mexeu incômoda.

– Sou o appa Yeol – Chanyeol disse vendo a feição ainda chorosa da bebê.

       Desceu com ela nos braços e foi até a cozinha, Kyungsoo já havia terminado de comer, o mais velho veio até si tirando a ômega dos seus braços e se sentou com a mesma em um dos bancos levantando a camisa e a dando de mamar. Viu Kyungsoo fazer careta e deu um passo na direção do menor.

– Você tá bem? – perguntou assustado.

– A enfermeira disse que iria doer nas primeiras vezes – disse sôfrego. – Você não a trocou, né?

       Chanyeol farejou o ar e se atentou no leve odor sorrindo amarelo em seguida.

– Tinha que trocar?

– Tinha, mas não tem problema – O Do deu de ombros.

       Quando Eunjin largou o bico, Kyungsoo baixou a blusa e se levantou.

– Vamos trocar a fraldinha né bebê? – Disse com leve animação e saiu da cozinha. – Anda Yeol.

        O Park seguiu o marido até o quarto da mesma e assistiu a todo o processo da troca de frauda, coisa que nunca tinha feito com Seol, e ao final Kyungsoo a pôs em seus braços falando que ia tomar um banho.

       Jongin e Baekhyun tinham chegado ao mesmo tempo, Kyungsoo se ofereceu para dar banho na Seol, alegando que estava com saudades da alfa e assim os dois recém chegados poderiam fazer as coisas com mais calma e tranquilidade.

       Chanyeol estava sentado no sofá da sala com HaSeul dormindo em seus braços falando quando Kyungsoo desceu com Seol que segurava um urso na outra mão e logo atrás Baekhyun e Jongin.

– Como vamos fazer isso? – Jongin quem questionou após sentar-se no sofá e Seol ir em sua direção. Jongin pegou a menina nos braços e a pôs sentada entre suas pernas e o urso.

– Não é muito difícil, – Kyungsoo falou olhando para Seol – Chanyeol é quem chega mais cedo e minha mãe já se ofereceu para ficar conosco – o Do informou.

– Não seria chato pra ela? – Perguntou.

– Não – Kyungsoo negou também com a cabeça.

– Tem certeza Soo? Ela meio que já nos ajuda muito – Baekhyun disse.

       O ômega murmurou algo inaudível.

– Tenho certeza, vocês têm suas coisas pra fazer e eu me sentiria mal de ver que pararam de fazer isso só pra ficar em casa garantindo que eu sei como ficar vivo.

       Chanyeol se encostou no sofá mais largado. Ouviu Seolhyun bocejar e Jongin se levantou do sofá saindo da sala. Kyungsoo que até então estava em pé se sentou ao seu lado e encostou a cabeça em seu ombro, Baekhyun fez o mesmo logo depois. Ele passou a fazer carinho nas costas da filha e cessou quando a campainha soou. Baekhyun se levantou falando que ia atender, Chanyeol e Kyungsoo se ajeitaram no sofá e logo o Byun voltou com mais companhia.

– Oii Soo – Jeon disse acenando.

       Kyungsoo se levantou e foi até os amigos os abraçando. Baekhyun moveu a cabeça e Chanyeol se levantou, juntos eles deixaram a sala e subiram.

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