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📍 Londres
point of view
S/n Wolfhard



estava só eu e Finn em casa, cada um em seu canto, ouço passos vindo em direção ao meu quarto, deduzo que era ele. Mas assim que sinto aquele cheiro forte, congelo.

- Louis?- pergunto, me levantando da cama rapidamente

- ei- escuto sua voz rouca através da porta


-o...o que você tá fazendo aqui?- mesmo sem conseguir ver seu rosto, posso sentir meu coração acelerar

- eu vim conversar- ouço o som de seu corpo deslizando pela porta, e eu me encosto nela, só querendo tocá-lo- não precisa abrir a porta, e nem falar nada, só...- suspira- só me escuta

fico em silêncio, esperando algo sair de sua boca. Meu coração batia fortemente, e uma pequena lágrima desliza sob meu rosto. Ao mesmo tempo que queria abrir aquela porta e o enforcar eu queria beijar aquele desgraçado. Caralho

- s/n... eu... Porra- o garoto solta uma pequena risadinha- eu sou tão merda- sua respiração pesada se faz presente- eu não vou pedir mais desculpas, porque sei que não vai adiantar de nada. Eu só vim falar que... - a pausa entre suas falas me causava angústia- eu não quero que pense que sou um coitadinho, sim, realmente errei em se quer começar aquela merda de aposta, mas. Porra... Se eu soubesse, se eu soubesse que eu iria me apaixonar tanto por ti, que você iria causar um impacto na minha vida, eu jamais pensaria em começar aquilo- dispara- eu jamais pensaria em te magoar mais uma vez.

- Lou...

- escuta...- ele me interrompe- esse tempo todo eu me mostrei ser forte, mas tudo o que sou é um fraco, a porra de um fraco. Mas s/n... Você, você foi a única que conseguiu despertar meu lado bom, que eu nem sabia que existia.- fala- caralho, isso tá tão brega- ri, mas posso ouvir seu choro- você me fez tão bem, e... E durante todos esses dias eu me perguntei se eu também te fiz bem. Mas não, eu só te machuquei, eu machuquei a pessoa que me perdoou mesmo por baixo daquele ódio todo, que me acolheu nos meus piores momentos- sua voz saia trêmula e com dificuldade. O garoto estava chorando tanto quanto naquele dia em que brigou com o pai, e isso me assustava, porque Louis nunca se mostrou tão vulnerável na minha frente

- Partridge- eu tentava controlar as lágrimas que saiam descontroladamentes- você precisa ir- não, eu não queria que ele fosse, porque por mais que doa, eu ainda o quero comigo

- por tanto tempo... Por tanto tempo, eu fingi te odiar, só pra esconder... O que sentia por você. Mas não, eu nunca te odiei, S/n- arfa- e agora eu tive a certeza, porque...- ele para, e eu me encosto mais na porta, esperando o que ia ouvir, ansiosamente- eu te amo, S/n Wolfhard

e naquele momento, eu só ouvia meus batimentos cardíacos acelerados, pois tudo em minha volta parou

- QUE PORRA VOCÊ TA FAZENDO AQUI?- meu irmão grita no corredor, me fazendo sair do êxtase

- Finn, calma- Partridge tentava se explicar

- eu falei pra você não pisar mais nessa casa- o cacheado ainda gritava, e agora eu abro a porta encontrando com os olhos de Louis que estava aparentemente muito mal- vem- ele pega o braço de Partridge, o puxando até o andar de baixo

eu não conseguia pronunciar uma se quer palavra, nem agir. Porquê aquela pequena frase que eu acabará de ouvir, tinha sido muito impactante pra minha pessoa.

you're mine?- Louis PartridgeOnde histórias criam vida. Descubra agora