Te Vejo Na Nossa Próxima Vida (Mitake - TakeMi)

Capítulo Único

Mikey estava sozinho no grande e luxuoso quarto de um hotel cinco estrelas, olhos vazios de falcão olhando para a cidade movimentada, em sua mão ainda segurava uma fotografia aparentemente antiga de um menino.
— Eu sinto sua falta, Takemitchy — Ele se lembrou do homem chamado Hanagaki Takemichi.

Mikey levou o cigarro meio queimado à boca, deu uma longa tragada e soltou uma fumaça branca e turva. O sabor da droga é amargo, picante e forte, então não há nada de agradável, mas fumar é a única maneira de deixar seu humor confortável ao pensar em seu amante. Doze anos é muito tempo, o próprio Mikey "invencível" percebeu que ele mudou. O corpo é magro e irregular, a pele é pálida e sem vida, as pupilas dos olhos estão vazias e frias, as olheiras em ambos os olhos são cada vez mais óbvias. Ele passou de um adolescente sorridente a um criminoso notório que matava pessoas sem medo.

Isso mesmo, Sano Manjiro mudou. Mas ele nunca me tocou. Mesmo que ele agora seja um demônio e uma preocupação por toda Tóquio, ele jurou a si mesmo que nunca machucaria Takemichi. Ele pode perder sua humanidade, mas seu amor absoluto por Takemichi nunca desaparecerá nem em dez anos ou mesmo em cem anos. Este Sano Manjiro uma vez fez tal juramento.

Mikey estava sentado na cama vazia, olhos cheios de amor olhando para sua foto, sua boca inconscientemente curvada em um leve sorriso. Takemichi é tão bonito quanto o sol da manhã. Há sempre um encanto invisível nele que só Sano Manjiro pode sentir. Ele tem cabelos loiros como o sol matinal, olhos azuis brilhantes cheios de esperança e um sorriso mais brilhante que o sol. Mas, infelizmente, seu coração é de uma garota. Mikey estava com muita dor, mas ele não podia fazer nada sobre isso, então ele teve que esconder esse amor não correspondido em um canto de seu coração. Mikey sabe que é um demônio, por isso se obrigou a me deixar assim. Ele não quer que um anjo como Takemichi seja manchado por um demônio disfarçado como ele. Ele estava sentado sozinho na sala fria, seus olhos ainda não mostrando nenhuma vontade de largar a foto. De repente, houve uma batida na porta.
— Chefe! Posso entrar? — O guarda falou respeitosamente lá de fora. Mikey rapidamente retirou seus próprios sentimentos e imediatamente voltou à expressão fria de um líder.

— Entre! — Ao seu comando, o guarda abriu cuidadosamente a porta e entrou. Ele era um guarda-costas alto com um rosto bonito. Cabelo rosa-claro que cai sobre os ombros, lindos olhos azuis, mas por trás dessa beleza, um assassino maldoso, os cantos de sua boca também são marcados com duas longas cicatrizes que parecem muito estranhas. Ele foi até onde estava Manjiro sentado, endireitou as costas e respeitosamente anunciou a situação da quadrilha.
— Chefe, acabamos de descobrir um sujeito estranho à espreita na antiga pista de boliche — Ele ficou quieto porque não se importava. Sujeitos estranhos não eram nada para ele, ele poderia lidar até mesmo com a polícia, alguns canalhas estavam rondando as velhas bases, ele os ignorou.
— Qual é o nome desse cara? Parece que o nome dele era... Takemichi... Eu não me lembro direito — Mikey parou involuntariamente, seu corpo queimando com desconforto. Ele virou a cabeça, virou os olhos vazios para o outro homem, sua boca se moveu para perguntar.
— O que você disse? — Quando o Sanzu o viu de repente exalando uma aura assassina, ele de repente começou a suar frio e gaguejou uma resposta.
— E-eu disse que há um estranho rondando a velha pista de boliche, mas não lembro o nome dele — Mikey não respondeu em silêncio, levantou-se e caminhou até a janela ventosa, mãos despreocupadas nos bolsos.
— Prepara o carro, eu vou lá
— Sim! — Sanzu curvou-se para ele, silenciosamente virou-se para a porta e desapareceu. Mikey ficou imóvel na janela, sentindo-se emaranhado em seu coração, os olhos frios continuavam olhando para a cidade movimentada.
— Eu disse para você não me procurar mais, por que você é tão teimoso Takemitchy?

O cara ali não parava de se culpar, mas seu coração floresceu. Aquele maldito ego insistia para ele matar aquele rato, mas seu coração não queria. Ou melhor, nunca o quis. Dois pensamentos de luta feroz em sua cabeça o deixaram irritado, mas então ele os colocou de lado, calmamente vestiu seu casaco e desceu as escadas. Abaixo estava um carro luxuoso e brilhante, ao lado dele estavam vários guarda-costas de alto escalão. Mikey entrou friamente no carro e depois de um tempo o carro deu partida e saiu.