Péssimas Ideias

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Magnus desceu do avião e suspirou, tinha chego mais rápido do que imaginava e não havia dormido nada durante a noite. Ele enviou uma mensagem para Alexander avisando que em pouco tempo estaria lá e saiu do aeroporto.

O caminho até Alec foi tranquilo, como era cedo o mundo não tinha se tornado um caos e o trânsito estava calmo. A casa de Isabelle não era muito longe da sua própria e quando ele chegou na rua dela, notou na escada que levaria a porta uma figura sentada nos degraus com a cabeça abaixada. Seu coração ameaçou se partir quando viu Alexander ali, parecendo muito mais triste do que antes, abraçado a sua mochila.

Magnus estacionou o carro e desceu. O barulho atraiu a atenção do marido e ele sorriu para ele, não foram muitos dias longe um do outro mas tanta coisa já tinha acontecido que pareciam anos. O empresário o alcançou e sentou ao seu lado.

-Você está bem? - Ele perguntou, passando uma mão pela cintura de Alec e o puxando para si. 

-Eu não sei, parece que tudo o que eu faço sempre dá errado. - O piloto sussurrou e Magnus deu um beijo em sua bochecha, acariciando a pele lisa por baixo da camiseta. Estava se sentindo um adolescente outra vez, enfrentando uma crise que parecia difícil demais. - Como foi com Adrian? Você parece cansado. 

-Eu estou muito mais do que gostaria. - Magnus admitiu. - Na verdade adoraria muito ir para nossa casa. 

Alec se levantou e estendeu mão, Magnus a segurou e ele foi até o carro. Não queria conversar com o marido logo cedo sobre o desastre que tinha sido com o irmão. 

-Deixa que eu dirijo. - Alec disse e Magnus até pensou em protestar mas estava exausto para isso, apenas entregou a chave e viu o marido se sentar no assento do motorista. 

Ele deu partida e foram embora, o silêncio do carro não era algo incômodo mas notável os assuntos não conversados. Magnus quis muito ignorar tudo e fingir que não tinha nada acontecendo, mas não poderia. 

E ao chegar em casa, ver Alexander quase correndo para o quarto sem dizer uma única palavra foi o incentivo que precisava para jogar o cansaço para o lado e ir atrás dele. O marido estava com a mochila na mão tirando todas as coisas que havia colocado e devolvendo ao lugar de origem delas. Magnus não estava nem um pouco inclinado a fazer o mesmo com a sua mala. 

-Alexander. - Ele chamou e viu o marido suspirar e virar para ele. - A gente precisa conversar. 

Alec assentiu. 

-Não quer tomar um banho primeiro, a gente enche a banheira e... 

-A gente não vai transar agora, se é essa sua sugestão. - Magnus respondeu, um pouco mais firme do que gostaria. 

-Não era. - Alec devolveu, um pouco encolhido e envergonhado. O empresário prendeu ar, tinha algo errado e não sabia se queria descobrir. - Você quer que eu comece ou prefere começar? 

Magnus se sentou na cama e descalçou os sapatos, assim como desabotou a camiseta e indicou o lugar ao seu lado. Alec foi até lá e se sentou de frente para ele. 

-Eu não me importo, nós dois temos coisas importantes para falar mas você não me parece bem. Parece até um pouco mais triste do que quando saiu daqui a três dias. O que aconteceu? - Ele perguntou, o mais gentil que conseguiu e viu os olhos de Alec se encherem de lágrimas. 

-Você promete que não vai brigar e nem surtar e ficar gritando? - Alec perguntou e Magnus sorriu e acenou com a cabeça afirmando. Ele viu o marido respirar fundo e começar. No primeiro momento Magnus ficou chocado, depois ele ficou um pouco incomodado por Alexander ter tão próximo a ele um cara que havia transando, mas no fim, quando ele terminou a história parecendo desesperado e arrependido Magnus só queria abraçá-lo. - E foi isso, eu mais uma vez ferrei nós dois porque era um bastardo que não conseguia controlar meu próprio pau. 

o irmão do meu noivo -Malec Onde histórias criam vida. Descubra agora