Capitulo unico-One-shot

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Kim Namjoon era um rapaz de vinte anos, seus amigos diziam que tinha uma personalidade muito calma e que via sempre o lado positivo das coisas. Um dia ele estava indo para casa quando um grupo de homens apareceu, pedindo que passasse todo o dinheiro que tinha consigo, mas Kim se recusou, e os homens acabaram por ficar chateados, diria até mesmo enfurecidos, começando a batê-lo sucessivamente.

As agressões físicas não foram nem um pouco leves, e Namjoon, cansado daquela situação, tentou revidar, mas já não tinha força alguma, acabando por desmaiar no meio da rua. Uma senhora de idade, quando o viu ali, sem qualquer tipo de reação, ligou para o número de emergência, mas a mulher tinha percebido que, provavelmente, ele estaria em risco de vida, já que com a queda, o jovem tinha se ferido na cabeça, fazendo assim uma poça de sangue no local.

Aria era uma mulher de vinte e seis anos, formada em medicina, que não era considerada bonita nos padrões coreanos, mas também não era feia, — diria-se que possuía aparência mediana — tinha muitos amigos e suas notas eram as melhores, o suficiente para os professores a recomendarem para a melhor universidade de Paris. A jovem sempre gostou do seu país, e era bastante afeiçoada à sua família, então sempre evitava esse tipo de oferta, mesmo sabendo que seria uma oportunidade única e que isso lhe traria muitos méritos na área em que atuava. Contudo, Aria não procurava fama, reconhecimento ou qualquer tipo de luxo, sempre dizia que queria se manter uma pessoa simples e sem problemas na vida.

Quando ela estava prestes a sair do hospital, um colega lhe avisou que tinha havido uma troca de turnos de emergência, ficando, assim, no turno da noite, Aria estava exausta, só queria se deitar na sua cama e descansar até o dia seguinte, porém contentou-se só com a ideia da cama na sala de repouso para funcionários.

Enquanto descansava, foi chamada para prestar socorro a um jovem rapaz que tinha se envolvido em uma briga, acabando por ficar inconsciente por demasiado tempo, naquele ritmo era impossível saber se ele iria resistir ou não, as sequelas daquele acidente seriam inimagináveis..

Aria começou a tratar de lesões externas e pediu todos os tipos de exames possíveis, mas o que a preocupava era a parte do cérebro, já que a medicina atual não era muito avançada, e ela tinha medo que ele ficasse em estado vegetativo para o resto de sua vida.

Semanas se tinham passado, Aria começava a se desesperar pelo homem que permanecia inconsciente até o presente atual. Gradualmente começava a se sentir culpada, afinal ela era médica e sua função ali era salvar vidas, seria aquela pessoa a primeira que ela não conseguiria salvar?

Aria estava deitada na cama, quando uma enfermeira foi correndo até ela para dizer que o paciente finalmente estava começando a recuperar seus sentidos. Ela saiu da sala correndo para saber da situação.

— Você acordou!

Namjoon, ainda confuso, olhou na direção da voz.

— Quem é você?

— Eu sou a médica responsável pelo seu caso, você chegou aqui ao hospital em estado grave, diria até mesmo crítico, e com risco de vida. Você sabe o número de algum familiar seu?

— Eu não tenho família, cresci dentro de um orfanato até a minha maioridade. Família? Não conheço o significado.

Aria se surpreendeu pela situação do homem, nunca tinha pensado em encontrar um paciente naquelas condições.

Namjoon tentou se levantar, mas não sentia suas pernas, acabando por se exaltar demais.

— Hey! Tenha calma! Você não está totalmente recuperado — falou Aria, tentando fazer com que o paciente voltasse a se deitar.

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