Mudanças

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-Mark, por favor me larga! — Rosnei  enquanto tentava soltar meu braço das mãos firmes de Mark Tomlinson — Me larga!

-Lauren, eu não quero você na policia! — Tentava me fazer parar mas eu não o escutava, de olhos fechados comecei a puxar meu braço — Você é só uma garotinha! Eu quero que você se forme, faça faculdade e arrume um emprego que não te coloque em perigo!

Consegui soltar-me do homem em fúrias. E senti a dor em meu braço esquerdo, passei a mão e fiz uma careta de dor expressiva.

-Eu vou ser! Você não manda em mim! Você N-Ã-O é meu pai! — Gritei de volta, sentindo alguém atrás de mim, deduzi Louis — Eu passei nos testes eu posso fazer o que bem entender!

-Eu tenho sua guarda Lauren, eu cuido de você. E você NÃO vai entrar para a policia! Isso está fora de questão garota! Você ainda está com a questão tola de se vingar dos assassinos do seu pai? — Disse, e eu senti meu coração errar algumas batidas — Isso é tolisse! Me escute. Você não irá de forma alguma mudar em nada! O caso vai ser absolvido em alguns dias, sei que é triste, mas não podemos fazer nada!

-Mais um motivo para que entre para policia! Você não vai me fazer mudar de opinião, está ouvindo, Mark? — Apontei para seu rosto — Você pode ter minha guarda, mas isso não te faz dono de minhas decisões. Eu logo vou fazer 18 anos, e se quiser saio dessa casa.

-Lauren, para o quarto. — Sr. Tomlinson passou a mão pelo rosto e apontou para as escadas — Não quero discutir, depois nós conversamos sobre isso.

-Mais do que já gritaste? Impossível! — Em passos fundos subi a escada resmungando, sendo seguida pelo Louis.

   O garoto tentava segurar meu braço por trás e eu soltava. Entrei em meu quarto e fechei a porta, evidentemente na cara do Louis.

  Me raiva era tamanha, que não conseguia ver nada, apenas os borrões dos móveis e o barulho insistente de Tomlinson batendo sem cessar, na porta.

  Eu, Lauren Michelle Jauregui Morgado, tenho total consciência do que faço, oras! Eu estou decidida e vou entrar para a academia de polícia, vou me especializar em sequestro, eu vou fazer o que quero e o que bem entender. Ninguém vai me impedir, não adianta tentar.

-

2 anos depois

   Uh, era cansativo ficar o  dia inteiro obedecendo ordens de superiores ignorantes e chatos, e logo eu que mesmo depois de certo tempo, ainda era uma simples aprendiz ou "officer" nesse caso. Não posso nem ao menos contestar. Aqui você não tem o direito de falar. Sim, eu só tenho o dever de prestar meu serviço para com a sociedade, segundo os seus superiores. Tudo bem, Lauren. Você tem uma meta, e algumas metas só são realizadas depois de um esforço tanto psicológico quanto físico, e eu tenho que superar qualquer obstáculo para chegar onde quero.

    Colocava o pedaço de pizza na boca ignorando a conversa  da família Tomlinson sobre como foi o dia. Eu estava cansadíssima eu queria apenas comer e dormir, dormir até virar pó, dormir até morrer de velhice, nossa, mas seria tão bom! Tão bom, tão bom, TÃO  bom!

-Lauren... — Louis chamou sua atenção — Que cara de entorpecida é essa?

  Lauren riu levemente.

-Estou pensando em minha cama, nas luzes apagadas e em meus olhos se fechando. — Passou o dedo indicar pelas têmporas  soltando um bocejo manhoso — Hoje foi cansativo, sabe a Mari...

-Lá vai ela reclamar da superior de novo! — Reclamou Phoebe tomando um gole do seu refrigerante. — Você, só recla...

-Phoebe Tomlison. — Repreendeu Johannah, que fez a garotinha calar a boca instantaneamente — Não seja mal educada com sua irmã.

The KidnappingOnde histórias criam vida. Descubra agora