Rastejo entre as sobras da festa, procurando a maldita identidade. Ainda não pedi ajuda e nem contei a ninguém. Me sinto estúpida, o desespero bate, me corto com alguns cacos de vidro e lembro de você.
Penso em voltar a me agarrar,
mas você é barco furado, Titanic.
Me lembro do drama, dos violinos, das danças..... enquanto afundávamos apaixonadas pela vida. Eu não era um bote salva vidas, porque me usou?
Meu corpo dói, o corte sangra, se espalha com as lágrimas e álcool que deixei nesse chão.

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2022
Short StoryO ano de 2022 em cenas. Usando- me de crônicas, poemas, narrativas... Um início regado a tristeza, álcool e perdas.