Cansada, vou me rastejando. Em busca de água, comida, abrigo, em busca de alguém.
Rastejo buscando sobreviver ou talvez uma morte rápida.
Estou sozinha e ouço vozes, ouço um canto sombrio e melancólico.
Enlouquecendo! Vestida dos trapos que restaram de minhas roupas. Enlouquecendo com sangue e terra nas unhas.
Enlouquecendo com as feridas abertas expostas às moscas.
A escuridão chega, cegando. Mas para o meu desespero ela apura minha audição.
A voz continua e se aproxima. E grita que estou só. A voz do vento? O sussurro das árvores?
ALGUÉM?? AJUDAAA? SOCORROOOO!
ALGUÉM ?
Sozinha.
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2022
Short StoryO ano de 2022 em cenas. Usando- me de crônicas, poemas, narrativas... Um início regado a tristeza, álcool e perdas.
