⭑ nossos corações partidos ⭑

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Olá! Escrevi essa curta oneshot para um concurso que estou participando

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Olá! Escrevi essa curta oneshot para um concurso que estou participando. Ela ficou com 5000 palavras certinho, tirando essas notas. Foi divertido construir uma narrativa mais dinâmica. Pensei que não conseguiria fazer algo legal com tão pouco, mas aqui estamos hehe

Espero que gostem!

 ღ

Jeongguk não sabia ao certo que horas eram, mas já passava da uma da manhã.

Foi o que ele disse ao homem sentado no banco do passageiro, que secava as gotas de chuva de uma calibre .38 com a barra da camiseta preta esgarçada.

"Passa da uma da manhã".

Sua voz não tremeu como pensou que tremeria. O homem olhou na sua direção, por baixo dos óculos escuros, analisando a sua resposta, e checou as horas no painel. Jeongguk se esqueceu do painel. Estava confuso demais para lembrar que ele exibia as horas, e bastava apenas olhar para baixo. Fazia isso com frequência, quando digitava no celular enquanto dirigia, mas naquele momento, estava ocupado demais pensando no fato de ter sido sequestrado no meio da noite.

— Duas e vinte. — O homem disse, inclinando-se para bater no painel com dois dedos longos. — Quase três da manhã, garoto. Você sabe o que acontece às três da manhã?

Você vai me fazer parar o carro em algum lugar antes de apontar a arma para a minha cabeça e puxar o gatilho. Eu vou morrer. Depois, você vai jogar gasolina no meu carro e queimá-lo. Talvez achem o culpado, talvez não, mas isso realmente importa?

— Não — respondeu, remexendo os óculos redondos de grau com o nariz. — Eu não sei.

O homem sorriu, Jeongguk conseguiu ver com o canto do olho. Ele voltou para o assento, guardou a arma dentro do cós da calça e colocou um pé em cima do painel.

— É quando os demônios saem. Os nossos, não os do inferno. É um horário perigoso.

Ah.

É.

Os demônios dele vão sair às três da manhã e fazê-lo puxar o gatilho. Faz sentido.

— Entendi.

— Taehyung, a propósito. — Ele suspirou. Parecia entediado, e Jeongguk achou isso tão irônico. — Como você se chama?

— Eu não preciso saber o seu nome — disse, apertando o volante. — E você não precisa saber o meu.

—Mas eu quero que você saiba o meu nome, e eu quero saber o seu.

Era uma ameaça, Jeongguk sentiu a raiva no tom de voz dele. Apertou mais o volante, fazendo uma curva aberta perigosa. Taehyung foi jogado para o lado. Jeongguk respirou fundo, tentando não tremer. Se começasse a tremer, não conseguiria mais dirigir. Seu carro não era automático, e ele não poderia correr o risco de dirigir um carro não automático tremendo tanto.

O que fizemos de nós? | taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora