03

3.4K 169 117
                                    


Era o dia de tirar os curativos. Nesse dia também, tinha jogo do Palmeiras.
Ela havia seguido a recomendação do médico e fez uma franja. Pelo menos não dava para ver o curativo. Os pontos da mão estavam a vista de todos e, suas costelas ainda estavam roxas, quase pretas.

Por milagre, Joaquín a deixou cozinhar naquele dia. E ela não quis dizer nada, mas, concorda com Scarpa. A comida Uruguaia dele é boa, mas, quando parte para a brasileira, é horrível.

Joaquín também lhe avisou que a mãe dele virá ao Brasil. E ela, irá começar a auto escola no dia seguinte.

Doutor Fernandes:Excelente. Você até que se recupera rápido.

Zayra sorriu aliviada:E os pontos?

Doutor Fernandes:Mais 7 dias.

Zayra:Vai ficar cicatriz, certo?

Doutor Fernandes:Seria meio difícil não ficar, mas, se você usar Bepantol, ela desapareceu rápido.

Zayra concordou:Muito obrigada.

Doutor Fernandes:Agora, o Joaquín disse que não quis ir a polícia, mas, posso te dar um conselho?

Ela não disse nada.

Doutor Fernandes:Pense nas garotas que não puderam se defender.

Depois ele a disse para voltar em 7 dias e ela saiu. Foi Jazmin que lhe levou dessa vez.

Jazmin:E aí, como ficou?

Ela levantou a franja lhe mostrando.

Jazmin sorriu:Agora você parece o Harry.

Zayra riu de verdade:Só você, para dizer isso.

Jazmin:Vamos lá. Joaquín quer que você tenha um celular e, pegue seu número de volta.

Zayra:Eh...celular, por favor Jaz, não deixe ele me comprar um caro.

Jazmin riu:Ele já comprou. Sinto muito mas, ele fez isso e me mandou mensagem, dizendo para passarmos na Academia e pegar.

Zayra suspirou.

Jazmin:Em sua defesa, ele sabia que não iria aceitar.

Zayra suspirou e concordou. Ele já havia comprado roupa e tênis e lhe deu várias camisas do Palmeiras e ela nem pode negar.

Jazmin riu:Conheço essa cara. Tá parecendo a Sarah, há uns 4 anos atrás.

Sarah havia lhe contado que Jazmin a ajudou a se adequar na cidade, quando a paraguaia mal havia se mudado para São Paulo. E se adequar a esse mundo de fama, foi bem difícil para a carioca.

Jazmin a olhou de novo e riu:Dou 3 meses para você se apaixonar por ele.

Zayra:Inaceitável, Jazmin.

Jazmin riu:É sério. Ele já te olha diferente. Nunca o vi preocupado assim com ninguém que não fosse do time ou, da família e amigos dele.

Zayra lembrou da conversa que teve com ele no dia anterior:Ele é bem simples pra um jogador.

Jazmin riu:Com simples, quis dizer;sem ficantes, namoradas e outras coisas?

Ela concordou.

Jazmin:3 meses aqui e ainda não foi corrompido, o coitado.

Zayra negou. Quando chegaram na Academia, o portão se abriu e elas entraram. Era sua primeira vez ali. Ela viu os jogadores em campo.

Abel:Jaz...ah, oi, Zayra, certo?

Zayra gaguejou e apertou a mão dele:S...sim.

Joaquín e Gustavo as viram, mas, foi Gus que veio até elas.

Corazón Sin Vida. (Joaco Piquerez)Onde histórias criam vida. Descubra agora