01. Prólogo

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Pov•Harry Potter

Era uma noite em que a neve caia sobre si e o ar era completamente gélido, e mesmo assim eu não me sentia com frio, meu corpo estava bem quentinho.

Meu nariz já estava vermelhinho pelo frio, minhas pernas curtas não aguentavam mais andar na neve e eu já estava começando a ficar cansado.

– Mamãe! Por que nós estamos aqui? Eu quero voltar para casa. — Perguntei já formando um biquinho emburrado, não queria estar naquele lugar, não parecia certo.

– Eu preciso saber de uma coisa, espera. — A minha mamãe, que estava com os seus cabelos brancos presos em uma touca e vestindo um casaco bem quentinho me diz. — Se eu estiver errada você poderá voltar para casa.

– Eu tô me sentindo estranho, mamãe. Me leva de volta para a casa, por favor?

– Harry! Já disse que eu preciso de algo antes, não retruca comigo.

– Mas...

– Chegamos! — Ela diz quando paramos em uma casinha bem pequena de porta amarela. — Cale a boca e não pergunte nada.

– Tá bom, mamãe!

Eu sentia um formigamento estranho, parecia que tinha alguma coisa de errada comigo. Meu bumbum coçava, minha gengiva ardia e as minhas orelhinhas de gatinho estavam eriçadas.

Mamãe sempre me pedia para eu escondê-las com alguma touquinha, nunca entendi o motivo mas talvez seja porque eu era o único que possuía essas orelhinhas, e eu também era o único que tinha um cheirinho diferente.

Meu cheirinho era bem fraquinho e parecia muito com baunilha, eu gostava disso, era diferente das outras pessoas. Minha mamãe não cheirava a nada, só quando passava um perfume ruim que me fazia espirrar por ser muito sensível a odores fortes.

Eu conseguia sentir cheiros, sons e barulhos há quilômetros de distância, as vezes isso me deixava nervoso e ansioso, me incomodava demais e eu não sabia o que fazer.

Sempre percebi que eu não era igual as outras crianças, eu tinha orelhinhas de cor preta, um rabinho longo e eu achava isso tão maneiro! Mas por que as outras pessoas não podiam saber disso? Por que era um segredo? Por que a mamãe sempre me escondia e me lançava um olhar de repreensão?

Eu não conseguia entender! Mas eu confio na minha mamãe. Ela não vai deixar acontecer nada comigo.

Ela entrou na casa e me fez esperar do lado de fora, sentadinho na neve. Era para eu estar congelando, mas eu me sentia quentinho, apesar de estar pouco mais agitado que o normal.

𝐖𝐨𝐥𝐟 𝐂𝐚𝐭 (Drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora