Capítulo 4

865 158 33
                                    


   Acordo com o despertador tocando e me apresso para desligá-lo, não se enganem... não tenho celular e sim um tijolo que apenas faz ligação e desperta. Arrumo-me da melhor maneira que consigo e vejo que a base não cobriu totalmente a vermelhidão do meu rosto. Deixo o café da manhã do meu pai pronto e como uma maçã rapidamente.

   Assim que saio de casa me deparo com o céu bastante nublado, logo hoje que não vim preparada para um temporal.

Com os olhares feios de ontem pego o elevador em direção a diretoria.Logo que saio encontro a Eleonor aparentemente me esperando,quando me vê olha para o relógio

— Pontual, gostei.Bom, vamos começar que os Grassi daqui a pouco chegam! Sou a Eleonor assistente da diretoria e vou te auxiliar aqui.

Passamos alguns minutos conversando sobre o que devo fazer e me familiarizando com o ambiente.

Meia hora depois os meninos chegam com seus ternos e semblantes sérios, assim que me veem dão um sorriso

— Bom dia! pequenina, espero que esteja se adaptando bem.

— Estou sim, senhor.

— Que bom, qualquer coisa peça ajuda a Eleonor ou á nós.

Percebo que eles ficam longos segundos me observando, me fazendo corar

— O que é isso no seu rosto Isadora? Pergunta Dominic com uma carranca

— Nada senhor, apenas caí no metrô-digo a primeira coisa que vem na minha cabeça

— Que porra! Sabia que você pegar condução lotada não daria certo.De agora em diante um motorista irá te buscar e trazer todo dia-diz Daniel, mas Dominic não parece acreditar muito

— Não é necessário senhor-falo nervosa com a possibilidade de Ernesto ver e achar que é algum namorado

— Precisa sim e assunto encerrado. Diz e os vejo caminharem para sua sala

O que vou fazer agora? Ernesto me matará se me ver entrando em um carro de desconheço e pior ainda... de um homem!

— É isso! Digo como se tivesse achado uma saída — O motorista não vai me buscar se não sabe meu endereço, é só eu mentir dizendo que venho de táxi nos próximos dias

Após minha constatação começo a trabalhar mais tranquila, o dia até que foi corrido embora algumas vezes os gêmeos tenham me chamado na sala deles para absolutamente nada.

Assim que acaba meu horário, vou rumo a saída.Quando chego na recepção vejo o temporal que está caindo, é hoje que sofro para pegar a condução de volta

Após muito custo consigo pegar um ônibus não tão lotado e chego em casa toda molhada.Mal coloco os pés em casa e sou atingida por um soco me derrubando na hora

— Onde estava sua vadiazinha?era para ter chegado á quase duas horas em casa, me responde!-grita Ernesto enquanto me segura

— Eu estava no trabalho, com esse temporal as conduções atrasaram-Respondo enquanto choro devido à dor de seu aperto

— Mentira, aposto que estava dando para qualquer acho por aí,igual à piranha da sua mãe fazia! Você vai pagar por tentar me enganar-diz e sinto seu bafo de cachaça

O primeiro soco me acerta e em seguida muitos outros,chutes,puxões de cabelos e tapas.A dor é tanta que só sinto o sangue escorrer antes de desmaiar



Irmãos Grassi: Uma mulher para dois corações(EM ANDAMENTO )Onde histórias criam vida. Descubra agora