CAPÍTULO 02

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                  FELLIPO MANCINI

Abro meus olhos lentamente tentando encarar a claridade em meus olhos, olho em volta e não consigo identificar onde estou, ouço um suspiro abafado e quando olho para o lado, tem uma ruiva deitada ao meu lado completamente nua. Porra, eu bebi demais, não lembro de nada.

Me levanto devagar para não acordar a ruiva que eu nem lembro o nome, coloco minha calça e tênis e saiu com a camisa na mão, antes vou até a ruiva e dou uma olhada, pelo menos ela é gostosa. Saiu da casa da ruiva e entro no meu carro.

- Que dor de cabeça dos infernos! - Xingo - Você precisa parar de acordar com desconhecidas Fellipo! - Falo a mim mesmo olhando para o espelho do carro.

Dirijo até o meu apartamento e entro direto, minha cara está péssima, me jogo no sofá e só penso que estou na merda. Tenho 17 anos, boates para cuidar, funcionários que não fazem nada sem mim e escola para terminar, que bela vida.

O senhor Roberto Mancini, meu pai, é um homem muito ocupado e eu acabei pegando algumas responsabilidades para mim, ele cuida das empresas e eu das boates, claro que fiquei com a melhor parte, bebida, mulheres, diversão, quem não ia querer isso?

Levanto do sofá quase me arrastando de tanta ressaca que estou sentindo, vou até a cozinha e decido fazer um sanduíche para comer, eu moro sozinho à uns anos, por isso tive que aprender a cozinhar e me virar sozinho, no começo foi difícil me acostumar a fazer tudo, mas só de pensar em alguém enfiado aqui em casa mexendo nas minhas coisas, não me agrada em nada. Só tem uma diarista que vem aqui uma vez por semana para limpar a casa.

Me sento no sofá comendo meu sanduíche, pego meu celular e tem mensagem nova, a ruiva perguntando por que fui embora da casa dela sem me despedir, nem sabia que tinha o número dela, inventei uma desculpa qualquer.

Não que eu me orgulhe, mas sou assim, conheço, conquisto, durmo e vou embora, não gosto de pensar em me apegar a apenas uma mulher, sou tão novo e sou bonito pra caralho, mulheres nunca me faltaram, mas eu nunca consegui me apegar a apenas uma, nunca nem pensei nisso, não até ELA.

Marina, meses atrás quando vi a Marina entrar na minha boate acompanhada do Lorenzo e da Malu, pareceu que eu estava vendo a mais bela deusa de todo o mundo. Seus cabelos loiros, suas curvas, seus belos seios, seu olhar misterioso e um sorriso inocente. Durante a noite eu descobri que ela não era somente uma deusa e sim um furacão, um furacão que depois daquele dia vêm perturbando a minha mente e meus sonhos.

Faz meses que essa loira não saí da minha mente, só consigo pensar nela, tenho bebido mais que o normal para tentar esquece-lá, mas sempre sou levado para perto dela, sempre.

Aquela garota de 1,60 de altura não para de me fascinar a cada encontro, mesmo que não seja planejado. No outro dia quando ela acordou na minha cama, parecia envergonhada ao mesmo tempo furiosa, pensou que nós tivéssemos feito algo, foi engraçado ver sua reação, acabei descobrindo que a garota furacão só aparece quando está bêbada e quando não está é apenas a Marina, uma garota tímida e inocente. Mas ela parece não querer que ninguém saiba disso, felizmente eu sou muito bom em ler as pessoas.

Depois disso ela nunca mais voltou na minha boate, não naquela em específico, ela vai em outras que também são minhas e por incrível que pareça eu sempre estou por lá quando ela aparece e fico hipnotizado olhando-a, mesmo que seja de longe.

Desde o nosso último encontro, eu fiquei tão puto que não quero vê-la nunca mais, a verdade é que não quero vê-la para não fazer a besteira de beijá-la, sei que se eu fizer isso, não conseguirei parar e terei que admitir que não paro de pensar nel.

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