CAPÍTULO 13

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                  FELLIPO MANCINI

Deixei a minha linda diabinha em casa, com a justificativa de que ia dormir com a Malu, a safada em enganou legal, cai tão fácil no seu papinho, tudo culpa daquela boca gostosa.

Acabei optando por não ir diretamente para o meu apartamento, eu estava bem alheio as minhas boates, o tempo com a Marina estava me consumindo, eu só conseguia pensar nela. Liguei para dois fornecedores meus e os chamei para uma reunião casual na minha boate mais tranquila. A Calixto é uma das minhas boates mais antiga e sendo bem sincero, a que mais me dá dinheiro ultimamente. Eu não vou muito lá, passo apenas para dar uma olhada rápida.

Pedi um terno para um funcionário meu e ele veio ao meu encontro, vesti no carro mesmo, nessas reuniões eu tinha que parecer responsável, por isso eu os vestia e eu ficava realmente com cara de homem sério.

Assim que estaciono na Calixto, desço devagar arrumando minha gravata e logo avisto, Heitor e Hugo, eles são irmãos. Eles trabalham comigo à uns três anos e eu nunca precisei reclamar de nada, são eficientes e sempre cumprem o prazo.

- Meus amigos engomadinhos! - Cumprimento eles ao mesmo tempo que zombo.

Heitor e Hugo sempre andam de terno, não importa qual seja a ocasião, eu nunca os vi de camiseta e calça jeans, nem sei se eles tem essas peças no guarda roupas dele.

- Sempre abusado! - Rosna Hugo, o irmão sério e chato.

- Que prazer te rever, está sumido! - Heitor fala gentilmente.

- Eu sei, estou tendo problemas de concentração - Minto, ninguém precisa saber que estou sem foco por causa de uma baixinha louca.

- Tenha cuidado! Tão novo e já está com problemas de atenção - Heitor provoca rindo.

- Não esqueça que o engraçadinho aqui sou eu! - Falo devolvendo- lhe o sorriso brincalhão.

Nós três entramos na boate, de primeira vejo que está tudo ótimo por aqui, o movimento está maravilhoso, tem muita gente, meu barman está trabalhando muito, quanto mais gente bêbada, mais dinheiro para minha conta.

Avançamos na boate, olho em volta e meu choque foi tanto que demorei a acreditar no que meus olhos estavam vendo. Marina está aqui, ela está sentando em uma mesa com um homem, por favor, não seja aquele imbecil.

- Algum problema Fellipo? - Hugo pergunta, notando a minha cara de frustração.

- Não, nenhum. Vamos nos sentar! - Digo indo até a mesa que pedi para preparar para nós três.

Minha vontade é de ir até lá e arrancar aquela loira marrenta pelos cabelos e socar a cara do homem que está com ela, mas eu tenho um negócio para gerenciar e essa reunião é importante. Heitor e Hugo me falam sobre a nova remessa de bebidas que eu pedi, falam que os preços aumentaram e a taxa de envio rápido também, sempre assim, esses dois sempre arrumar um jeito de me extorquir.

- Vocês são espertinhos demais para o meu gosto - Reclamo lendo o contrato absurdo que eles me deram.

- Não se trata disso, somos homens de negócios, o mercado cresce a cada dia e as coisas estão caras. Trabalhamos com o melhor e o melhor custa caro, é pegar ou largar - Explica Hugo com sua cara seria, filho da puta arrogante.

- Que seja, a sorte de vocês é que são muito bons no que fazem - Falo assinando a merda do contrato.

- Com licença, boa noite cachorrinho! - Ouço essa voz horrível bem diante de mim.

Viro meu rosto para encarar o dono da voz e não sei como não me levantei e o soquei na hora, paciência nunca foi o meu forte, mas hoje me encontro estranhamente paciente.

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