CAPÍTULO 06

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                   FELLIPO MANCINI

Virgem. A Marina é virgem, minha loira é intocada, eu não deveria me atentar tanto a esse fato, mas não consigo evitar de me sentir feliz e possessivo ao mesmo tempo. Eu serei o único a tocar nesse furacão, isso eu posso afirmar.

Marina está deitada na minha cama, com os cabelos bagunçados em cima do travesseiro e seu sono parece sereno.

Quando eu sai da casa dela ontem, jurei a mim mesmo que nunca mais iria correr atrás dela, se eu a visse em qualquer lugar que fosse fingiria que não a conhecia. Eu precisava esquecer essa garota de qualquer jeito.

Imagine a minha surpresa quando alguém começou a infernizar meu sono em plena 4h da manhã, pensei seriamente em ignorar e não levantar para atender a porta, mas a pessoa insistiu tanto que fiquei puto e fui abrir a porta, assim que abri tive a sensação de estar vendo miragem, já que a pessoa que eu via em minha frente era a Marina, me olhando meia confusa e completamente bêbada.

Antes que eu diga algo, a loira se jogou em cima de mim me beijando e eu como um belo cachorrinho retribui o beijo ao invés de mandá-la embora. Que se dane, ela que veio, agora não vou deixar ela sair.

Pego ela no colo e empurro a porta com força para que se feche, vou com ela em meus braços até o meu quarto. Tudo está perfeito, o beijo, nossos corpos colados, Marina não parece querer fugir dessa vez. Jogo-a na cama e quando vou me juntar a ela, a velha furacão de sempre aparece.

- Fellipo não podemos - Marina fala.

- De novo isso loira, veio aqui por que então? - Já estou sem paciência para os joguinhos dela.

- Não é isso, eu quero, quero mesmo, mas não podemos, não ainda - Se justifica.

- E por que não? Eu sei que seu corpo reage muito bem ao meu toque - Digo dando-lhe um sorriso perverso.

- É que... - Ela para de falar, parece que está pensando se deve falar algo.

- É que o quê? Me fala - Pergunto de novo.

- Eu... Hum... Eu sou...

- Você é o que Marina, me fala...

- Eu sou virgem Fellipo, nunca dormir com ninguém - Ela solta assim, de uma vez e eu fico paralisado e incrédulo.

- Virgem? Você é virgem? - Pergunto de novo para ter certeza que escutei bem.

- Uhum - Responde apenas isso.

Eu fico em silêncio sem saber o que dizer, também não adiantaria nada, Marina desmaiou e me deixou aqui, sozinho, de pau duro e com essa informação rodando na minha cabeça.

A danada sabe como me fazer ficar sem palavras, eu nunca imaginaria que a garota que se masturba na minha frente sem nenhuma vergonha, seria virgem. Por que diabos ela me falou isso? Aposto que só disse porque estava bêbada.

Fico observando-a por um tempo, mas sou vencido pelo cansaço e me deito ao seu lado na cama, já esta amanhecendo e eu preciso dormir um pouco. Para o meu desprazer, Marina começa a se mexer muito, como se estivesse tendo um pesadelo.

- Não me deixa sozinha - Diz se contorcendo na cama - Eu não gosto de ficar sozinha mamãe - Fala quase chorando - Por favor não vai! - Ouço seu pedido e meu coração aperta.

Eu sempre imaginei que a Marina tem algum trauma sobre ficar sozinha, mas ela não se abre muito, então é difícil saber a causa de tudo, mas agora percebo que tudo isso se deve a ausência de seus pais.

- Acorda loira - Chamo-a passando as mãos em seu cabelo.

Marina abre os olhos devagar e me olha, logo esboça um sorriso.

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