Parte 1: Ômega.

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Inicialmente era para ser apenas uma oneshot mas eu percebi que tem muito conteúdo e poderia ficar cansativo, então resolvi dividir em três partes. Essa parte é como uma introdução a estória. Prometo não demorar para trazer as outras duas partes.

Quero agradecer a otaebear por ter feito essa capa linda, obrigada de verdade.

Enfim, se tiver algum erro ortográfico me sinalize que eu corrijo, espero que gostem dessa bebezinha e não se esqueçam de comentar e deixar o seu voto <3

Tenham uma boa leitura.

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Desde que eu era apenas um filhote eu já sabia que o meu futuro havia sido traçado. Eu tinha apenas cinco anos quando meu pai me disse que no futuro eu me casaria com Park Seonghwa, o filho dos reis de Red Sun.

E desde o dia que soube qual seria o meu destino, a minha vida inteira fora baseada em aprender a servir um alfa e ser um bom ômega para o meu futuro marido. Nunca questionei sobre isso, nunca ousei não obedecer o que me mandavam fazer; sempre fiz tudo com tamanha perfeição e competência por temer em decepcionar os meus pais.

Quando completei meus dez anos de idade, percebi que já naquela época às coisas em Daechwita não estavam boas. Mamãe havia descoberto que o meu pai havia tido um filho fora do casamento, um filho que era dois anos mais velho do que Jungwon — meu irmão mais velho e sucessor ao trono — e mesmo sendo um bastardo, ele poderia assumir o reino no lugar de meu irmão.

Acho que fora nessa época em que o casamento dos meus pais começou a desmoronar. Na frente do povo nós éramos uma linda família feliz e os meus pais eram vistos como um casal a ser seguido, mas no interior do castelo, o rei a rainha de Daechwita dormiam em quartos separados e só se relacionavam durante seus períodos de cio.

Depois que eu cresci e me tornei um ômega maduro, em uma noite de conversas com minha mãe, ousei perguntar se um dia ela amou o meu pai. Aquela vez fora a primeira vez em que minha mãe deixou sua armadura de rainha e mulher inabalável; fora a primeira vez que a vi chorar. Ela não precisou me responder porquê eu já tinha a sua resposta.

O filho bastardo infelizmente não fora nosso único problema, pelo o contrário, ele fora o menor dos problemas em comparação aos próximos que vieram.

Daechwita estava desmoronando sob nossas cabeças. Meu pai havia se tornado um homem frio e um rei sem misericórdia. Guerras e mais guerras vieram, perdemos soldados, dinheiro e nossa reputação.
Em uma dessas guerras, meu pai voltou muito debilitado; naquela época diziam que ele não duraria muito tempo — o que posteriormente acabara sendo um mero engano já que ele se mostrou ser um alfa muito forte e sobreviveu aquilo.

Hoje era o dia de meu casamento. Lembro-me de ter acordado com um frio na barriga e um misto de sentimentos em meu interior.

Eu temia pela cerimônia, temia por ser um péssimo ômega para Seonghwa, temia pela tão aguardada lua de mel que tanto me falavam sobre.

Seonghwa e eu não éramos próximos. Nunca nos deixaram sozinhos por muito tempo, sempre que nos víamos era acompanhados por nossas famílias ou por nossos servos.
Mas, mesmo que tivéssemos tido pouco contato, o alfa sempre fora respeitoso comigo, sempre me tratou cordialmente e quando podia ele me trazia algum presente — sejam eles flores ou até mesmo um colar com o seu nome e sobrenome gravado.

Eu não o amava, afinal é quase impossível você amar alguém quando não tivera nenhum tipo de contato. Mas eu sabia que ele era a minha melhor opção, eu sabia que Seonghwa seria um bom alfa para mim, sabia que seríamos ótimos reis para Red Sun e eu sabia que o daria herdeiros quando fosse a hora.

Sleeping with the Enemy • taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora