Controlar

703 92 44
                                    

-- Catarina! - Clama Tom, enquanto segue sua esposa até o jardim da mansão. -- Eu ordeno que você pare agora! - Exclamou observando-a prender o salto de seu sapato na grama.

De repente, Sinclair sente seu corpo ser puxado pelo do lorde. Ele a arrastou até uma parede de folhas mais adentro do jardim, para que não pudessem ouvi-los, enquanto ela resmungava e tentava descontroladamente separar seu corpo do dele.

Catarina estava muito chateada com tudo. Apesar de não ama-lo inteiramente, ela gostava de Tom, gostava de como ele vinha agindo desde sua noite com o lorde. E aquelas palavras destruíram a postura que havia construído.

-- Escute aqui, não é só porque dormimos juntos que você pode me tratar como bem quer! - Exclamou pressionando-a contra a parede de folhas. -- Como eu havia dito, eu sou seu marido, precisa me tratar com respeito. - Havia muita fúria em suas palavras.

-- E se eu não o fizer? - Houve silêncio. -- O que vai fazer? Castigar-me? - Indagou mantendo seu contato visual desafiador. -- Vai me matar? Ou o que? - Ambas as respirações estavam ofegantes. -- Seu canalha... - Murmurou observando-o permanecer frio. -- Se eu não sou nada para você, por que não me mata aqui e agora? Faria falta? - O silêncio permaneceu. -- Ah... Você precisa de alguém para conter seus desejos sexuais, não é? - Questionou finalmente trazendo reação ao lorde.

O homem a pressionou com agressividade na parede de folhas, o que fez com que ela se assustasse e voltasse seu rosto para o lado, fechando o olhos, enquanto sentia os lábios dele roçarem sua bochecha.

-- Cale a boca, mulher! - As palavras dele deixaram seus labios em um tom frio e furioso. -- Eu posso fazer muitas coisas com você... - A mão dele deslizou pelo rosto da outra. -- Eu não preciso mata-la, afinal você foi literalmente feita para mim. Mas sabe o que eu poderia fazer com você? - Ela sentiu a varinha dele pressionar sua barriga, assustando-a novamente. -- É... eu posso tortura-la para que você aprenda a não gritar com as pessoas erradas. - Sussurrou sobre o ouvido dela. -- Eu até comecei a gostar de você... - Antes que ele pudesse continuar, ela o interrompeu.

-- Então você gosta de mulheres que o maltratem, que o desprezam? - Indagou recebendo o contato visual do lorde. -- Que senso masoquista o seu... - Ofegou com escárnio, observando-o sorrir.

-- Eu vou avisa-la novamente, não brinque comigo. - Pressionou com força a varinha sobre o abdômen de Catarina. -- Você não vai gostar do que posso fazer com você... Nenhum pouco, e tenha certeza disso. - Sussurrou novamente.

-- E você acha que eu tenho medo? - Questionou segurando os ombros dele contra seu corpo. -- Eu sei quem você é e do que é capaz... Mas, também sei que fui criada como uma máquina... Como um ser perfeito. Ou seja, desafie-me... Desafie-me e veja o que acontece também. - Ele se afastou o suficiente para observa-la de forma confusa.

-- Você acha que pode fazer melhor que eu? - Questionou finalmente se afastando totalmente. -- Mostre-me. Mostre-me do que é capaz! - Apontou sua varinha para ela, observando-a limpar o resto de suas lagrimas.

-- Duelar com sua esposa? - Ele sorriu de forma maliciosa. -- Com uma mulher que vive sob as ordens de um homem " grande " ? - Indagou retirando sua varinha.

-- Claro... Já que se transformou em atrativa... Por que não mostra o que sabe e eu posso recompensa-la com o que desejar? - Ela finalmente abriu um sorriso em seus labios.

-- Se eu ganhar, o acordo que deu início a minha vida não existirá mais? - Questionou com esperança. -- Eu não vou mais precisar viver só em sua função? - Indagou observando-o ficar sério.

-- Aquele acordo jamais deixará de existir. Você jamais deixará de ser minha. - Ela guardou sua varinha.

-- Então não desperdiçarei meu tempo e habilidades duelando com você. - Tentou caminhar de volta ao salão, sendo interrompida por ele.

-- Eu faria no máximo dois meses... - Segurou-a. -- Se você ganhar, terá dois meses de férias do acordo. Ou seja, poderá ser quem quiser, aonde quiser e com quem quiser. Resumindo, será o seu querer. - Eles se encararam em silêncio por alguns segundos. -- Não se preocupe, não vou machuca-la, só desarma-l... - Ele foi interrompido por um feitiço de alto porte que deixou a varinha dela, obrigando-o a se defender. -- Você acabou de tentar me machucar? - Questionou aproximando-se dela.

-- Nós não estamos duelando? - Afastou-se lançando outro feitiço de alto porte sobre o lorde.

Há cada feitiço ou defesa que ela fez, Riddle se impressionava cada vez mais com Sinclair. Era certo de que ele nunca havia duelado com alguém tão bom quanto Catarina, e ele a subestimou, o que fez com que sua habilidade mágica se tornasse irrelevante próxima a dela.

Aquele duelo foi a confirmação de que o treinamento de Catarina se saiu bem sucedido. Cada movimento dela foi extremamente preciso e... Perfeito. Tão perfeito, que no fim do duelo ele havia tido sua varinha tomada por ela, além de manter alguns cortes " sem futuro " no corpo.

-- Eu não sou capaz? - Indagou aproximando-se do homem que se encontrava deitado sobre o chão. -- Cá estamos nós. Você sem sua varinha, tendo a perdido para mim... - Murmurou se agachando ao lado dele.

-- Devo admitir, sua performance aqui foi perfeita... Mas Catarina, você só venceu este duelo porque trapaceou. - Enunciou com orgulho.

-- Se você é tão bom como disse, por que não me venceu mesmo com meus dois primeiros feitiços um tanto... Precipitados? - Indagou observando-o permanecer em silêncio. -- Diga-me adeus por dois meses, marido. - Arrumou a gravata dele, logo deixando o jardim enquanto ele a observava ainda desacreditado.

_______

Ela mereciaaaaa

O que acharam???

Criada Para Isto - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora