Capítulo 3

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Estávamos em nosso segundo encontro desde que tínhamos começado a namorar, Jazz já havia conseguido resolver todas as questões sobre o apartamento e voltamos às nossas rotinas normalmente, exceto pelo fato de diariamente estarmos juntos.

-Você não gostou do jantar.

-É claro que eu gostei, só que eu acho que não tô me sentindo muito bem.

-O que você está sentindo?

-Calma, é só um mal estar, deve ter sido algo que eu comi, não se preocupe.

Não demorou nem dois minutos para Jazz ali mesmo na calçada colocar parte do jantar para fora.

-MERDA! -Jazz gritou.

-Espera, não levanta ainda -Eu tentei segurar os cabelos dele, mas não adiantou, logo ele levantou.

-Eu quero ir pra casa.

-Claro, amor.

Fazia alguns dias que o Jazz não estava se sentindo bem, o mal-estar e tontura eram constantes me fazendo ficar cada vez mais preocupado.

-Eu vou fazer um chá pra mim, acho que vai ajudar.

Jazz foi até a cozinha e colocou a chaleira no fogão e esperou alguns instantes.

-Jazz?

-Hum.

-Seu cio vai chegar quando?

-Meu cio? Ele vai chegar…

-Quando?

-Caramba, eu não lembro. Acho que na quarta.

-A quarta de ontem ou a que vem?

-A de…

-A de?

-Caramba Ian, eu não lembro.

-Tem alguma possibilidade disso acontecer?

-Claro que não! A gente se cuidou, não foi? Não foi, Ian?

Ele me olhou com uma cara feia.

-Eu vou resolver isso, espera só um momento!

Pegando a jaqueta em cima do sofá, eu saí correndo dali o mais rápido possível para uma farmácia, corri por uns dois quarteirões até chegar lá.

-Eu… -ainda estava ofegante por causa da corrida -eu quero um teste de gravidez por favor.

-Qual o senhor vai querer?

Em nenhum momento da minha vida imaginei que existissem tantas opções para isso. Aleatoriamente peguei o primeiro à minha frente.

-Esse aqui!

Fazendo a mesma corrida de volta, cheguei novamente ao apartamento do Jazz.

-Que porra você foi fazer?

-A… aqui! -Levantei a caixinha que estava em minha mão.

Jazz me olhou com desespero.

-Pra quê isso?

-Vamos tirar a prova real.

-A gente só transou uma vez, Ian, SÓ UMA VEZ! Não sou o deus da fertilidade não.

-Por isso mesmo, é melhor a gente ter certeza, faz xixi aí.

Jazz puxou a caixinha da minha mão e saiu bufando para o banheiro.

-Eu quero… eu quero que você veja.

-Tá bom, tá bom -eu então puxei o teste do copinho e levei-o à frente do meu rosto -o que significa dois tracinhos?

O tempo nos fez assimOnde histórias criam vida. Descubra agora