Just A Cup Of Coffee || DRARRY

Uma xícara de café

OLÁ!

Sim, trouxe uma nova história!

Não fiquem bravos, eu sei que tenho muitas para atualizar e que esperam por elas, mas esse plot grudou na minha mente e eu não consegui me livrar até começar a escrever!

Dedicado inteiramente para Amanda, que está sempre me mimando com desenhos adoráveis! Obrigada vida!

Boa leitura!

LEIAM AS NOTAS FINAIS!

1— Uma xícara de café

Harry POV

A vida é sobre perder.

É algo que as pessoas demoram a aprender, mas que é inevitável tal como o sol nascendo todas as manhãs.

A vida é apenas uma pequena passagem de tempo na terra, onde tudo o que você faz é perder, um dia após o outro, até... não ter mais nada a ser perdido.

Eu comecei a perder coisas muito cedo, isso é verdade. Qualquer bruxo conhecia a história de Harry Potter, e todas as tragédias que eu vivi desde meu nascimento.

Havia livros sobre isso, havia anúncios, manchetes e especulações sobre cada ano da minha vida, sobre cada detalhe do que passei e enfrentei ao longo dos anos.

Essas coisas focavam especialmente nas tragédias e dramas que vivi, então as pessoas de forma geral não sabiam que... Haviam coisas boas também.

Que ao longo dos anos eu conheci pessoas, vivi coisas, e conquistei muitas memórias e lembranças felizes.

Poderia pontuar com facilidade os melhores momentos de minha vida, porque era sempre sobre pessoas chegando à minha vida, tornando tudo melhor, tudo sincero e fácil.

Como o dia em que conheci Hagrid.

A primeira noite em Hogwarts, após conhecer Ron e Hermione.

O dia que conheci Sirius.

O primeiro beijo com Ginny... e o dia do nosso casamento.

O nascimento dos meus três filhos.

Um dia aleatório onde as crianças dormiram abraçadas na cama de James após montarem uma cabana de lençóis. Não havia nada demais nesse dia. Eu só lembrava de estar parado na porta do quarto, vendo os três muito juntos, e pensar que aquela era uma memória que iria guardar eternamente.

Eu nunca fui um homem apegado a bens, coisas materiais ou riquezas. Parte de mim sempre seria aquele garoto humilde que viveu dos restos de meu primo, e nunca sentia que podia reclamar disso.

Mas eu me apegava muito a lembranças, momentos e pessoas.

Gostava de pensar nas pequenas coisas que vivi, nos instantes entre uma lembrança e outra, nas mudanças da vida, e em como tudo era frágil.

Então eu sempre me sentia especialmente nostálgico ao pisar na plataforma 9 ¾, e era imediato meus olhos se encherem de felicidade ao sentir aquele clima que só era permitido no dia primeiro de setembro.

Era como me sentir uma criança outra vez, conhecendo aquilo tudo e pensando que eu finamente teria um lar. Ver todas aquelas crianças diferentes, ouvir os sons de magia por toda parte, miados de gato, com pio de corujas...

Era a sensação de pisar em casa após muito tempo viajando.

A primeira vez que estive ali depois de tantos anos, era impossível dizer quem estava mais agitado e animado. Eu, ou James.

Nós dois mal havíamos dormido naquela noite, e em algum momento durante a madrugada estávamos os dois em silencio na cozinha, bebendo chocolate quente e tendo um último momento entre nós antes que ele fosse para a escola.