Até Você Me Encontrar. - Spin Off Da Trilogia Não Chore Mais.

20-Papais

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Jemih 

A viagem inteira foi feita com lagrimas, por mais de três vezes eu tive que dizer para os passageiros do ônibus que estava bem, mesmo que não fosse a verdade, não precisava de estranhos sabendo que fui um idiota de te me apaixonado por alguém que só me enganou por um plano.

 Quando o ônibus para eu pego as minhas coisas e engulo as lagrimas, fico sentado por um tempo antes de ir porque sei que Lilo esta ali me esperando e tudo que menos quero é que ela me veja desmoronando no momento mais especial da vida dela, desço do ônibus pegando a minha bagagem e sorrio para o motorista, enquanto entro no aeroporto e vejo Lilo com um cartaz.

" Jemih, estou aqui."

Respiro fundo tentando fugir das lagrimas que querem cair, prometo a mim mesmo que serei forte e não vou chorar pelo menos não agora e ando até ela, praticamente correndo pra ela, que larga o cartaz me abraçando com força, sorrio pra ela que diz.

_ Jemih eu senti sua falta.

_ Também senti sua falta - Digo aquilo sentindo o cheiro da Lilo que misturava eucalipto como das arvores que rodeava a casa dela e a reserva, o cheiro de casa e fico ali abraçado com ela, que não diz nada me dando o tempo que preciso, me afasto dela depois de um tempo e ela diz secando as lágrimas que descem instintivamente.

_ Odeio saber que você está sofrendo e não posso fazer nada para resolver isso, mas se você quiser eu posso ir até a cidade e quebrar a cara daquele cara?

_ Não Lilo, só preciso ir pra casa e ficar quietinho te ajudando a organizar as coisas do chá, como você está?

Ela não me responde, mas era o meu jeito de lidar com as coisas, eu não iria deixar que os meus problemas  atrapalhasse o momento dela e ela fala sério, me obrigando a olhar pra ela.

_ Não ouse achar por um momento algum achar que os seus problemas precisam ser escondidos, só porque você chegou no momento importante para mim, você meu irmão e você me salvou quando eu mais precisava e eu estou com você Jemih.

_ Eu sei só não quero lidar com isso agora Lilo, só é muita coisa pra lidar agora e só preciso de um tempo pra curar o meu coração partido e ficar bem de novo.

_  sabe que me tem para desabafar, não é?

_ Sei sim – Digo isso enquanto ela segura o meu braço, ela sorri pra mim e anuncia olhando as passagens.

_ Nosso avião já vai sair, já fiz o check in e vamos de primeira classe presente da sua irmãzinha aqui.

Ela sorri animada pra mim, sorrio pra ela me negando a está infeliz, com aquele posso de alegria do meu lado e andamos até a fila de embarque e falo sorrindo.

_ Sem champanhe pra você e nem pra mim.

_ Ainda posso comer os doces da primeira classe, o bebê ama doces mesmo que eu ame salgados e você pode beber e comer tudo que estiver no cardapio.

_ Bom os nossos pais ainda não chegaram, não é? - Olho pra ela implorando por uma resposta positiva, mas os olhos de Lilo me dizem outra coisa e digo entendendo tudo.

_ Contou pra eles.

_ Não eu não contei, mas eles ja chegaram e só disse que vinha te buscar pra conversamos sobre o chá revelação e porque não vejo você a quase um ano e meio irmãozinho - Ela me olha acusadora, respiro aliviado quando chega nossa vez na fila entregamos os documentos e as bagagens, a moça avisa.

_ O avião ja esta pronto para embarque.

Somos guiados por uma aeromoça que nos leva até os nossos assentos, me sento na janela e os meus olhos encaram a minha bolsa de mão que guardava meu caderno de rascunhos da casa do Callum e dele, desenha-lo dormindo solene sem aqueles olhos que pareciam carregar o mundo era bonito e ele com certeza seria um bom modelo e Lilo fala chamando a minha atenção.

_ Quer me falar sobre o que aconteceu? Não precisa se não quiser, mas talvez seja bom falar Jemih.

Olho pra ela antes de decidir falar algo, seria bom desabafar com ela por algumas horas até chegar em casa e digo.

_ Nos brigamos muito desde o inicio, ele é a propria definição de Shrek, mas depois a atração venceu e ficamos juntos, juro Lilo que nessas duas semanas eu desejei tanto que ele fosse o cara e que tivéssemos um amor tranquilo como dos nossos pais tem agora, mas quando ele me levou até a casa da família dele e começou a me pedir desculpas antes de eu saber a historia dos meus pais biológicos, doeu como inferno perceber que ele só juntou o util ao agradável, ele iria transar comigo até que eu conhecesse os meus pais e fim, ele conseguiu o que queria.

Lilo não diz nada me abraçando enquanto sinto as malditas lagrimas caírem novamente, a voz da aeromoça avisa.

_ Senhores e senhoras por favor coloquem o cinto de segurança, o avião ja vai decolar.

Colocamos o cinto, sinto quando o avião decola e fico deitado no ombro da Lilo com os olhos fechados, ela respeita o meu silêncio e acabo dormindo ali, sou acordado pela voz suave dela que diz quando eu me levanto assustado.

_ Está na hora de irmos, o avião ja esta quase pousando.

_ Dormir tanto assim?

_ Dormiu, mas você estava precisando disso e como se sente?

_ Bem Lilo e obrigado por esta comigo, precisava desabafar sobre isso e você me entende.

_ Eu sempre vou te ouvir, sei que ja tentei te arrumar namorados, não deu certo porque eu errei nas escolhas, mas você merece se feliz irmão e merece um amor que te tire da terra e que tenha a calmaria de um amor tranquilo, Callum não me parece um cara ruim, sei que você ta magoado e que precisa de um tempo, não quero que você fique triste, mas se precisar chorar e desabafar eu vou esta aqui com você, não se preocupe não vou dizer nada a eles.

Abraço Lilo emocionado pelas palavras dela, me seguro na poltrona ao sentir que pousamos e reclamo sorrindo.

_ Nem aproveitei nada do nosso vôo.

_ Não se preocupa eu e o bebê comemos por você – Ela coloca a mão na barriga sorrindo pra mim feliz e digo quando nos levantamos.

_ Você é a grávida mais linda que o mundo já viu.

_ Você é o dindo mais babão.

_ Eu sei, não vejo a hora de ensinar o bebê a pintar, a primeira obra prima vai ser nas paredes da sua casa – Falo isso saindo do avião atrás dela, que responde ameaçadora.

_ Venho atrás de você irmãozinho, não se preocupe.

Dou risada dela era leve está em casa novamente, ao sair do avião e pegar nossas malas, avisto de longe os nossos pais sorrindo para nós e digo olhando para Lilo.

_ Isso me lembra a minha infância, você me levando para vários concursos de artes e os papais buscando a gente aqui.

_ Eu amava ir com você nesses eventos, pena que você me dispensou, ingratidão com sua irmã – Ela diz aquilo fingindo um ressentimento que não existe, rio dela enquanto andamos para onde os nossos pais estão e somos abraçados por eles e falamos juntos.

_ Papais.

Bom algumas coisas nunca mudavam realmente.