O céu azulado se fez presente durante o trajeto que faziam. Não seria exagero dizer que o dia estava estonteante e ficava ainda mais belo a cada vez que olhava para o homem que conduzia o veículo. Sempre que Eugênio sorria para ela, Violeta sentia como se tivesse borboletas em seu estômago. Apesar de todos os conflitos que aquela relação lhe trouxe não podia negar que o amor que sentia pelo homem fez com que passasse a enxergar a vida de uma forma mais leve.Claro que isso não impedia que alguns arranca-rabos acontecessem entre eles. Passaram tantos anos as turras que era inevitável impedir aquelas pequenas discussões. O lado bom de tudo isso era que todas aquelas implicâncias sempre terminavam aos beijos. Sempre tinham que se podar enquanto estavam na tecelagem para não serem pegos por ninguém. Não podiam ficar em maus lençóis.
— Para onde iremos desta vez? — Violeta quis saber.
— Ora bolas, iremos para a reunião. — o homem se limitou a dizer.
— A mim você não me engana Eugênio. — a mulher sorriu. — Primeiro fomos para o Rio de Janeiro. Depois para São Paulo. Qual será o destino agora? E por que não me avisou desta nova escapada?
— Vejo que nada passa despercebido por você. — Eugênio falou. — Queria te fazer uma surpresa. Sou tão previsível assim?
— Você não consegue disfarçar esse brilho no olhar toda vez que consegue arranjar um jeito de ficarmos juntos. — Violeta comentou. — Muda até de perfume quando vamos ficar a sós. Reparo em cada detalhe seu.
— Que susto. Por um momento pensei que dona Iara tinha deixado escapar alguma coisa sobre a reserva que fiz para nós dois. — o homem ficou aliviado.
— Quer dizer então que dona Iara também sabe para onde iremos? — a mulher perguntou. — Não me dará nenhuma pista do destino dessa viagem?
— É surpresa. — ele respondeu. — Logo já chegaremos.
Não demorou muito e chegaram ao local. Eles ficariam hospedados em um chalé afastado da cidade e rodeados por uma das vistas mais lindas que Violeta já tinha visto. O local tinha aparência rústica por fora, mas assim que entraram ali se depararam com um quarto muito bem decorado. A mulher não perdeu tempo e puxou Eugênio sedenta para beijá-lo. Assim que começou a abrir os botões de sua camisa o homem impediu.
— Também quero isso tanto quanto você. — Eugênio falou. — Só que planejei um dia de passeio para a gente e não podemos nos atrasar.
— O que planejou para a gente? — Violeta fez carinho em seu rosto.
— Trouxe suas roupas de banho? — o homem questionou. — Conheceremos uma das cachoeiras mais lindas que eu já fui.
— Cachoeira? — a mulher gaguejou e desviou o seu olhar.
— Você não sabe nadar? — ele indagou. — Achei que soubesse nadar.
— Eu sei nadar. — ela respondeu. — Só que quando era criança eu caí em uma cachoeira durante um passeio e peguei trauma. Nunca mais entrei em nenhuma.
— Quando fazemos uma surpresa para alguém corremos certos riscos. — Eugênio disse. — Mas, ainda assim poderemos passear e apreciar toda essa paisagem que nos rodeia.
Se beijaram mais uma vez e saíram para passear. De fato a cachoeira que foram conhecer era linda. Sentaram-se em uma pedra e ficaram trocando carícias até que Violeta ao sentir as mãos de Eugênio em volta de seu corpo se sentiu protegida de uma maneira que decidiu em um impulso que superaria o seu medo de entrar em uma cachoeira.
— Eu quero entrar. — Violeta decidiu.
— Você tem certeza? — o homem perguntou. — Não quero que se sinta obrigada a fazer algo que não esteja a vontade.
— Tenho certeza. — a mulher disse decidida. — Eu confio em você. Desde que nos envolvemos sinto como se me protegesse de tudo. Estando com você me sinto confiante a superar meu medo.
— Não te soltarei por nem um segundo que seja. — ele delicadamente segurou em sua mão e entraram na cachoeira.
— Não me solta. — ela disse se segurando mais ainda em seu corpo.
— Estou te segurando. — Eugênio sussurrou perto do ouvido da mulher. — Agora tente relaxar um pouco.
Ouvindo a voz do homem foi sentindo uma calmaria tomando conta de si. Era como se naquele momento eles estivessem em um mundo só deles. E ali não existia nenhum obstáculo que a impedisse de aproveitar cada segundo daquela experiência. Quando Eugênio percebeu que Violeta estava mais calma a beijou e a mulher se entregou as suas carícias apreciando cada uma das diferentes sensações que tomavam conta de seu corpo.
Em um determinado momento se entregaram a todo o desejo que sentiam. Saíram da cachoeira e o homem a deitou em uma das pedras e se deitou sobre o seu corpo o cobrindo de beijos que foram descendo lentamente por todo o seu corpo. Violeta gemeu ao sentir o homem a penetrando sentindo uma explosão de desejos que só ele proporcionava. Se fosse em um outro momento jamais se permitiria viver aquela experiência. Mas, estando ali ao lado do homem que amava se sentia segura para viver novas experiências.
— Você fez com que eu perdesse meu medo. — Violeta disse aninhada nos braços de Eugênio. Estava de olhos fechados escutando o barulho da queda d'água.
— Você que superou seus medos. — o homem discordou. — Eu só te ajudei.
— Eu vou sentir falta. — a mulher disse já pensando que no dia seguinte voltariam para Campos. Ficava cada vez mais difícil deixar o romance em segredo.
— Nós iremos arranjar um jeito de ficarmos juntos. — ele assegurou. — Nosso amor é forte e superará todo e qualquer obstáculo.
— Eu te amo tanto Eugênio. — ela disse.
— Eu também meu amor. — Eugênio falou.
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Dizem por aí...
FanfictionDizem por aí... é uma coletânea de one shots de Euleta. Um mesmo casal e várias perspectivas de uma história de amor.