Passos no amor

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É isso mesmo, mais uma história de última hora, essa não era a que eu queria postar mas a ideia veio e aqui está

Perdão qualquer erro

Boa leitura<3

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- Ahm... olá - A garota acenou para a recepcionista, a mulher lhe varreu com o olhar

- Não temos vagas - Resmungou e voltou a digitar no teclado barulhento

A moça de pé respirou fundo e colocou uma mecha espessa de cabelo atrás da orelha ostentada de brincos e pircins delicados

- Não vim concorrer a vagas de dançarina - A mulher resmungou - Gostaria de falar com a diretora do lugar

- E quem seria você? - Os óculos escorregaram até o nariz empinado da mulher mal encarada

- Ninguém que você mereça saber - Desencostou do balcão e arrumou a jaqueta, a mulher abriu a boca para expulsa-la

- Com licença - Uma mulher com o sorriso doce apareceu no corredor - Gsotaria de falar comigo?

A mais nova sorriu maliciosa para a atendente e andou atrás da diretora da academia de ballet

Ela se sentou na cadeira de couro, o bloco de notas em seu colo e a caneta preta batendo no arame enrolado nas páginas

- Bem vinda, senhorita...? - A diretora fechou a porta e se sentou em sua poltrona

- Granger - Se aproximou com calma - Hermione Granger - Estendeu a mão por sobre a mesa - Aspirante a escritora

- Adelaide Pomfrey - A mulher apertou a mão da garota - O que posso fazer por você, minha cara?

- Gostaria de escrever uma história sobre o tipo de dança ensinada em sua academia - Disse formalmente - E pensei em como seria muito mais respeitoso se eu assistisse algumas aulas e entrevistasse o corpo docente

- Fale-me mais sobre isso - Granger esticou seu sorriso ao ter a atenção da responsável pelo estabelecimento

Explicou sobre seu sonho, sua honra ao querer pesquisar sobre o que escreveria, sobre o fato daquela ser a melhor academia de ballet do estado, Pomfrey lhe ouvia atentamente

- Muito bem - Adelaide suspirou após todo o relato - Quais dias e quais horários seus são livres?

Granger suspirou aliviada e abriu um sorriso digno dos comerciais de pasta de dente que via na televisão

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As notas tocavam, os jovens mexiam os pés em sincronia, passos simples mas graciosos, as mãos se movendo juntamente as sapatilhas, a caneta batendo no arame do bloco de anotações

A jovem aspirante a escritora olhava sem piscar cada detalhe da aula, cada comando, cada expressão, cada mínima poeira caindo no chão e sendo varrida pela ponta das sapatilhas

Colocou os joelhos na frente do bloco para conseguir escrever, anotava os nomes dos passos que a professora falava, cada reprimenda também

A ponta da caneta batia tão fervorosamente no papel quanto as peças de madeira das sapatilhas se chocando contra o piso de mármore a cada salto e pirueta

Os olhos castanhos da escritora se ergueram e focaram em uma das bailarinas, os cabelos em um rabo de cavalo baixo devido aos seus comprimentos, o rosto marcado pela determinação, coxas firmes mas magras, cintura fina e os braços como asas

Passos da realidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora