Um pouco de mim

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Então era assim depois de todos os tratamentos, operações, medicamentos e quimioterapia eu não ia sobreviver ao meu cancro do pulmão. A minha mãe sempre me disse que tinha de ser forte que tudo ia ficar bem mas agora não acredito que fique tudo bem, eu sei que vou morrer mas não tenho medo da morte eu tenho é medo como vou passar para o outro lado e como vai ficar a minha família depois de eu ir.

Quando era mais nova a minha mãe disse que iria ser uma linda mulher que iria fazer grandes coisas para o futuro, mas eu não sou uma mulher, não sou adolescente eu sou uma criança de 12 anos que vai morrer sem ter uma longa vida pela frente. Sempre quis ter uma família muito grande para ter muitos netos, o rapaz perfeito e um emprego de sonho mas por causa do cancro nunca irei realizar os sonhos

Estou no meu quarto de hospital, deitada numa cama branca a receber oxigênio, tenho tubos por todo o lado a darem-me algo para as dores que tenho no peito, a retirar líquidos que tenho nos pulmões, medicamentos anteriores que não fizeram efeito mas diminuíram muito pouco o avanço destrutivo que o cancro estava-me a fazer, soro e outras cenas que eu não sei o nome. Estou meio inconsciente e meio consciente devido às drogas, pus-me a ler o meu livro que tinha escrito depois do meu avô e avó terem morrido num acidente de automóvel e a minha mãe ter dado á luz a minha irmã mais nova Miriam, ela tem agora 8 anos acho que vai ter saudades minhas mas ela sempre teve inveja de mim por eu receber sempre atenção por isso ela nem vai dar que eu morri. Eu poderia ter tido uma outra irmã mas quando a minha mãe estava em 6 meses teve um aborto expontâneo e a bebê não sobreviveu. Ela ia ser uma menina e ia chamar-se Linda ou Estrela, até já tinha uma alcunha para os nomes eram Estrelinha e Lindana.

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