Acordei a sentir o sol na minha cara, era agradável. Abro ligeiramente os olhos e olho para Estrela e vejo algo que nunca imaginei ver, asas. Umas asas brancas do seu tamanho que estavam a tapar metade do seu corpo.
Assustei-me tanto, que levantei-me num ápice mas depois sinto algo a bater-me nas costas, viro-me e olho para as minhas costas, eram as minhas ... as minhas asas, brancas, penas aprumadas, grandes e poderosas, senti-as a abanarem-se nas minhas costas, o desejo de poder voar.
A Estrela acorda e olha para mim a sorrir e diz:
-Tu agora vez as minhas asas ? E a beleza deste lugar ?
Olhei em volta, tudo parecia tão elegante, gracioso e delicado, ouvia o lindo cantar dos pássaros e o sol tão brilhante. Agora que olhava melhor para a Estrela, o seu cabelo loiro parecia que tinha brilhantes, a sua pele branca como um floco de neve, os seus lábios moldados em forma de coração mas o que simplesmente impressionava-me eram as suas asas. Ela notou o meu olhar de espanto que eu lhe lançava para as suas asas e perguntou-me:
-Queres sentir-las ? - disse estendendo a sua asa direita
Aproximei a minha mão e senti as suas penas macias. Ela fez um riso que parecia sinos a tocar.
-Queres voar comigo ?
-Sim sim
-Ok segura a minha mão e bate as asas
Ela segurou a minha mão e começou a bater as suas asas e eu juntei-me ao seu ritmo, pensava que ia ser difícil mas é tão fácil como andar.
Elevei-me pelo ar, sentindo o vento entre as minhas asas e a minha cara, larguei a mão da Estrela e voei ainda mais alto e mais depressa, sabia tão bem a liberdade de voar. Enquanto voava vi o lugar de uma vista diferente, era enorme cheio de árvores, animais por todo o lado sejam selvagens sejam domésticos eram todos muito amigáveis, vi a grande montanha que separava as crianças dos adultos, o grande mar azul cheio de vida e as crianças a brincar por todo o lado. Ouvi a Estrela a rir-se ao meu lado a tentar apanhar-me e a dizer para ir mais devagar, também comecei a rir-me a acenar que não e disse:
-Vai uma corrida ?
-Vais perder - disse ela com um ar de gozo
-Vamos ver - digo a rir
Ela acelera o seu voou ultrapassando-me facilmente mas eu também começo a acelerar e fico ao seu lado em pouco tempo, estávamos as duas a divertir-mo-nos à brava, a rir com gargalhadas, a fazer piruetas no ar e também nós as duas a fazer guerra com uma e a outra. Sentia-me tão feliz
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A Ascensão
EspiritualChamo-me Esmeralda, tenho 12 anos e morri com o meu cancro do pulmão. Lembro-me dos meus últimos suspiros e das minhas últimas palavras que disse aos meus pais. Eu acordei numa praia rodeada de rapazes e raparigas da minha idade, também mais novos...