Iɴғɪɴɪᴛʏ。ー Aʀᴄᴀɴᴇ

xiii. ʙᴏɴᴜᴍ ᴅɪᴇᴍ [Att.]

[Atualizado]

O nariz de Eden foi invadido pelo doce cheiro de bolo, algo curioso, já que não havia nenhuma padaria ou confeitaria nas proximidades do apartamento. A dúvida o despertou, e ao raciocinar sobre essa pequena contradição, virou o corpo na cama e esfregou o rosto com ambas as mãos. Ao olhar para elas, não resistiu e soltou um riso vitorioso.

ㅤ— Bom dia, Vik... Viktor?

Olhou para a porta fechada, levantou-se e, ouvindo barulhos vindos da cozinha, seguiu direto para lá, ajustando o tampão que cobria seu olho esquerdo. Estava apenas com uma calça larga, o peito à mostra, e descalço, os pés tocando suavemente o piso de madeira.

Quando atravessou o arco que levava à cozinha, encontrou Viktor sentado à mesa, já com uma xícara de café em mãos e os olhos fixos em seu diário, provavelmente estudando o núcleo hextec. Eden sorriu de forma suave e, sem hesitar, se aproximou e o abraçou por trás, beijando sua orelha de surpresa, quase fazendo Viktor cuspir o café de susto.

ㅤ— Bom dia, meu dengo~

ㅤ— Uh. Bom dia, paraíso... a mão está funcionando?

ㅤ— Está sim. Perfeitamente. E... paraíso?

Eden se afastou brevemente, indo até a pia pegar um pouco de café para si, e se virou com um sorriso travesso.

ㅤ— É porque eu te levo pro paraíso, né?

ㅤ— O-O quê...? N-Não, não! ... Quer dizer, também, mas, seu nome significa "paraíso". "Aquele que vem do paraíso". É um nome Noxiano.

Eden ficou surpreso ao ouvir isso enquanto passava manteiga no pão que preparava para o café da manhã.

ㅤ— Faz sentido... Eu tive familiares noxianos. Acho que minha mãe queria manter essa origem em mim. Mas então, o que vamos fazer hoje?

Viktor, ainda com o sorriso no rosto, fez uma careta antes de colocar sua xícara de lado.

ㅤ— Eu preciso falar com o Jayce sobre o seu tratamento, e você pode vir comigo, ou ficar na academia. Acho que Heimerdinger vai adorar te ver. Opa!

Ele segurou a xícara de Eden antes que ele pudesse beber o café, causando uma careta de frustração no rapaz.

ㅤ— Sem cafeína pra você.

ㅤ— Qual é, Vik, só um gole! Não vai fazer mal!

ㅤ— Fisicamente não, mas mentalmente vai te deixar ainda mais agitado do que já é. Tem leite no refrigerador. Ah, e eu comprei um bolo para você também, pra não "passar fome."

Viktor deixou o diário de lado e se levantou lentamente, indo até o forno. Eden se aproximou, curioso, e segurou a mão dele.

ㅤ— O que foi?

ㅤ— Deixa eu tentar?

Viktor olhou para a mão modificada de Eden e para a assadeira que estava tirando do forno. Fez um bico de frustração, mas não conseguiu resistir.

ㅤ— Eu ia falar "não", mas você vai ficar me enchendo o saco, então vai. Mas, se você se queimar, não vou te ajudar!

Eden riu baixinho e se aproximou da assadeira, sentindo nada, nem sequer o calor do metal. Ele pegou a assadeira e, ao escutar o chiado da carne fritando, nada sentiu. Colocou o metal na bancada, mas antes que pudesse analisar o que havia acontecido, Viktor o puxou com pressa.

Viktor observou a mão de Eden com atenção e notou que uma linha das articulações internas parecia "derretida", mas sem mais danos visíveis.

ㅤ— Não doeu? Não sentiu nada?!