"De certeza?" O meu pai pergunta e eu suspiro, fechando os olhos por segundos.
"Sim, pai." Eu respondo encarando o meu prato cheio de comida. Perdi o apetite todo com esta conversa.
"Tens mesmo a-" o meu pai começa novamente mas a minha a minha mãe interrompe-o.
"Querido." Ela avisa e ele rapidamente se cala.
Tento comer mais um pedaço mas simplesmente não conseguia. A minha cabeça doía-me fortemente devido às várias noites mal dormidas e à minha busca obsessiva do rapaz. Eu juro que penso que falta pouco tempo para virar louca, se é que já não estou...
Levanto-me e vou em direção à casa de banho fechando a porta atrás de mim.
Abro a torneira e passo água fria na minha cara na tentativa de me sentir melhor, claro que foi uma falhanço dos grandes. Observo a minha cara atentamente e uma dor no peito atravessa-me o coração.
Eu estou... Irreconhecível...
Tenho longas olheiras por baixo dos meus olhos, agora sem brilho, e demonstrava um cansaço tão profundo que até doía fisicamente.
Suspirando, limpo a cara com a primeira toalha que encontro, saindo preguiçosamente da pequena divisão. Não consigo dormir desde que esta situação começou, sinto-me completamente desesperada... Eu juro que começo a duvidar se o rapaz está mesmo nesta universidade ou não.
Caminho lentamente até à cozinha mas Paro ouvindo os meus pais falarem seriamente."Querido ela precisa de uma pausa. Viste bem o aspeto dela? Visto o quanto mal isto está a fazer-lhe?! O quanto isto está a afetar-lhe??"
Fecho os olhos e encosto a minha testa à parede quando sinto leves tonturas a me atormentar devido, como já tinha referido, às mal noites dormidas. Começo a entrar desespero, preciso mesmo de dormir nem que seja uns dez minutos descansada.
"Tens razão, mas também não podemos desistir." O meu pai responde e eu suspiro. Ele tem razão, nós não podemos desistir mas sinceramente eu já começo a perder a esperança.
"Sim, claro, mas vá da-lhe um tempo." A minha mãe pede e eu sei perfeitamente que o meu pai deverá estar a assintir.
Recomponho-me quando sinto que as minhas tonturas pararam e entro na cozinha.
"Eu vou andando." Informo pegando nas minhas coisas com dificuldade, já sentia a força a me faltar.
Dou um beijo à minha mãe que me dá um olhar de pena cujo prefiro ignorar. Eu sei que estou horrível, não me preciso que me lembrem constantemente disso, nem não preciso da pena de ninguém.
"Depois ligue para falarmos do assunto." Eu digo ao meu pai antes de fechar a porta.
Entro dentro do carro sentindo-me ligeiramente melhor, eu adoro os meus pais mas não consigo evitar em me sentir melhor em sair da casa deles pois o ambiente estava demasiado tenso.Conduzo cuidadosamente e suspiro de alívio quando chego a casa. As luzes estavam todas apagadas o que me deu a entender que estava sozinha.
Jogo-me para o sofá e fecho os olhos sentindo os meus músculos relaxarem automaticamente.
Sinto-me como lixo, não consigo dormir nada e começo a me sentir doente. Ugh estou num estado terrível.
Apeteci-me chorar por estar a desiludir os meus pais e me sentir tão impotente, mas já nem tinha mais lágrimas para derramar porque penso que as esgotei pela quantidade de vezes que me parti a chorar.Sinto o sofá a descer um pouco e logo tenso. Pensava que estava sozinha, eu queria estar sozinha.
Seja lá quem for a pessoa que se sentou no sofá não fez nada, não disse nada, nem se moveu, mas eu conseguia sentir os seus olhos em mim.
Abro os olhos claramente irritada, dando com Matthew que me encarava curiosamente."O que foi?!" Eu atiro e ele encolhe os ombros. Reviro os olhos antes de os fechar novamente, tentando sem sucesso, dormir.
"Estás com um aspecto horrível Phoebe." Ele diz, deixando-me ligeiramente irritada. Pensas que eu não sei?!
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Searching for him.
Teen FictionSento-me no sofá e levo as mãos à cabeça. Isto vai ser muito mais difícil do que eu estava à espera. Estou no meio do nada, completamente à escuras, mas eu não posso desistir. Phoebe Freya Miller é uma rapariga que se mudara para Inglaterra recente...