PRÓLOGO

36 2 0
                                    

Ponto de vista de Mary (POV)

1821, 03 de fevereiro. O mundo não é mais o mesmo, as Histórias perderam o sentido para mim. Toda noite eu olho pela janela e o mundo não e mais o mesmo, até mesmo as cores quentes, estão frias.

— Mary? — minha criada me chamava. — seu avô à espera para o café.

— Já estou indo! — Falo 

Volto a olhar pela janela, vejo meu avô lendo seu jornal na mesa enquanto meu irmão falava sobre negócios. Tudo parecia está no seu devido lugar, mas ao meu ver estava uma desordem.

- Bom dia! - falo e me sento - Está uma manhã adorável, pensei em ir cavalgar. Desde que  chegamos aqui, não cumprimentamos ninguém, vão pensar que somos esnobes. - Falo

Nos mudamos da Escócia para França. O estilo de vida francesa sempre agradou ao meu avô que sonhava em deixar a Escócia. Nos mudamos há duas semanas e não conhecíamos ninguém, não cumprimentamos os vizinhos.

- Há duas noites teve uma festa na casa ao lado, e não nos chamaram. - Continuo. - Estou falando sozinha - sussurro.

- Vamos dar uma festa. - Meu avô diz. - Se não estivesse tão focada em seus livros quando falo com você teria escutado, o Duque Edwards estará presente. Quero que você seja a anfitriã. - Ele continua.

- Anfitriã? Eu? Mas por quê? O senhor deveria ser. - Falo

- Você irá receber os convidados , ser gentil . - meu avô diz

Quando nós mudamos para a França, meu avô disse que eu deveria me apressar em achar um marido. Em breve eu farei vinte anos, e todos esperam que eu me case e tenha filhos, mas, eu quero mais que isso. Sim, eu queria família um dia e eu quero ser amada, mas antes disso á tanto que eu gostaria de fazer.

- Anime-se, Mary. O melhor irá acontecer com a senhora. —Eliz diz!

- Não consigo ser positiva, Eliz. Como eu vou dizer para meu avô que eu quero ser escritora ao invés de me casar?! Sou a única herdeira legítima, meu irmão é bastardo e nunca será aceito. Meu avô me lembra todos os que não temos títulos, isso está comigo, dia e noite. - Falo andando pelo quarto.

- Mary, por favor se sente. - Eliz se senta na cama. - Você pode conhecer alguém bom, que lhe dê um título e que permita que a senhora siga seu sonho, talvez, só talvez o mundo ainda seja colorido e seus sonhos irão se realizar aos poucos - Eliz diz com um sorriso doce.

Eliz era minha dama desde que éramos mais jovens. Ela sempre foi minha amiga e responsável por manter o meu humor estável e minhas esperanças vivas, pois ela sempre olhava pelo lado lado. Enquanto eu preferia olhar pela parte mais escura.

- Não quero ser mesquinha e exigir demais do destino. Eu sei que não sou alguém de sorte e acredito que não podemos pedir demais, a vida já é boa demais comigo, mas parece que tem alguém tomando as decisões por mim. - Falo

Eu sentia como se estivesse desaparecendo e aos poucos perdendo meus pedaços para alguém moldar. Vivendo pelo ponto de pista de outra pessoa, para suprir as necessidades. Eu estava sendo a coadjuvante na minha enquanto alguém era protagonista em algo que deveria ser meu! 

Mesmo nas noites estrelas eu olhava fixamente para o céu e o via vazio. Olhava em volta e as coisas estavam paradas, eu estava parada.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Para a futura Duquesa, MaryOnde histórias criam vida. Descubra agora