Um ano depois.
"Até que a morte nos separe e um pouco além disso."
É meu lema, depois que eu prometi isso a um ano atrás, quando me casei com a única mulher que vou amar pelo resto da vida S/N.Mais não sou o único a usá-lo. Todos que amam verdadeiramente seguirão isso. E nesse exato momento, enquanto passo com meu carro lentamente em frente a um cemitério, posso ver e sentir isso se cumprir.
Um único velório está acontecendo, É impossível passar sem notar a cena, um único homem deitado sobre o caixão enquanto grita e implora para que a mulher volte.
Nesse momento, tudo o que posso recordar é em como eu me sentir quando a um ano S/N estava desacordada em meus braços, gelada, morta.
Lembro-me do medo que eu sentir ao ver ela ser entubada e toda a minha dificuldade pra conter meus gritos no corredor hospitalar.
Eu sei o que aquele homem está sentindo, aquele pobre homem chorando por sua mulher.
Porquê eu me sentir assim quando tinha o corpo gelando e sangrento de S/N em meus braços.
No início foi difícil.
Demorei semanas para conseguir dormir tranquilamente.
Levei dias para minhas mãos pararem de tremer.
E levei meses pro meu coração se recuperar do choque, e não sentir mais medo.
Sinto minha respiração falhar só de lembrar daqueles dias torturantes.
Mas quando eu desvio o meu olhar do velório e encaro o banco do passageiro, quando olho pra minha esposa dormindo contra o vidro do carro, toda a minha dor passa.
Meu coração fica calmo.
Minha respiração finalmente volta ao normal.
Por que assim como o médico disse a um ano: "ela está viva por um milagre de Deus."
Respiro aliviado.
Eu não suportaria viver num mundo onde minha querida S/N não existisse.
Olhando novamente para o homem lamentando sua perda, só me lembro de todas as noites que eu acordei gritando, sonhando com a memória de tirar S/N do lago e de ela me abraçar dizendo que estava bem, que estava viva.
De todas as vezes que ela segurou minha mão durante o jantar, por que eu estava trêmulo.
E de como foi difícil tocar a cicatriz em seu peito, cicatriz feita pela bala de Izana, a mesma bala que eu usei para o matar.
O mataria várias vezes se fosse possível.
Mas S/N está ao meu lado, está bem, e viva.
A única coisa que me importa._kashi? -ouço S/N chamar minha atenção.- por que estamos parados?
Eu a olhei.
Eu sequer percebi que tinha parado o carro pra observar o velório.
_desculpa princesa, me destrair com algo. -liguei o carro novamente.
S/N Mitsuya
O observo enquanto ele dirige, uma mão está no volante, enquanto a outra está na minha coxa.
É sempre assim quando saímos de carro, tenho certeza que é uma maneira de ele perceber que eu estava ali, viva e com ele.
Aos poucos ele está voltando a ser o mesmo homem forte de antes, eu nunca o vi tão vulnerável quanto a alguns meses atrás.
Se eu pudesse mudar algo em mim, eu mudaria minha teimosia, assim eu não teria seguido Izana naquele dia e não teria feito Mitsuya passar por isso.
Mais o importante é que agora estamos bem, estamos mais juntos que nunca.
E nos uniremos ainda mais.
Respiro fundo e deito minha cabeça em seu ombro.
Ele tira a mão da minha coxa e coloca no volante.
_mitsuya. -o chamo.
_oi.
_sabe por que uma mulher grávida nunca termina uma piada?
_não, por que?
Fico calada.
Foi um jeito meio bosta pra dizer que eu estava grávida, mais já foi._por que S/N?
Seguro a risada.
Mordo o lábio inferior._por que uma mulher grávida nunca termina uma piada...porra! -ele freia o carro e me olha incrédulo.- é sério?
Abro um sorriso.
_é sério mesmo!? -confirmo com a cabeça.- tipo mesmo, mesmo, mesmo?
_anhan.
_você tá grávida!? -ele põe a mão na boca incrédulo e sai do carro.
_onde vai Mitsuya? -saio só carro também.
_você tá grávida!? -ele se aproximou de mim e segurou meu rosto.
_tô, por que, você não tá fe...-ele cortou minha fala.
_MINHA ESPOSA TÁ GRÁVIDA! -ele começou a gritar no meio da rua.- EU VOU SER PAPAI!
Eu sorrir.
Uma felicidade enorme me preencheu._obrigada. -ele me abraçou.- obrigada por isso S/N, obrigada.
Ele me beijou e depois continuou me abraçando.
_eu vou ser pai. -ele falou pra uma mulher que passava por nós.
_parabéns. -a mulher respondeu sorrindo.
_obrigado. -outra pessoa passou.- eu vou ser pai.
O homen ignorou
_meu filho vai comer sua filha. -mitsuya exclamou com raiva eu ri e lhe dei um soco fraco no abdômen.
O puxei de volta pro carro enquanto ele falava pras pessoas que ia ser pai.
_caralho, eu vou ser pai! -ele liga o carro.- porra, eu vou ser pai.
Eu ria toda vez que ele falava.
Ele está mesmo animado com essa ideia.
Eu amo como ele ama a ideia de ser pai.
Eu amo por que eu também amo saber que vou ser mãe.
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Só Minha! -Mitsuya Takashi-
FanfictionO que você faria se descobrisse que você não era sua, que tinha sido "vendida" quando ainda tinha apenas 3 anos? S/N Bolthon decidiu que não seria submissa ao marido. Mitsuya takashi não gostava da ideia de se casar com "uma patricinha" que era o q...