Dois

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Callie se sentia de mãos completamente atadas naquele momento, o pavor lhe dominava, porém não conseguiu impedir Meredith de realizar o que tinha em sua mente.

-- Mer, você tem certeza? -- Perguntou aflita.

-- Esse barulho está me incomodando, Callie. Preciso ver o que é isso.

-- Deve ser algum animal, pare de frescura. -- Callie pediu.

-- Vá para seu trailer com sua namorada e se divirta, tudo bem? Eu só vou dar uma olhada pelo perímetro.

-- Já está escuro, Mer. -- Callie insistiu.

-- Eu sei, não é como se eu corresse algum perigo, não acha? Todos os homes estão mortos.

-- Acho. Não é só homens que proporcionam perigo. -- Meredith suspirou e lhe fitou.

-- Estou armada. -- Disse convicta. -- Só tenho essa impressão há uma semana, desde que chegamos aqui, de que estou sendo observada. Não gosto disso. -- Informou. -- Seja lá o que for isso, está roubando nossa comida.

-- Por que não vai para o seu trailer? Transe bastante com a Louisa e amanhã estará calma como nunca. -- Meredith suspirou.

-- Não tenho relações com ela há três semanas. -- Informou. -- Não me sinto cômoda perto dela. Ela é muito... -- Meredith tentou encontrar alguma palavra para descrever o que pensava, porém não achou. -- Ela não é para mim.

-- Mas o sexo não é bom? -- Callie indagou.

-- Sinto muito mais prazer me masturbando, se for para ser sincera. -- Meredith disse, olhando em volta. -- Ela é uma garota bacana, só não é para mim.

-- Meredith, não temos muitas opções hoje em dia. -- Callie afirmou. -- Todo mundo foi pareado. Só não ficou junto as que realmente são heterossexuais, igual a Bailey.

-- Ou as que não deram certo. -- Meredith completou. -- E não dou certo com ela.

-- Está disposta a passar o resto de seus dias se masturbando? - Callie perguntou e Meredith assentiu.

-- Já pensei nisso. É um risco que correrei. Talvez eu encontre outra que não quis ficar com seu par. -- Meredith disse, abrindo a porta do trailer científico, que é onde realizavam seus experimentos.

-- Boa sorte, então. -- Callie disse, dando-se por vencida. -- Por sorte Arizona e eu nos apaixonamos.

-- É, por sorte. -- Meredith disse, feliz por suas amigas. -- Nos vemos amanhã. -- Finalizou, começando a caminhar, entrando na mata alguns segundos depois. O mais engraçado era que onde seus trailers estavam era uma área seca, cheia de rachaduras, porém, ao redor era repleto de matos compridos, que alcançavam quase dois metros de altura.

Ela não levou a lanterna, sentia que isso despistaria qualquer coisa que a estivesse seguindo, contudo, seus olhos e ouvidos estavam bem atentos a qualquer ruído.

Foi exatamente por isso que viu o mato começar a fazer barulho, como se algo corresse por ele para longe dela. Meredith começou a correr atrás do ruído, percebendo que não era algo, senão alguém.

-- Heey, pare! -- Gritou, correndo na direção da garota. A única coisa que conseguia ver era os longos cabelos lisos e escuros, não sabia distinguir diante da escuridão. -- Estou armada, pare agora ou eu atiro. -- Berrou, vendo o corpo parar e erguer as mãos ao alto.

-- Por favor, não atire. -- Ouviu a voz suplicar e a garota se virar para ela. Ela pôde ver que era uma garota, dona de uma voz grave.

A única coisa que pensava enquanto se aproximava era: O que alguém fazia ali, no meio do nada?

O Último Pênis - Meddison Onde histórias criam vida. Descubra agora