Cerca de um mês se passou desde seu último encontro íntimo com Megumi. Depois daquele dia, vocês não saíram mais sozinhos e pararam de trocar mensagens. É claro que não era fácil evitá-lo totalmente, já que vocês estudavam juntos e compartilhavam o mesmo ciclo de amigos, além de que a Revenge de repente pareciam estar em todas as mídias possíveis e na boca de todos os alunos.
Era difícil superar alguém de quem você não conseguia se distanciar.
Ficou feliz em saber que seus sentimentos por ele eram recíprocos, mesmo não compreendendo a maneira dura de Fushiguro de lidar com o amor que sentia.
Mesmo que suas palavras a tivessem magoado você sentia-se liberta. Não esperaria mais por um amor sem futuro algum.
Você sabia que corações quebrados se curavam, já havia passado por isso antes e apesar saber que levaria tempo e lhe custaria algumas lágrimas, aquela dor não duraria para sempre.
Pelo menos era nisso que você queria acreditar, mas sabia que com Megumi seria diferente. Tudo o que vocês viveram fora intenso demais, rápido demais, memorável demais e relações assim são muito mais difíceis de superar, especialmente no auge dos vinte anos onde tudo parece mais profundo do que realmente é.
Naquela noite, Itadori uniu o grupo em sua casa pra que passassem um tempo juntos . Coisa que não faziam com a mesma frequência de antes, já que por causa da faculdade, e graças a crescente popularidade da Revenge, o grupo estava quase sempre ocupado. Você e Nobara estavam empolgadas, já que os meninos tinham um anúncio especial a fazer.
Estavam todos sentados na área externa, jogados nas confortáveis espreguiçadeiras do deck próximo à piscina, cercados por inúmeras latas de cerveja.
— Vai, contem logo! — Você pediu, empolgada enquanto acendia mais um cigarro.
— É cara, que saco. — Nobara pressionou, fazendo beicinho. — Todos estamos ansiosos pra saber como foi a reunião com a gravadora.