Você e Ryomen estavam deitados na cama do de cabelos rosados, conversando embaixo dos lençóis enquanto assistiam à um desenho qualquer na televisão. Era tarde da madrugada e aquilo já havia virado um costume.
Quando não estava viajando, ou atendendo aos compromissos de sua agenda cheia, Sukuna sempre passava alguns dias em casa e nessas datas, quando estava afim de transar ou se distrair de sua rotina pacata, vocês se viam para matar o tédio e o tesão.
Aquilo funcionava para vocês. Mas você jamais conseguiria manter algo daquele tipo com alguém por quem nutrisse sentimentos.
Isso doía, porque você sabia que um dia se tudo desse certo, Megumi viveria como Ryomen. E ele estava certo, você jamais suportaria um relacionamento como aquele, amando-o tanto.
─ Ryo? ─ Você o chamou, um tanto manhosa.
─ O que foi, gatinha? ─ Ele arqueou uma das sobrancelhas e a encarou enquanto dava uma longa tragada, deixando a fumaça tóxica preencher seus pulmões.
Você e o Ryomen compartilhavam a mesma mania de fumar um cigarro depois do sexo. Depois da adrenalina que é transar, nada era tão bom como baixar a pressão com nicotina.
Megumi sempre reclamava da forma como você impregnava o quarto dele com aquele cheiro que ele tanto odiava, após vocês transarem por horas.
Você sentia falta de ouvi-lo resmungar sobre isso.
Você sentia falta de tudo sobre ele.
─ Já se relacionou com alguém? ─ Você perguntou, tirando o cigarro dos lábios e batendo a ponta, que desmanchava-se em pó no cinzeiro. ─ Gostou de alguém ou algo assim?
