"Mia"
Acordei de manhã pensando seriamente se deveria me levantar, a manhã era nublada com uma chuva fina que caia, finalmente criei coragem e me levantei seguindo para o banheiro tomar uma banho, depois escolho uma calça jeans, uma camiseta larga e um tênis branco, passo o lápis de olho e pentei meu cabelo.
Desço para o andar de baixo e não encontro meu pai, com certeza já deve ter ido trabalhar em seu novo emprego e chegaria só tarde da noite, faço um misto quente e tomo um suco de laranja.
- Porra já estou atrasada- falo olhando o relógio
Pego minha mochila e meu guarda chuva e sigo meu caminho, em 20 Minutos cheguei a escola, atrasada pra variar, dirijo a secretaria, onde entreguei os papéis que faltavam para a transferência e me deram os números das salas, aulas e armário.
Paro em frente a sala número 5, a primeira aula seria matemática no qual eu não era muito fã, bato na porta e peço licença, todos se viram pra mim e isso me deixa nervosa
- você é a aluna nova, mia certo?- a professora pergunta
- sim sou eu - digo um pouco nervosa
- certo mia pode ficar com a penúltima mesa vaga do Fundão- ela diz com um pequeno sorriso
Vou andando até lá e tiro meu caderno, depois tive espanhol, educação física e finalmente a hora do lanche.
Chegue ao refeitório e me sentia perdida e as mesas todas ocupadas, vou para fila do lanche e me sendo em uma mesa afastada, término de comer e o sinal toca para voltar a aula.
Fiquei feliz em ouvir o sinal da última aula tocar, finalmente livre, eram 4 da tarde e eu voltava calmamente pra casa, quando chego em minha rua vejo uma ambulância e algumas pessoas e percebo ser na casa da frente onde a vizinha do doce ontem a noite morava.
Me aproximo das pessoas e vejo os paramédicos fechando a ambulância, até que ouço umas das mulheres ali presente falando.
- uma moça morrer assim tão jovem por essa doença- ela diz e arregalo os olhos.
Não a conhecia muito bem mais já tinha simpatizado com ela, mais pra frente vejo o garoto loiro de ontem que é seu filho, ele se encontrava sentado na porta de sua casa, estava de cabeça baixa a levantou de repente até olhar pra mim, seus olhos se encontravam vermelhos e ele tinha uma expressão de tristeza e raiva no seu rosto, por um momento pensei em ir dar meus pêsames, mais talvez ele quisesse um tempo sozinho, sigo para minha casa quebrando o contato visual.
Entro em casa e vou pra cozinha abrir a geladeira, quando olho pra bancada lá tinha a travessa de vidro da qual a mulher trouxe a deliciosa torta, pensei em devolver mais tarde quando o clima estiver mais calmo.
Subo e vou tomar um banho, coloco uma roupa confortável e vou para sala assistir qualquer coisa na tv quando percebo meu olho vai ficando pesado e acabo dormindo.
Acordo era e olho para o relógio na parede, eram 7 da noite, na tv passava um programa desconhecido e lá fora a chuva caia fina.
Me levando e caminho lentamente até a cozinha, pego um biscoito que tinha em um pote de vidro dentro do balcão, enquanto comia olhei novamente para a travessa de vidro, então resolvi que talvez seja hora de devolver ao dono.
Pego a travessa e o guarda chuva pequeno que se encontrava quebrado de um lado, depois teria que lembrar meu pai de comprar um novo, pois esse já caia aos pedaços .
Caminho a passos rápidos até a entrada do vizinho da frente no qual se chamava james, paro em frente à sua porta e depois penso seriamente se deveria ter vindo aqui uma hora dessas, a chuva e o vento atrás de mim parecia aumentar o que me deixava mais nervosa, tomo coragem e bato em sua porta, começo a ouvir passos que pareciam ficar mais proximos e derrepente a porta se abre. James estava acabado, seus cabelos bagunçados, seu rosto inchado e vermelho, tenho certeza que estava chorando, e o cheiro de cigarro era forte, aquilo de algum modo quebrou meu coração, mesmo não o conhecendo percebi que ele devia estar sofrendo muito com a perda da mãe.
- me desculpe a hora, bom eu vim devolver a travessa que a sua mãe me deu ontem com a torta- digo nervosa por ele me olhar atentamente- e bom eu sinto muito pelo oque aconteceu, ela parecia e devia ser uma pessoa incrível - digo nervosa
- claro,obrigada pelas palavras- ele diz sério - você não quer entrar? Tá chovendo de mais pra você voltar, vai acabar com seu guarda chuva- ele diz isso calmo
Quando olho pra trás ouço um trovão e a chuva avia aumentado e junto com ela o vento, ele tinha razão se eu fosse agora eu diria adeus ao meu Guarda chuva e oi a gripe que eu pegaria. Penso na pergunta que ele fez e decido entrar, melhor do que ficar resfriada.
- certo, Eu espero a Chuva passar então- digo com um sorriso tímido, que o mesmo retribui
A casa dele era organizada, e aconchegante.
- pode se senta- ele diz apontando para o sofá
Me sento ainda meio tímida, ele sai da sala e segue pra cozinha, permaneço onde estou, até que ele volta com uma garrafa de cerveja.
- você aceita?- ele pergunta me estendendo a garrafa
- me desculpe, eu não bebo- oque era uma mentira, até pouco tempo eu bebia mais parei pois estava virando uma alcoólatra
- tudo bem - ele diz - bom eu queria que fosse ao velório da minha mãe amanhã, uma amiga da minha mãe está resolvendo tudo, eu estava com ela, cheguei ainda pouco, então como somos vizinhos e vocês duas já conversaram eu pensei que talvez quisesse ir- ele diz olhando pra baixo um pouco triste
- certo, estarei lá- digo a ele que sorri
Desculpe a demora para atualizar me veio um bloqueio criativo, me desculpem qualquer erro de português!!
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my first love- JAMES HETFIELD
RomanceMia se muda para Downey (Califórnia), com seu pai , e lá talvez conheça seu primeiro amor da adolecencia. +18